Pesquisas acendem sinal de alerta para o grupo dos Barbalho em Santarém. Por João Salame

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Pesquisas acendem sinal de alerta para grupo dos Barbalho em Santarém. Por João Salame
Jader Barbalho e os filhos Jaderzinho e Helder: cenário preocupante em Santarém. Foto: Reprodução

As três pesquisas divulgadas até agora em Santarém para o 2º turno – Doxa, Veritá e Real Time Big Data – indicam um cenário preocupante para as forças governistas. A exemplo de Marabá, quando Helder Barbalho (HB) percebeu que fazia água a candidatura do deputado Chamonzinho (MDB) e desceu no município para anunciar uma grande desapropriação de um bairro da cidade, tentando ajudá-lo, o filme se repetiu em solo santareno.

HB chegou ao município para anunciar com pompa a desapropriação de uma enorme área para a implantação de um Distrito Industrial.

Além da desapropriação, anunciada semana passada, HB também entregou centenas de cestas básicas a comunidades carentes, acompanhado dos principais cabos eleitorais de José Maria Tapajós, entre eles o prefeito Nélio Aguiar (MDB) e o deputado federal Henderson Pinto (MDB), que estava devidamente adesivado com a foto do candidato emedebista.

Políticos experientes, não correriam o risco de lhes serem imputados um processo por crime eleitoral se a situação estivesse sob controle.

Batalhas eleitorais perdidas por Helder

Caso se configure a derrota das forças governistas em Santarém, o governador Helder Barbalho terá perdido a batalha eleitoral em 4 dos 5 maiores colégios eleitorais do estado: Ananindeua, Santarém, Parauapebas e Marabá.

Juntos, esses municípios respondem por aproximadamente 16% do eleitorado paraense. Se a derrota também acontecer em Belém, o que parece pouco provável pela quase unanimidade das pesquisas, seria uma catástrofe, pois a capital responde por 17% dos eleitores do estado.

Nas mídias sociais, articulistas e blogueiros com trânsito junto ao governo têm feito uma ginástica imensa para dizer que HB não foi derrotado em Parauapebas e Castanhal. Vamos aos fatos.

Em Parauapebas, ainda que o governo tenha iniciado um diálogo com o prefeito eleito Aurélio Goiano (Avante), ele cometeria um suicídio político ao entrar no barco governista. Sobretudo por seu perfil radicalmente bolsonarista, que é o mesmo de sua base eleitoral.

Sem falar que Aurélio mantém diálogo estreito com as principais lideranças oposicionistas do estado.

No caso de Castanhal, a ideia de que HB não foi derrotado tem lógica. Desde quando perdeu por poucos votos a eleição de 2014, Helder Barbalho tem o prefeito Paulo Titan (MDB) atravessado.

Naquele ano, Titan também era prefeito e HB perdeu por grande diferença no município para Simão Jatene (PSDB). Nos corredores palacianos, a torcida era por Hélio Leite (União Brasil), que acabou vitorioso.

Comenta-se até na hipótese do novo prefeito se filiar ao MDB.

João Salame

É jornalista, ex-deputado estadual, ex-prefeito de Marabá, onde nasceu. Tem 61 anos e é o editor-chefe do site Opinião em Pauta, onde o artigo acima foi publicado originalmente. Ele pode ser encontrado também no…

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