Vice acha excelente o plebiscito

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Da Agência Pará:

“O plebiscito é uma forma democrática de o povo decidir sobre as questões centrais que afetam a sua vida e o seu destino”.

A afirmação é do vice-governador Helenilson Pontes (foto), que referenda a decisão do Congresso Nacional como um louvável gesto de reconhecimento à vontade do povo.

Helenilson ressalta ainda que o plebiscito será uma excelente oportunidade para que o Brasil possa entender a necessidade de uma política de desenvolvimento regional voltada para a Amazônia.

“O debate sobre a criação dos dois novos Estados deve estar casado com a política federal para o desenvolvimento da Amazônia. Os Estados da Amazônia hoje são vítimas da falta de uma política nacional de desenvolvimento para a região, na qual vivem milhares de brasileiros que precisam de serviços públicos de qualidade e vida digna”, explica o vice-governador.

Segundo Helenilson Pontes, as razões separatistas apóiam-se na incapacidade histórica dos Estados de grandes dimensões, como o Pará, prestarem serviços públicos de qualidade às populações afastadas dos grandes centros urbanos, em grande parte motivada pela insuficiência orçamentária derivada de um modelo tributário que concentra em poder do Governo Federal a maior parte dos impostos arrecadados pelo país.

De acordo com o vice-governador, “é equivocado discutir a conveniência da criação de novos Estados considerando apenas a eventual insuficiência orçamentária das novas unidades, sobretudo quando se observa que muitos Estados hoje já se financiam consideravelmente com recursos do Fundo de Participação dos Estados – FDE”, enfatiza.

Para ele, o argumento da suficiência orçamentária “conduziria à conclusão da inviabilidade de vários Estados hoje já criados, por isso o considero falacioso”, esclarece.

O vice-governador acredita que esta discussão deve estar atrelada fundamentalmente ao preço que o país deve pagar para ter um modelo de ocupação responsável para a Amazônia.

“Estou convencido de que o maior inimigo do desenvolvimento sustentável da Amazônia e da inclusão social do seu povo, é a ausência do Poder Público, causa fundamental dos movimentos de criação de novos Estados na região. Com o plebiscito, o Pará e o país vão ter a oportunidade de decidir se desejam pagar o preço para aproximar o Poder Público, e o respectivo centro político decisório, do povo das regiões que compõem os novos Estados”, opina o vice-governador, acreditando que “ com o plebiscito, federaliza-se o debate sobre a divisão do Pará e o modelo de desenvolvimento para a Amazônia”.


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11 Comentários em Vice acha excelente o plebiscito

