A lua de mel acabou. A deputada estadual Maria do Carmo (PT) assumiu a tribuna da Assembleia Legislativa e abriu a caixa de ferramentas para tecer pesadas críticas ao prefeito Nélio Aguiar, de Santarém, por causa do incêndio que destruiu a ala de obstetrícia do hospital municipal.
Culpou o gestor pela lentidão nas obras de construção do novo hospital materno infantil e pela falta de manutenção do prédio onde ocorreu o sinistro.
O episódio serviu para demonstrar a fragilidade da base de apoio do governador na Pérola do Tapajós. É do desejo de HB que MDB e PT marchem juntos em solo santareno. O provável candidato do MDB é o ex-deputado José Maria Tapajós, com o apoio de Nélio Aguiar.
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O PT sinalizava que poderia apoiar, mas indicando o vice. O prefeito resistia à ideia. Maria do Carmo vinha adotando uma política de boa vizinhança, tentando se aproximar do gestor. Mas a relutância política do alcaide e o episódio do incêndio detonaram a ponte que timidamente estava sendo construída.
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Desconvite
Como resultado desse novo momento político, após o pronunciamento de Maria do Carmo, o prefeito Nélio Aguiar, que havia feito um convite à deputada para participar das festividades do Sairé, festa mais popular do município, enviou nova mensagem pedindo para que a parlamentar desconsidere a gentileza.
O clima deve ficar ainda mais pesado nos próximos dias, com implicações diretas na construção das chapas que vão disputar as eleições para a prefeitura o ano que vem.
Em contato direto com a coluna, Nélio Aguiar esclarece que a construção do novo hospital materno infantil, que esteve parada por muitos anos antes dele assumir, já está com 73% das obras executadas.
Que a obra está paralisada porque a empresa contratada não estava dando bom andamento aos serviços. Depois de várias notificações, houve a rescisão. Como existe verba federal e estadual envolvida na execução da obra, a prefeitura está aguardando autorização da Caixa Econômica Federal e da Secretaria de Obras do Estado para fazer uma nova licitação.
Recursos
O prefeito diz que faltam cerca de 16,5 milhões de reais para concluir a obra do novo hospital materno Infantil. Na conta já tem um saldo de 5,8 milhões de reais. O Governo do Estado já repassou duas parcelas do convênio de 25 milhões, faltando uma última parcela no valor de 6,1 milhões de reais.
Faltam mais 4,7 milhões da Caixa e 5,5 milhões da prefeitura. Todos os pacientes foram evacuados para outras unidades hospitalares para não inalarem fumaça. Nélio garante que assim que a Caixa e a Seop autorizarem a licitação a prefeitura retoma as obras.
João Salame
É jornalista, ex-deputado estadual, ex-prefeito de Marabá, onde nasceu. Tem 61 anos e é o editor-chefe do site Opinião em Pauta, onde o artigo acima foi publicado originalmente. Ele pode ser encontrado também no…
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Esse prefeito é prepotência e arrogância pura. Nunca priorizou a saudee em seu governo a morte de gestantes e recém nascidos atingiu índices alarmantes. Lembram de quando o Hispital Irmã Dulce fechou e dezenas de mulheres morreram na obstetrícia do HMS?
O orgulho do prefeito Nélio é do mesmo tamanho da incompetência dele.