Variante delta provocou 3ª onda e aumento exponencial da covid no oeste do Pará, diz Ufopa

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Variante delta provocou 3ª onda e aumento exponencial da covid no oeste do Pará, diz Ufopa

“A região oeste do Pará está vivenciando uma terceira onda de covid-19”. O alerta é do professor Marcos Prado Lima, ao analisar testes realizados nos últimos 3 meses pelo Labimol (Laboratório de Biologia Molecular), da Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará), que funciona em parceria com a Sespa (Secretaria de Estado de Saúde do Pará). Ele é um dos diretores do Labimol.

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“Considerando o número de casos positivos da covid-19 identificados nos últimos meses em Santarém, nota-se que os números continuam elevados no mês de novembro. Comparativamente ao mês de setembro, foi identificado um aumento superior a 550%, com forte tendência de alta de casos positivos para os próximos meses, o que requer atenção das autoridades locais”, alertou Prado.

O Labimol atende 20 municípios do oeste paraense, abrangendo cerca de 1 milhão de pessoas. Todos os municípios da região mostraram tendência de alta nos casos.

Em novembro, de acordo com o relatório divulgado nesta quarta-feira (1º), dos 2.547 testes RT-PCR realizados, 799, ou seja 31, 49%, foram positivos. O RT-PCR é exame é feito em pacientes para identificar a presença de material genético do SARS-CoV-2, que é o vírus responsável pela covid-19.

“Já começa a haver uma pressão no sistema de saúde, o que é muito preocupante”, alerta Marcos Prado.

Laboratório da Ufopa para covid-19 deve realizar 116 testes por dia
Marcos Prado, do Labimol da Ufopa. Foto: Reprodução/Ufopa

O professor classifica de preocupante esse “aumento súbito”. Ele afirma ainda que a primeira onda foi ocasionada pela variante Alfa, a segunda – registrada no início do ano de 2021 – pela variante Gama, e agora a terceira onda causada pela variante Delta.

“Considerando o histórico de casos registrados em cada município, é possível afirmar que, no mês de novembro, o aumento de casos se espalhou por toda a região oeste do Pará, não sendo possível identificar municípios com número estabilizado ou redução de casos”, ressaltou.

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A rapidez com que o número de casos da doença subiu de em outubro e novembro preocupa muito, principalmente entre as pessoas que ainda não se vacinaram ou só tomaram a primeira dose da vacina.

“Saímos do piso em direção ao teto de maneira exponencial”, destacou Prado, em entrevista nesta manhã ao portal JC.

O que deve ser feito?

“É preciso ampliar a cobertura vacinal, reduzir a interação social e manter o uso de máscaras”, apontou.

“Os municípios em geral têm tomados medidas e criado decretos mãos rígidos para orientar a população, mas alguns municípios não tomaram nenhuma medida efetiva, por exemplo Santarém”.

Com informações da Ascom/Ufopa e redação do portal JC


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