A polícia está à caça em Santarém (PA) de um dos integrantes de uma organização criminosa nacional especializada em fraudes financeiras, cujas vítimas são prioritariamente idosos. O grupo atua em vários estados, entre os quais Rio de janeiro, Amazonas, São Paulo, Mato Grosso, Pará e Ceará.
Para desmatelar o esquema, foi deflagrada nesta quarta-feira (30) a operação Contra Golpe. Um dos alvos é Pedro Dinele Marinho de Sousa, microempresário residente em Santarém, onde nasceu há 32 anos.
Ele tem mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça. A Polícia Civil do Pará tenta localizá-lo (ainda sem êxito) desde as primeiras horas da manhã de hoje.
Transferências bancárias, golpe e Polícia Federal
— ARTIGOS RELACIONADOS
Uma das primeiras vítimas da quadrilha foi um homem de 75 anos, atraído por meio de mensagem por SMS, com um link de desconto para sua fatura do cartão de crédito. Após o idoso acessar o endereço eletrônico, a quadrilha conseguiu realizar quatro transferências bancárias, somando cerca de R$ 130 mil.
Após essa movimentação financeira, os autores efetuaram ligações para a vítima, se passando pelo seu gerente bancário.
Por meio de engenharia social, conseguiram convencê-la de que os valores transferidos seriam estornados, mas que ela precisava transferir o restante do dinheiro existente em sua conta bancária para que os estelionatários fossem localizados e presos pela Polícia Federal.
O homem informou que estava convencido de que estaria colaborando com uma investigação da Polícia Federal e, por isso, realizou cinco novas transações. Ao todo, o prejuízo foi de R$ 1,17 milhão.
Após extenso trabalho de investigação, que contou com o apoio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), 8 pessoas foram indiciadas pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A partir do inquérito, a Justiça decretou a prisão preventiva dos envolvidos, bem como o bloqueio de todas as suas contas bancárias.
Lavagem de dinheiro
A investigação demonstrou que o grupo criminoso fez vítimas em vários estados.
A utilização de inúmeras contas bancárias para a ocultação e lavagem dos recursos obtidos de forma criminosa despertou a atenção da polícia. Os valores obtidos da vítima foram pulverizados, havendo a suspeita da participação de pelo menos outras 30 pessoas nessa associação criminosa, que é uma das maiores em atividade no país.
Todos os alvos de mandados de prisão possuíam dezenas de contas bancárias, sendo que somente um deles tinha mais de 40 contas abertas.
— O JC também está no Telegram. E temos ainda canal do WhatsAPP. Siga-nos e leia notícias, veja vídeos e muito mais.
Deixe um comentário