Dormindo no Cajueiro
O dia anoitece.
Bem ali o por do sol
Desenhando em escarlate
A silhueta do monte
O corpo da tapuia
Que se banha
Dos meninos correntes n’areia.
Ato minha tipóia
Nos braços do cajueiro.
Dormirei aqui esta noite
Admirando sardas cintilantes
No corpo do infinito.
Quero acordar relaxado
Com o barulho das faias
Das catraias,
dando bom dia, primeiro,
à essa paisagem, à vida.
— ARTIGOS RELACIONADOS
E por favor, não perguntem por Maria.
– – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –
De Edwaldo Campos, poeta amazônico nascido em Alenquer e naturalizado santareno.
Leia também dele:
Chique suicídio.
Os 60 anos de Bira.
Deixe um comentário