A defesa do ex-vereador de Santarém (PA) Reginaldo Campos solicitou na segunda-feira (28) à Justiça o fim da prisão domiciliar do parlamentar, que ele cumpre por envolvimento na Perfuga desde abril de 2019.
Segundo a defensora pública Jane Télvia Amorim, pelo acordo fechado na delação premiada de Reginaldo Campos, a pena privativa de liberdade dele encerrou no mês passado (dia 7). Quando, então, ele deveria passar a cumpri-la em regime aberto.
“Em conformidade com o acordo celebrado com o MP [Ministério Público do Pará]”, destacou a integrante da DPE, responsável pela defesa do ex-presidente da Câmara de Santarém.
O juiz Rômulo Nogueira de Brito, da 2ª Vara Criminal, assim se manifestou sobre o pedido:
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“Certifique-se o tempo de cumprimento e a natureza do cumprimento do acordo de colaboração premiada homologada pelo juízo, com celeridade, e façam os autos conclusos imediatamente para decisão”.
A delação premiada de Reginaldo Campos foi homologada pela Justiça no final de janeiro de 2018 (dia 31). Ficou acertado à época que o ex-vereador devolveria cerca de R$ 1,1 milhão em bens imóveis por ele adquirido quando foi presidente da Câmara. Além de cumprir pena de prisão 2 anos e meio em regime fechado, 2 anos em domiciliar e o restante em regime aberto.
Reginaldo confessou os crimes imputados na denúncia do MP contra ele, revelando detalhes de como ocorriam, além de outros delitos. A delação foi homologada por Rômulo Brito.
Evangélico da Igreja da paz, o político foi vereador por mais de 13 anos em Santarém, e no biênio de 2015/2016 foi presidente da Câmara. Foi neste período que se descobriu um esquema criminoso de desvio de dinheiro público no âmbito da Casa, em benefício de Reginaldo Campos e outros servidores ali lotados, além de marcações ilegais de consultas e exames na Sespa/9º Centro Regional de Saúde, por meio de servidores estaduais.
Quando será que ladrão de galinha poderá pagar pena só devolvendo as penas e podendo comer a penosa roubada em casa com toda tranquilidade?