DJ que mora em Alter do Chão ganha Prêmio Megafone de Ativismo 2024

Publicado em por em Arte, Pará, povos indígenas

DJ que mora em Alter do Chão ganha Prêmio Megafone de Ativismo 2024
Zek Picoteiro, DJ que mora em Alter do Chão: Megafone de Ativismo 2024. Foto: Divulgação

O DJ Zek Picoteiro, que atualmente mora em Alter do Chão (Santarém, PA), recebeu o Prêmio Megafone de Ativismo 2024, com a música “Brasil do Cocar Remix”, produzida em parceria com Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Célia Xakriabá e Txai Suruí.

O Prêmio Megafone pretende contribuir para aumentar a visibilidade das ações ativistas, fomentando a prática do ativismo como catalisador de transformação social e o surgimento de novos agentes no ativismo, principalmente jovens e mulheres, no debate e na ação do combate à crise climática e causas relacionadas.

A premiação ajuda a legitimar o ativismo, tanto nos centros urbanos como no espaço digital, com foco principal em ativismo socioambiental, mas sem restringir-se somente a ele.

Inquietação

Zek Picoteiro

“Sobre esse prêmio, ele é o resultado de uma construção coletiva que parte de uma inquietação e de uma necessidade de provocar maior adesão, sabe, do público que não tem muito contato com a pauta indígena.

O pessoal da coordenação da Apib, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, estavam sentindo necessidade de colocar a pauta da demarcação do território indígena contra o marco temporal, amplificar, colocar para abranger, furar a bolha de Belém, do Pará, pessoas que curtem aparelhagem tecnobrega, para que essas pessoas também tenham contato com essa pauta e se engagem nessa pauta.

Foi esse o ponto de partida dessa música, né? Eu sampliei dois discursos muito poderosos aí, da Célia Xakriabá e da Txai Suruí, e coloquei os cantos indígenas que pedem pela marcação, os gritos, né? Pela demarcação dos territórios. E eu fico muito feliz, assim, de ser reconhecido por esse trabalho.

Foi o primeiro lançamento que eu fiz, assim, de uma música, uma produção minha, autoral, que está disponível nas plataformas. Eu sou DJ há muito tempo, trabalho com música de aparelhagem há muito tempo, mas nunca tinha lançado nada meu, assim, produzido por mim, pensado e tal.

E eu fico feliz que foi uma música que ela tem sido tocada nas manifestações indígenas, em Brasília, em Belém, nas marchas. Nas ruas e tem alcançado outras pessoas em torno dessa pauta, entendeu? Então esse prêmio veio reconhecer e consolidar um trabalho que foi feito por muitas, para muitas pessoas, então fico muito feliz de amplificar ainda mais o megafone e ativismo nessa pauta”.

Ouça!

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