Brasil volta ao topo do ranking mundial de taxa de juros reais

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Brasil volta ao topo do ranking mundial de taxa de juros ao ultrapassar a Rússia
Banco Central do Brasil: responsável pela política monetária do país. Foto: Reprodução

O Brasil é o país com a maior taxa de juros ao ano, descontada a projeção de inflação, segundo o ranking mundial de juros reais compilado pelo portal MoneYou e pela gestora Infinity Asset Management. A lista tem 40 países, segundo a Folha de S. Paulo.

Até fevereiro deste ano, o país estava no topo do ranking, mas foi ultrapassado pela Rússia em março, após o forte aumento de juros no país em meio à Guerra da Ucrânia. Como o banco central russo cortou a taxa de 20% para 14% ao ano, o Brasil voltou ao topo da lista.

Além disso, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central aumentou a taxa básica de 11,75% para 12,75% ao ano nesta quarta-feira (4), ajudando a consolidar a posição do Brasil.

Para chegar aos juros reais de 6,69% ao ano, é considerada a taxa do depósito interbancário (DI) de um ano, vencimento em maio de 2023, e a inflação projetada para os próximos 12 meses (5,91%) na pesquisa Focus do BC.

O segundo colocado no ranking é a Colômbia (juro real de 3,86% ao ano), seguida por México (3,59% ao ano), Indonésia (2,39% ao ano), Chile (1,84% ao ano) e Rússia (1,36% ao ano).

Em termos nominais, o Brasil está na quarta posição do ranking, atrás de Argentina (47% ao ano), Rússia (14% ao ano) e Turquia (14% ao ano).

“O Brasil reforça a 1ª colocação no ranking mundial de juros reais, ganhando o pódio desde a última reunião da Rússia, após a recente correção de juros e alta inflação, em meio à guerra com a Ucrânia”, dizem os responsáveis pelo levantamento.

Segundo os autores, o movimento global de políticas de aperto monetário continuou a ganhar força, com o aumento expressivo no número de BCs sinalizando preocupação com a inflação, em especial devido à guerra, aos recentes choques de oferta e perspectiva de alta nas commodities.

Entre 166 países, 67,47% mantiveram os juros, 30,12% elevaram e 2,41% cortaram. No ranking de 40 países, 55% mantiveram, 40% elevaram as taxas e 5% cortaram.​

Com informações da FSP


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