  • Dos 26 Estados brasileiros, 20 foram emancipados a partir de outros já existentes. Minas Gerais foi o primeiro em 1729, quando se separou de São Paulo. O segundo e terceiro foram o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em 1739, emancipados, também de São Paulo. Em 1744 e 1748, emanciparam-se Goiás e Mato Grosso, idem de São Paulo. Em 1763, nascia a Capitania de São Tomé a partir de terras do 2° Lote Sul de Pero de Souza, que deu origem ao Estado do Rio de Janeiro. Alagoas, surgiu em 1822, emancipado de Pernambuco e em 1850, o Amazonas emancipou-se do Grão-Pará. Em 1859, o Paraná libertou-se de São Paulo. Por volta de 1771, o Maranhão libertou do Grão-Pará e deste emancipar-se-ia, poucos anos depois, o Piauí. Em 1769, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba emanciparam-se de Pernambuco. Mais recentemente, Rondônia (1970) e Mato Grosso do Sul (1977) emanciparam-se de Mato Grosso e o DF (1960) e Tocantins (1988) emanciparam-se de Goiás. Roraima emancipou-se do Amazonas (1943/1988) e o Amapá emancipou-se do Pará (1943/1988). Vejam que até Estados que começaram como Capitanias Hereditárias como Paraíba, Rio Grande do Norte e Maranhão, tiveram que se emancipar de seus senhores. Estados originários das 15 Capitanias iniciais são apenas Pará, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Rio e São Paulo (antiga São Vicente). Pensem que São Paulo concedeu emancipação para 10 novos Estados (MG-RS-SC-PR-GO-MT-MS-RO-DF-TO) e numa área de 248.000 Km² tornou-se o Estado mais rico do Brasil com um PIB de quase R$ 1 Trilhão. Gente! Agora chegou a nossa vez e todo o povo paraense tem que lutar por isso, porque é melhor para todos. Significa a chegada das instituições republicanas nestas regiões abandonadas e uma maior representação política junto ao poder federal. Nos organizaremos em Secretarias Técnicas especializadas, teremos deputados estaduais de muitos municipios em nossa Assembléia Legislativa, teremos a nosso poder judiciário estadual com um Tribunal, Fóruns Municipais próprios, Ministério Público e um Executivo Forte, auxiliado por 03 Senadores e 08 Deputados Federais, além de todas as autarquias federais aqui instaladas. Teremos as nossas próprias estradas estaduais, poderemos construir centenas de pontes com os nossos próprios recursos e integrarmos todas as regiões de cada um dos dois novos Estados. Poderemos organizar as nossas Federações Esportivas e os nossos próprios campeonatos estaduais, além de assegurarmos representantes anuais nos certames regionais e nacionais. Serão centenas de novos concursos públicos para a prestação de serviços à população carajaense e tapajoara. Nossos recursos, hoje drenados para a RMB circularão em nosso comércio, gerando novos empresários e milhares de novos empregos. Enfim, passaria um dia inteiro citando as vantagens de dizermos SIM no plebiscito e lutarmos com todas as nossas forças para a implantação dos Novos Estados. Basta nos espelharmos nos vinte Estados acima citados já emancipados, os quais, podem dar uma vida mais digna aos seus habitantes e uma excelente qualidade de vida aos seus cidadãos. Se vinte Estados emancipados deram certos, porque os nossos não dariam?

  • A divisão do Estado do Pará ocorre por necessidade, mas não pensem que o povo da Região do Tapajós não está atenta aos interesses políticos!

    Ah, falando da ALEPA, seria tão bom se a imprensa não esquecesse de MÁRIO COUTO, pois JUVENIL e ROBGOL são parte desse processo de corrupção…

  • HELENILSON, ACHA EXCELENTE O PLEBISCITO SO AGORA, POR CAUSA DAS ELEIÇÕES QUE SE APROXIMAM, ELE QUER SER CANDIDATO A PREFEITO DE SANTARÉM, LEMBRANDO QUE A NOTICIA QUE VI AQUI EM BELEM NESTA SEGUNDA FEIRA 09/05/11 NO DIARIO DO PARÁ QUE É O JORNAL DA CAPITAL , DIZ QUE JATENE ATÉ PODE ACEITAR O PLEBISCITO, MAS DEIXOU UM CARA CHATO QUE É INIMIGO Nº 1 DA DIVISÃO DO ESTADO , ZENALDO COUTINHO QUÉ DEPUTADO FEDERAL E CHEFE DA CASA CIVIL DO PARÁ, PARA FREAR O SEPARATISMMO O DIARIO DO PARÁ DIZ ASSIM: JATENE PODE ATÉ PERMITIR O PLEBISCITO, MAS NÃO VAI QUERER SER O GOVERNADOR QUE VIU O PARÁ PELA ULTIMA VEZ EM SEU TAMANHO ORIGINAL. GENTE TUDO ISSO E JOGADA PÓLITICA ESSA DO HELENILSON ACHAR EXCELENTE , É MAIS UMA DE QUEM QUER DIZER NO DIA DA ELEIÇÃO PARA PREFEITO: EU TAMBÉM SOU UM DEFENSOR DA CRIAÇÃO DO TAPAJOS, OU EU TAMBÉM AJUDEI, OU EU FUI A FAVO DA CRIAÇÃO DO ESTADO, NÃO SE DEIXEM ENGANAR POVO DE SANTARÉM AFINAL ESTAMOS EM VESPERAS DE ELEIÇOES MUNICIPAIS AGORA TODO MUNDO VAI DIZER QUE AJUDOU EM ALGUMA COISA A CRIAÇÃO DO NOVO ESTADO.
    SÓ PARA LEMBRA QUE ZENALDO COUTINHO E DO PSDB, PARTIDO DO DEPUTADO ESTADUAL ALEXANDRE VON CUIDADO NA HORA DE CONFIRMAR O SEU VOTO COMO EU DISSE AGORA QUASE TODO MUNDO E A FAVOR!!
    ZENALDO COUTINHO PARA NOS DO TAPAJOS VOCE É:”PERSONA NON GRATA”

