IDHM no “TV Blog do Jeso”

Publicado em por em Oeste do Pará, Política

No “TV Blog do Jeso” exibido na noite de ontem (6), o articulista do blog Evaldo Viana opinou sobre o novo IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal).

O Atlas Brasil 2013 foi divulgado na semana passada.

Em seu comentário televisivo, Evaldo fez um paralelo entre o IDH de alguns municípios do oeste do Pará e de municípios do Tocantins localizados na fronteira com o Pará.

Confira no vídeo abaixo.

O “TV Blog do Jeso” é exibido todas às segundas-feiras, às 21h, com reprise às sextas-feiras, a partir das 12h40, na TV Encontro (Canal 26/Rede Nazaré).

O programa tem o patrocínio do Barrudada Tropical HotelGoverno do ParáImobiliária Carlos RibeiroPrefeitura de Juruti.

Veja também:
Vídeo com o saxofonista Nen.
Vídeo da entrevista com Edilberto Sena.
5 notícias destaques no “TV Blog do Jeso”.
O padre que tirou a Cargill e Alcoa do ar.
Dano ambiental: ação contra jipeiro é suspensa.
Vídeo com o blogueiro Xaropinho.
MP vai acionar polícia contra jipeiro do vídeo.


Publicado por:

2 Responses to IDHM no “TV Blog do Jeso”

  • Outra questão é a economia das duas regiões. Hoje na Folha de São Paulo, o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros defende que a causa da melhoria do IDHM em termos do país está na renda, que no período 1993/2012 cresceu em termos de renda média anual 100% ou 4,7% médios anuais.
    E outra evidênicia desta evolução é que enquanto em 1993 apenas 1/3 da população economicamente ativa tinha vínculo de emprego formal, o que agora estão no mundo formal 2/3 desta população. Pergunto que tal comparar a renda média das duas regiões, qual foi a evolução do emprego formal nestas regiões?. Como foi a evolução da economia das duas regiões no período?
    Transcrevo abaixo o artigo

    Luiz Carlos Mendonça de Barros

    É o crescimento da renda, estúpido!

    Uma economia que fez a renda média da sociedade dobrar em 17 anos não pode estar à beira do abismo
    Embora tenha durado apenas o tempo de uma flor de manacá, a exposição do aumento dos índices de IDHM dos municípios do Brasil na mídia precisa ser recuperada. Talvez tenha sido a notícia mais importante do ano para os analistas que procuram olhar o Brasil sob a ótica das mudanças estruturais de nossa sociedade.

    Os números são impressionantes e mostram um país que passa de uma posição vergonhosa no campo de desenvolvimento social para a companhia de sociedades mais justas e ricas. Mas essas informações entram em choque com o clima de que estamos próximos de um desastre e que tomou conta de boa parte dos agentes econômicos –empresários e financistas– nos últimos meses.

    Não é possível que uma economia que fez com que a renda média real da sociedade dobrasse em 17 anos esteja à beira do abismo, mesmo que os resultados nos últimos três anos sejam decepcionantes.

    Em 1993, a renda média anual do brasileiro era –a valores reais de 2012– de R$ 5.016,00, equivalentes ao câmbio também de 2012 a US$ 2.500. Em 2010, 17 anos depois, esse número atingiu R$ 10.884,00, ou seja, próximo de US$ 5.500. Um aumento de mais de 100% no período, o que corresponde a uma taxa anual composta de 4,7%.

    Mesmo se tomarmos como base a renda média de 1994, início do período do real, os números chamam a nossa atenção. Nesses 16 anos, entre o início do período de estabilidade de nossa moeda e o fim do ciclo de crescimento em 2010, o aumento real da renda média do brasileiro chegou a 64%, ou seja, cresceu a uma taxa anual de 3,14%.

    Todo economista sabe –ou deveria saber– que o fator mais importante por trás das mudanças sociais é o crescimento econômico por um prazo longo. Importa menos a taxa anual de crescimento e mais a duração do período em que esse crescimento se sustenta.

    Uma segunda verdade em que acredito é a que nos diz que o principal –e mais difícil– fator por trás do crescimento econômico sustentado é o aumento da renda real das famílias. Isso é verdade principalmente em uma sociedade de cigarras como a nossa, em que o consumo representa mais de 2/3 do PIB (Produto Interno Bruto).

    Por isso, os dados do Pnud da ONU, publicados recentemente, não surpreenderam a equipe de economistas da Quest Investimentos. Afinal, o quadro inicial das apresentações institucionais aos nossos clientes, desde 2007, apresenta um gráfico da renda real calculada pelo IBGE entre 1978 e 2013 e mostra, por meio de uma linha de tendência, seu comportamento nesse período.

    Em 1979, último ano do milagre econômico dos militares, a renda real anual era de R$ 7.464,00. Em 1993, fim do período em que tivemos uma hiperinflação histórica, o brasileiro médio ganhava anualmente apenas R$ 5.016,00. Ou seja, uma queda de mais 30% em 14 anos. Podemos contar essa mesma terrível história dizendo que, nesse período negro, o brasileiro empobreceu em média mais de 2% ao ano.

    A mais importante consequência desse longo período de crescimento que tivemos depois do Plano Real pode ser vista –a olho nu– em uma fotografia da sociedade brasileira dividida em classes de renda. Ela também faz parte, desde 2006, das apresentações da Quest como um de seus pontos centrais.

    Para chegar a ela, dividimos os brasileiros em apenas duas classes de renda: na primeira estão aqueles que estão inseridos na economia de mercado, ou seja, têm carteira de trabalho assinada, acesso a crédito bancário e no comércio e estão protegidos por programas sociais como aposentadoria, seguro-desemprego e outros que não o Bolsa Família.

    Na outra classe, estão os brasileiros que vivem na informalidade e não têm acesso às instituições do mundo formal.

    Em 1993, os brasileiros da classe formal representavam um terço da população, ficando o grupo informal com os outros dois terços. Hoje temos a situação oposta, ou seja, dois terços vivem no mundo formal e o outro terço no informal. Uma mudança extraordinária e muito difícil de ser encontrada na história das nações emergentes como a nossa.

    Peço agora ao leitor que volte ao título desta coluna.

    lcmb2@terra.com.br

    LUIZ CARLOS MENDONÇA DE BARROS, 70, engenheiro e economista, é economista-chefe da Quest Investimentos. Foi presidente do BNDES e ministro das Comunicações (governo Fernando Henrique Cardoso). Escreve às sextas-feiras, a cada 14 dias, nesta coluna.

  • Boa entrevista do Evaldo. Ele usou didaticamente uma comparação entre os municípios fronteiriços do Tocantins com o Pará para fazer um contraponto com o desenvolvimento humano dos municípios do Oeste do Pará, enfatizando o investimento maior naqueles municípios. Mas eu gostaria também de acentuar outro aspecto: um estado mais próximo, menor, permite uma aplicação melhor e mais atenta dos recursos, com a população cobrando mais resultados de seus dirigentes.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *