
Juiz da 1ª Vara Criminal de Santarém (PA), Alexandre Rizzi condenou um advogado que matou, em estado de embriaguez alcoólica, um jovem de 24 anos na BR-163 (Santarém-Cuiabá), a pagar aos familiares da vítima indenização de quase R$ 360 mil. A sentença saiu nesta terça-feira (3). Cabe recurso.
Raimundo Nonato Amaral Lima também foi condenado a 7 anos e 6 meses de prisão, em regime semiaberto, além de ficar proibido de dirigir por 3 anos e 6 meses.
Por se trata de crime de trânsito, a pena se prisão do advogado foi substituída por prestação de serviço de 25 mil horas à comunidades ou entidades públicas.
“Considerando que o réu possui um imóvel bloqueado em razão da fiança, mantenho o bloqueio até o trânsito em julgado ou até o pagamento do valor arbitrado”, ressaltou o magistrado, autorizando o advogado a recorrer da sentença em liberdade.
— ARTIGOS RELACIONADOS
Alexandre Rizzi justificou deste modo o pagamento da indenização pelo advogado de exatos R$ 359.280,00 à família Emerson de Oliveira Cardoso.

Para chegar ao valor da indenização, o juiz utilizou os seguintes cálculos:

A morte do vendedor ambulante
De acordo com o inquérito policial, o acidente ocorreu na noite do dia 1º de setembro de 2019, por volta das 19h30, quando o advogado Raimundo Nonato Lima dirigia uma Ranger Ford prata, placa QDO-7671, na BR-163, sentido Santarém/8º BEC.
Estava alcoolizado. E dirigia em alta velocidade. No km 1002 da rodovia, perdeu o controle do veículo e atingiu em cheio Emerson de Oliveira Cardoso. Com o choque, o corpo do jovem foi arremessado por cerca de 30 metros de distância. Emerson morreu ainda no local.
O carro do advogado ainda se chocou lateralmente com o Fiat 1.0, modelo Vivasse e placa POR-0126. Alexandre Sardinha da Silva, que dirigia o veículo, nada sofreu.
Amargou apenas prejuízos materiais e acabou sendo uma das principais testemunhas da morte do vendedor ambulante.
Logo após o acidente, uma equipe da PRF (Polícia Rodoviária Federal) foi ao local e presenciou o advogado com sinais visíveis de aparente embriaguez alcóolica. Durante toda a fase de instrução do processo, Raimundo Nonato Lima silenciou, reservando-se no direito de ficar calado.

Deixe um comentário