  • Eu sou a favor da criação dos dois Estados. Meu argumento único é a descentralização administrativa enquanto a melhor forma de prover melhorias no serviço público. De resto, todos os demais argumentos são lixo teórico, inclusive os que dizem que Santarém, marabá e localidas são oprimidos por Belém. Que cada região conduza sua vida da forma que bem lhe aprouve.

    Parabéns ao Vice Governador que, sem tomar por fundamento o argumento do ódio, defende uma visão racional e politica da questão.

  • Se a discussão ouvir todo o Estado do Pará vai ser um ato democrático louvável, mas se ouvir apenas os interessados das regiões em questão, do que vai valer? Já vai estar contaminado! Que venha o plebiscito, pois o povo do Pará, principamente, RMB e Marajó vão acabar com a pretensão de vocês separatistas!

    1. Quem dera se fosse fácil, Andrei. Quem tá por trás da divisão do Pará é só de grande pecuarista pra cima: até o Eike Batista deve tar nesse “empreendimento” chamado separatismo. Eles fazem os políticos de fantoche e ainda tem um caminhão de gente que cai na lábia.
      Esses caras têm muita grana e, chegando na hora do plebiscito, vão fazer campanhas bilionárias, mostrando que quantos deputados um estado tiver per capita, mais parecido fica com a Suíça.

    2. É verdade pretensão nossa, uma região abandonada por anos e que por muito antes da divisão do grão-pará, culturalmente e economicamente diferente do restante do pará.

      O Oeste do Pará e o Sul do Pará, são estado diferentes a muito tempo!
      Você com certeza não conhece nada dessas regiões.
      E vamos continuar lutanto sim e vamos exigir dos nossos representantes que lutem pela gente sim!

      Enquanto o estado for governado de forma que uma região só seja benefiada em detrimento de outras nós iremos lutar!

  • Calma gente! Muita calma nessa hora! Creio que a maioria da população da CIDADE de Santarém é a favor da criação do novo Estado, eu incluído. Mas, como já foi alertado aqui várias vezes, neste espaço, não se iludam aqueles que acham que vai chover emprego, renda e desenvolvimento na região Oeste do Pará, assim de uma hora pra outra. Pelos próximos seis (SEIS) anos, as mudanças serão imperceptíveis para a grande maioria da população, incluindo os vinte e seis municípios já existentes e que farão parte do novo Estado, e principalmente para nossos caboclos, para quem não vai mudar nada e talvez até piore, já que o poder, e o poder de decidir estará nas mãos dos tubarões da política local, Lira Maia incluído. E por isso mesmo quem mais comemora são esses velhos tubarões. Não estranhem se Lira Maia, com mais de uma dezena de processos no Supremo Tribunal contra ele, sair candidato a governador logo na primeira rodada. Quanto às indústrias? Ah, isso é outra estória (assim mesmo com “E”).

    1. Mas claro, eleger-se governador com 300 mil votos é muito mais fácil do que vice-governador com 1,5 milhão de votos.
      Cadê a coragem do nortista? Um monte de político querendo virar deputado com mil votos… Encara uma eleição de verdade, caramba!

  • É isso ai nosso futuro prefeito de Santarém 2012 esta chegando precisamos de pessoa assim como o senhor até que se prove o contrário não tem rabo prezo com a justiça (processo e nem é do time dos ficha suja.

  • Não há dúvida de que o sentimento separatista advém da incapacidade histórica do Estado executar políticas públicas às populações dos municípios mais afastados da capital Belém, mas a questão decorre do grande nível de corrupção, que gera a insuficiência orçamentária e a devida aplicação dos recursos financeiros em benefício da população. Os escândalos na ALEPA estão aí para nos fazer tomar o devido cuidado e elegermos mais conscientemente nossos representantes.

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