Westerley Jesus de Oliveira, o empresário que delatou o casal da Perfuga em Belterra (PA) – o ex-prefeito Dr. Macedo e sua esposa e ex-primeira-dama Edna Silva – completará neste ano, no dia 13 de agosto, 3 anos desde que foi declarado pela Justiça como foragido.
Réu condenado em 3 processos por envolvimento na Perfuga em Santarém (PA), com penas que somam quase 30 anos de prisão, Westerley Oliveira fez delação premiação e ganhou direito de cumprir parte de sua condenação em regime semiaberto.
Aproveitou uma de suas saídas livres da penitenciária de Cucurunã, em Santarém, e fugiu. Até hoje não foi localizado pela polícia.
O nome dele aparece 4 vezes na lista de procurados do Portal BNMP (Banco Nacional de Mandados de Prisão), do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
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Na delação ao Ministério Público do Pará, Westerley detalhou todo o esquema de corrupção engendrado na Prefeitura de Belterra nos anos de 2017 e 2018. Na época, Dr. Macedo ocupava o cargo de prefeito e concentrava nele todas as decisões relativas a compras e pagamentos de fornecedores.
Várias empresas de Westerley participaram do esquema de corrupção tanto em Santarém como em Belterra. Ele foi condenado, entre outros, pelos crimes de peculato, associação criminosa e fraude à licitação, tendo como alvo os cofres públicos da Câmara de Vereadores de Santarém, gestão do vereador Reginaldo Campos (2015-2016).
Dr. Macedo e Edna também são investigados pelo MP por prática de fraude a licitações, associação criminosa e peculato. O esquema, segundo o Ministério Público, envolve cerca de 20 pessoas físicas e jurídicas.
Contraponto
Em mensagem instantânea pelo aplicativo WhatAPP nesta quarta-feira (24) ao editor do JC, jornalista Jeso Carneiro, Edna Silva acusou o portal de estar a serviço de “Davirley” [Sampaio, pré-candidato do PT a prefeito de Belterra] e de “JR” [Júnior Rocha, empresário ex-vereador], que teriam pago a matéria que revelou o envolvimento dela na Perfuga — publicada ontem.
“Eu não devo nada. E te digo mais, esse cidadão aí [Westerley Oliveira] enganou os procuradores [de Justiça, do Ministério Público do Pará]. Pegou 30 dias de liberdade no acordo [de delação] e depois fugiu”, escreveu.
E recomendou ao editor do JC: “Cobra bem caro quando as matérias envolver (sic) meu nome. Manda o preço [de uma matéria] aí para [eu] dar o troco ao JR [Júnior Rocha].”
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