As famílias assentadas dos Projetos Agroextrativistas (PAE’s) da várzea santarena começaram a receber o material referente à construção de casas.
As primeiras comunidades atendidas estão localizadas nos PAE’s Aritapera e Tapará.
A ação, que inicialmente prevê a construção de 100 casas, também compreende mais dois assentamentos: Urucurituba e Ituqui. Neste último, ocorrerá a próxima entrega de material, marcada amanhã (6).
O anúncio do início da construção de casas nos assentamentos de várzea em Santarém foi realizado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, em visita ao município no dia 23 de outubro.
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A iniciativa é financiada com recursos do Incra, através do Crédito Aquisição de Material de Construção, que corresponde a R$ 15 mil por família. No total, será investido R$ 1,5 milhão em créditos na primeira etapa de construção de casas.
Essa é a primeira vez que um ente público financia a construção de casas na várzea santarena. As habitações existentes na região, até então, foram erguidas pelos próprios moradores, cuja experiência será empregada na execução das obras das novas casas.
“Estamos contratando carpinteiros das próprias comunidades para trabalhar na construção das casas”, revela o presidente do Conselho Regional de Pesca do Urucurituba, Edivaldo José Pinheiro dos Santos.
Basicamente, a madeira será utilizada como material, a exceção da estrutura do banheiro, em parte de alvenaria. As casas terão área média de 42 metros quadrados, segundo Assis Dantas, técnico do Incra responsável pelo acompanhamento da construção das casas.
O modelo foi definido de forma participativa, em reuniões nas comunidades com representantes do Incra e do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). “Foi feito tudo conforme o pedido das comunidades”, afirma Edivaldo Santos.
Além dos costumes locais, as casas em construção na várzea santarena têm por base a experiência da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (RDSM), localizada no Amazonas. As habitações estarão suspensas a até 2,5 metros de altura em relação ao solo, como medida preventiva em relação à subida do nível dos rios no período de cheia, e terão um sistema sanitário para tratamento dos dejetos, através de uma fossa de fermentação.
“O sistema exige a construção de duas câmaras contíguas em alvenaria, com uma casinhola de madeira e um assento feito de ferro e cimento para adaptar uma tampa de vaso sanitário comercial”, relata Alcilene Cardoso, chefe do escritório do Ipam em Santarém.
O modelo sanitário escolhido para as casas em construção na várzea, segundo técnicos do Incra e do Ipam, resiste aos ciclos de enchentes e secas, fortalece as atividades de educação ambiental e diminui a incidência de doenças, como a diarreia.
“Espera-se que, com a instalação de fossas de fermentação, esta tecnologia social garanta melhorias no requisito saúde, principalmente de crianças, e reduza a incidência de doenças de veiculação hídrica e doenças oriundas do contato com dejetos humanos e vetores. Essas benfeitorias também serão úteis para tentar proporcionar aumento da consciência ambiental”, reforça Alcilene Cardoso.
Fonte: Incra
Gostaria de saber das mais de 30 casas que foram iniciadas na comunidade do Curupira no Município de Oriximiná, quando elas devem ser concluídas?
As obras foram iniciadas há mais de 3 anos e até hoje não foram terminadas.
A cidade de Santarém também está precisando de projeto de habitação, as imobiliárias estão enriquecendo cada vez mais com tanta venda de casas com preços que não condizem com a realidade, isto é uma vergonha. Com a concorrência de um programa habitacional na cidade eu queria ver tanto monopólio imobiliário.
O INCRA deveria dar uma utilidade ao elefante branco da AV Presidente Vargas, construiu dois prédios e fica inventando desculpa pra não mudar pra lá, cade o MPF pra investigar? Dizem que tem gente recebendo uma porcentagem dos 40 mil reais que o orgão paga de aluguel por mês a mais de 3 anos.