Foto: arquivo particular de Emir Bemerguy Filho (*)

Serenata em 1970, na residência de Braz Coimbra, em Santarém, com Machadinho (violão e camisa preta), Maestro Isoca (terno), ao lado dele, Emir Bemerguy (violão), Laudelino Silva (junto à mesa, quase encoberto) e sentado no caixote Braz Coimbra, já falecido) entre outros.
Veja também:
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Construção do cais.
Porto das catraias.
Sindicato Rural de Santarém.
Casa de Saúde.
Orla em 1929.
Alunas do Santa Clara.
Travessa dos Mártires.
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Sim, a foto foi lá em casa e foram inúmeras as serestas naquele quintal/jardim. Sentado de costas, de pernas cruzadas, era o tio Abelardo Gentil, ao lado dele o tio Isoca, à seguir o Emir Bemerguy, depois Laudelino Silva e Machadinho no violão. O Paulo (filho de criação do tio Abelardo e tia Marita) está sentado em uma caixa de cerveja, atrás dele era mamãe (Alba Rosa) e, sentado na outra caixa de cerveja, talvez seja o papai mesmo (Braz Coimbra), pois aquele braço peludo era ímpar 🙂 Serestas como nunca mais se viu igual.
Obrigado, Lyvian, pela oportuna intervenção histórica sobre a foto.
À direita também aparece a inesquecível professora Alba Rosa, na época, esposa do Leôncio. Creio, no entanto, que quem está de costas, de camisa quadricolada, é meu primo Dulfe Marinho, chegado à Pérola em 69/70. É possível que eu não erre se afirmar que “Seu” Machadinho cantava: É fim de noite/Nossa estrela foi embora/ Seu olhar me diz agora/Que vai embora também/ No fim de noite/ Nossas mãos se separaram/ Nossos rumos se trocaram/ Nunca mais eu vi você /”e por aí mais, numa voz que até uirapuru se calava. TAPAJOARAMENTE AZUL,
Mr.Jeso !! eu apenas relatei um fato histórico da visita que Wallace o naturalista quando visitou a várzea city comentou sobre o estranho costume da elite local vestir-se como fossem europeus !!! Wallace estava vestido de safari um traje mais adequado para os ingleses usarem nos tristes tropicos !!! mas não brigue com os fatos !!! eles existem a despeito de nossa vontade em ignorá-los !!!
Mudou completamente o teu texto. Agora sim, sem jequices, sem acusações desnecessárias e besteirol gratuito.
Caros Emir Bemerguy Filho, Jeso Carneiro e Telma Amazonas
Há muito tempo venho acalentando a idéia de promover um show em homenagem ao nosso Grande Machadinho. Quando voltei para Santarém, nos primeiros anos da década de 80, tive o privilégio de ser apresentado a esse artista excepcional, cantor da melhor e maior qualidade, que poderia se ombrear com qualquer dos grandes cantores da época de ouro do rádio brasileiro. Sem ser músico, cantor ou poeta, ousei me aproximar do Mestre Machadinho e dividir com ele e sua eterna musa, Dona Áurea, muitas noites, no Bar do João da Mata, na Cohab. Longe de nós achar, eu e meu irmão Francisco Carlos e nossos amigos, naquela altura, que poderíamos reviver a magia dos momentos que ele viveu nos áureos tempos da música santarena, ao lado de ícones como Maestro Isoca, Laudelino Silva e tantos outros que cantaram e encantaram nossa linda Pérola do Tapajós. Mas nos deleitamos, então, com sua bela voz, cantando, e ousamos cantar junto com ele, músicas de Lupiscínio Rodrigues, Cartola, Nelson Cavaquinho e tantos outros dos monstros sagrados da nossa música popular.
Hoje a voz do seresteiro já não ecoa! A musa do poeta já se foi! Muitos daqueles que cantaram com ele, nesse e em tantos outros registros, também já se foram. Para muitos deles, não tivemos a vontade e a coragem de dizer o quanto eles foram importantes para Santarém e sua poesia e sua música. Está mais do que na hora de dizer ao Machadinho o quanto nós o amamos e o quanto sua voz foi importante para o cantar dos amores e desamores dessa Pérola do Tapajós.
Já andei falando para alguns dos que conviveram, mais recentemente, com o Machadinho, o quanto seria importante Santarém reconhecer o amor a ela dedicado por esse grande seresteiro. Acho que cabe a todos nós, que o amamos tanto quanto ele amou nossa cidade, prestar uma homenagem, por mais simples que seja, a ele. Espero que o Grupo Canto de Várzea, do qual faço parte, compre essa briga e ofereça ao Machadinho esse reconhecimento tão merecido!!
Saudações Tapajônicas,
Nilson Vieira
Nilson, como já te falei, apoio totalmente a idéia e coloco á disposição as muitas gravações que papai fez de Machadinho. Eu tive o privilégio de, quando criança, muitas vezes dormir embalado pelas canções dele e de outros seresteiros, como Armando Soares, já falecido, Papai os levava até em casa para gravar participações para seu programa “Poemas e Canções”, que apresentava aos domingos na Rádio Rural. Um privilégio de poucos, que teve muita influência em minha formação musical.
Nilson, acertada sua sugestão de pauta para o Canto de Várzea. Temos que homenagear e agradecer aos nossos mestres Laudelino, Machadinho, Emir, dentre tantos outros. Uma pena o município não colocar em nossas escolas a música santarena para aprendizado. Lembro com muito afeto que a professora Alciete Neves, quando tinha sua escola particular, ensina nossas músicas para seus pequenos alunos, inclusive sempre levava um cantor para apresentar-se e assim eles aprendiam um pouco da nossa vasta cultura musical. Não custa nada copiar o que é bom.
