
Famílias de agricultores de comunidades em Juruti, no oeste do Pará, estão experimentando o método dos Sistemas Agroflorestais (SAFs) e produzindo de forma sustentável na região.
A iniciativa é executada pelo instituto de pesquisa WRI Brasil em parceria com a Alcoa. O projeto possibilita fortalecer as comunidades, combater as mudanças climáticas e destacar a importância da mulher na liderança.
A série As Caras da Restauração, composta por episódios em vídeo e reportagens, retrata 5 histórias de produtores familiares a grandes produtores em diferentes estados brasileiros. Em comum, todos têm a transformação de sua relação com a terra e o lucro advindo da floresta, que, quando aplicadas técnicas sustentáveis, pode ser maior do que a rentabilidade de atividades agropecuárias convencionais.
“São histórias e rostos que humanizam uma agenda de reconstrução de nossa economia e contribuem para o compromisso do Brasil de restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas e áreas degradadas até 2030”, afirma Miguel Calmon, consultor sênior de Florestas do WRI Brasil.
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“Esses personagens são alguns dos muitos pioneiros que estão fazendo restauração. Eles mostram como as florestas plantadas podem gerar emprego e renda e beneficiar o país a partir dos seus benefícios ambientais”, destaca.
Produção dos agricultores
Em Juruti, desenhos de modelos agroflorestais estão sendo utilizados como base junto aos produtores com três diferentes focos: mandioca, frutas e gado. As espécies nativas também são utilizadas na composição do modelo, como paricá, cumaru, taperebá, pau-rosa e outras.
Na casa da família Soares, todas as segundas-feiras, no comecinho da manhã, a família se reúne para definir as tarefas da semana. Na casa de farinha, por exemplo, saem dezenas de produtos do beneficiamento da mandioca. O planejamento da coivara, o método de queima de áreas verdes para preparar a terra antes do plantio, está perdendo espaço para as SAFs, novidade que está fazendo os filhos de Messias e Nilda sonharem.
A família formada por 4 filhas mulheres e um homem foi crescendo e prosperando graças a um único produto: a mandioca. Agora, novos conhecimentos e técnicas para melhorar a relação com a floresta emergiram.
Hoje, os Soares estão trocando a prática da queimada para limpar novas áreas pelo consórcio entre diferentes espécies. Se no início dependiam apenas da farinha, ao longo dos anos se aperfeiçoaram e da mandioca criaram mais de 20 produtos.
Com a agrofloresta, a família poderá impulsionar a renda pela venda de frutas, óleos, essências e outros produtos agrícolas que trarão mais segurança alimentar e renda para a comunidade.
Os episódios semanais serão publicados em https://wribrasil.org.br/ascarasdarestauracao.
Com informações do WRI Brasil
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