Emir, certamente, se viermos a concretizar a idéia dessa merecida homenagem, faremos uso desse material, colecionado por teu pai, importantíssimo para manter a memória de tantos artistas importantes para nossa cultura, como o próprio Machadinho.
O Anderson, que nos acompanhou em tantas das serestas a que me referia, sabe muito bem da emoção que era poder ouvir e acompanhar esse grande artista que é o Machadinho.
Tudo o que fizermos para homenagear e manter viva a história dos ícones de nossa cultura, como os citados Machadinho, Laudelino Silva, Emir Bemerguy, Maestro Isoca e tantos outros, ainda será pouco frente a importância que eles tiveram e tem na vida cultural de nossa cidade.
Abraços e vamos à luta!!!
Nilson Vieira
Nilson,
Se meu violão puder ajudar, pode contar comigo, na hora!
Não tive a felicidade de ouvir o Machadinho, mas a “lenda” chegou até mim, sem dúvida nenhuma, com referências inquestionáveis.
Aproveito para lembrar outro grande crooner da noite santarena, meu tio Oscar Pantoja, que embalou (e ainda embala, graças a Deus), muitos bailes na pérola.
Longa vida aos cantores, que eles se eternizem nas nossas memórias, hoje e sempre!
Grande abraco,
C.
Caro Celson,
Teu violão ajudará, com certeza, pois haveremos de realizar essa homenagem!!!
Quanto ao Oscar Pantoja, tive a oportunidade de ouvi-lo cantando, muitas vezes. Certamente é um dos nossos grandes cantores. A homenagem se estenderá a ele, também.
Um abraço,
Nilson Vieira
Meus Caros Manos Nilson, Emir, Anderson e Celsão Lima;
Vamos fazer esse show em homenagem ao grande Machadinho. Ainda tive o privilégio de ouvi-lo cantar na Cohab (no restaurante do João da Mata). Fizemos ali algumas serestas memoráveis, ouvindo esse figura maravilhosa cantar e ensinar sobre música.
Mesmo sem ter certeza de participar, ao vivo, participo daqui como puder da organização dessa homenagem. Vamos homenagear nossos artistas maiores e dizer-lhes do nosso amor enquanto eles estão, fisicamente, entre a gente… Na sexta passada encontrei o grande Ray Brito, vendendo seus CDs no Boteco do Sorriso. Conversei com o Ray, me apresentei como sobrinho do Oscar Pantoja (minha referência maior de música e caráter) e falamos um tempo. Mas, o Ray é outro cara que merece nossa reverência e respeito profundos.
Vamos movimentar os nossos amigos do Canto de Várzea e os/as artistas santarenos que toparem entrar nesse projeto.
Samuca
e o jeso continua a censurar de forma vil meus posts!!! de cada 10 nque envio ele corta 11 !!! égua siri !!! se você pensa que vou mandar posts comportados e concordantes com as tuas idéias tira o cavalinho da enchente !!!!!!
Opinião é uma coisa; acusação, só com provas. Assim sendo, teus comentários nessa linha continuarão indo pra lixeira. Essa é a regra.
O finado Abelardo Gentil e o filho de criação dele, o Paulo, também aparecem nesta foto.
Foto histórica das raizes da nossa gente. Penso que ainda é de seresta e viola que nossa terra gosta. Desafio a Secretaria de cultura promover ao povo uma noite de seresta por mês. Falem-me depois do sucesso. Essa terra ainda é uma explosão de arte, compareçam na Rádio Mocoronga.
Nato e Dudu, vou e levo 300 pessoas, prometo.
Em São Paulo, na prefeitura da Erundina tinha esse projeto ao ar livre no Masp em plena Av. Paulista e as 12h, era a melhor sobremesa do Paulista, almoçavamos correndo para não perdermos. Acreditem, asssisti neste projeto, na década de 90, o nosso grande Sebastião Tapajós, que hoje está tão pertinho de nós. Em Belém a última sexta feira do mês era reservada para a seresta na pça do Carmo, era interessante ver um grupo de jovens universitários ainda atrás da boa musica e de seresta.
Vamos lá! O pulso ainda pulsa!
Carlos, a pessoa de terno é o Maestro Isoca, e eu, que era vizinho dele, não me lembro de tê-lo visto uma só vez sem estar pelo menos com camisa social e gravata. Quando criança, papai dizia que eu perguntava se ele já tinha nascido com aquela roupa… Como o calor naquela época não era tão menor do que é hoje, acredito que ele se acostumou com este tipo de roupa e não sentia tanto calor assim.
Parece que estava bem animado, mas algo me chamou a atenção: havia um dos participantes de terno e em Santarém onde o calor costuma ser impiedoso.
Será que nesse tempo o clima era mais agradável aqui e estamos experimentando o dissabor de testemunharmos o calor como uma consequência do efeito estufa atualmente?
Surgiu essa curiosidade.
Já que atualmente esse tipo de roupa não parece muito adequado pra se usar aqui sem uma central de ar potente, já que o rigor da temperatura nos faz suar bastante.
Alguém que viveu nesse tempo aqui em Santarém poderia dar algum testemunho sobre o clima dessa época?
Que musica rolava será no momento desta foto?
Com certeza, saudosa, estavam tocando e cantando musica da melhor qualidade.
Grande seu Laudelino .todas as noites deliciava seus vizinhos
Com a musica . Sentava na calcada e mandava ver.
Boas lembranças