Deputado pede a exoneração do reitor da Ufopa

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Zé Geraldo em discurso hoje pediu a saída de Seixas Lourenço da Ufopa

Em discurso longo e contundente, proferido na manhã de hoje (18) em Brasília, na tribuna da Câmara dos Deputados, o petista paraense Zé Geraldo criticou duramente a gestão do reitor pró tempore Seixas Lourenço à frente da Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará).

O discurso do parlamentar é o desdobramento da nova crise que atinge a universidade desde a publicação de uma carta aberta de autoria do pró-reitor Marcos Ximenes, no início do mês.

Nela, Ximenes ataca “um grupo” que fomenta “iniciativas conspiratórias contra a imagem” da instituição. No comando desse grupo, estaria a vice-reitor Clodoaldo Andrade, ligado ao PT.

No Leia Mais, abaixo, a íntegra do discurso de deputado.

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No discurso, Zé Geraldo não só bombardeou a gestão de Seixas Lourenço, caracterizada por “desmandos, condutas antidemocráticas e autoritarismos”, como relacionou “indícios de malversação de recursos públicos, abusos de compras e contratações por dispensas de licitações, compras superfaturadas de terrenos e equipamentos”.

Ao final, ele pediu a exoneração do reitor ao ministro da Educação, Aloísio Mercadante.

– Diante de tais fatos, solicitei hoje, dia 18/05, ao Ministério da Educação que instaure Tomada de Contas Especial na Ufopa, em Santarém. Apresentei também Representação ao Ministério Público Federal e Denúncias ao Tribunal de Contas da União e Controladoria Geral da União – disse o deputado aos seus pares.

Sobraram críticas também para os pró-reitores Marco Ximenes, Aldo Queiroz e Bernadino Ribeiro, procurador da Ufopa.

A seguir, alguns trechos do discurso.

“A Administração Superior da Ufopa adota também uma gestão centralizada em poucas pessoas, autoritária e que não permite o envolvimento da comunidade acadêmica nas tomadas de decisões”

“… existe um clima marcante de opressão aos professores e funcionários que não coadunam com a mesma opinião da reitoria. Os funcionários, ainda em estágio probatório, são os que sofrem as maiores perseguições”

“… recaem suspeitas de inidoneidade sobre as principais figuras da Ufopa. A começar pelo próprio Prof. José Seixas Lourenço, o qual se envolveu em irregularidades financeiras do Ministério do Meio Ambiente”

“Peço ao Ministro da Educação que determine para que ainda este ano aconteça a eleição do reitor definitivo, até porque já fazem dois anos que esta universidade é conduzida por um reitor pró-tempore”.

A íntegra do discurso

Senhor presidente, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados,

Utilizarei o tempo deste grande expediente, para discutir um pouco sobre a situação do Ensino Superior Público na Região Oeste do meu Estado, com foco na Universidade Federal do Oeste do Pará – UFOPA.  Criada em 05 de novembro de 2009 pela Lei 12.085/2009, a partir da fusão de um polo da Universidade Federal do Pará com a Federal Rural da Amazônia, a UFOPA atende atualmente 8.000 alunos distribuídos em cerca de 30 cursos regulares, sendo que neste total estão também incluídos os 3.000 alunos do PARFOR – Plano Nacional de Formação de Professores.

Portanto, Senhor presidente, somente pelo atendimento do quantitativo de aluno e a oferta de 30 cursos diferentes já nos dá a dimensão da importância de uma universidade que tem pouco mais de três anos de criada e menor tempo ainda de funcionamento efetivo.

Mas poderia estar melhor. Estes 8.000 alunos poderiam estar recebendo uma formação digna, muito diferente do que foi denunciada pela repórter Ana Aranha da revista Época de 23/01/2011 e que desde então, nada ou pouca coisa mudou. Até porque, senhoras e senhores, dinheiro não faltou. O Governo Federal direcionou todas as verbas necessárias para tal. Só para se ter uma ideia, foram direcionados nos orçamentos de 2010 a 2012 mais de  R$ 192 milhões de reais, sendo que para implantação e funcionamento da universidade foram mais de R$ 87 milhões de reais, conforme consta no Orçamento Brasil, no site da Câmara dos deputados e que todos podem consultar, pois são dados públicos.

Devo dizer que esta universidade foi resultado de uma grande luta da população do Oeste do Pará, luta esta que teve a minha participação ativa. Uma conquista também fruto da política educacional do Governo Lula que criara esta e outras várias universidades federais em todo o Brasil. E é por esta luta e a conquista deste sonho que tenho a obrigação, dever esse evocado pela população da região, de DENUNCIAR nesta tribuna uma série de irregularidades que vem ocorrendo naquele centro de ensino desde a sua fundação.

No início, senhoras e senhores, as reclamações que chegavam a meu gabinete estavam relacionadas a desmandos, condutas antidemocráticas e autoritarismos por parte do Magnífico Reitor José de Seixas Lourenço. Nesses casos, eu sempre adotei uma conduta de convencimento à comunidade acadêmica insatisfeita, para continuasse tentando o diálogo. Para que procurasse levar os problemas aos conselhos competentes. Para que professores e alunos debatessem e fossem juntos convencer a gestão da universidade de que uma universidade que se preze deve ser pautada, no mínimo, pelo espírito democrático.

Pois bem, senhor presidente, o meu conselho aos professores, alunos e membros da comunidade era que tais problemas deveriam ser resolvidos lá mesmo, no seio da Universidade.

Agora, quando me chega ás mãos uma série de DOCUMENTOS os quais INEGAVELMENTE nos mostram INDÍCIOS de malversação de recursos públicos, abusos de compras e contratações por dispensas de licitações, compras superfaturadas de terrenos e equipamentos; nestes casos, senhoras e senhores, é meu DEVER levar estas denúncias adiante.

Até porque não faço isso sozinho. Além de atender ao clamor de grande parte da comunidade acadêmica e da sociedade da região, sigo a corajosa atitude dos estudantes daquela instituição que já ofereceram denúncia ao Ministério Público Federal, em Santarém, na última segunda-feira, dia 14/05, conforme reportagem publicada no Jornal “O Liberal” de 16/05.

Estes universitários, membros do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e da União dos Estudantes de Ensino Superior, foram atendidos pelo Procurador da República Cláudio Dias que recebeu a denúncia, além de documentos que comprovam as irregularidades.

E que irregularidades são essas? Compras e contratações superfaturadas. Compras de equipamentos de laboratórios muito acima do preço de mercado. Vejam bem, senhoras e senhores, nesta tabela que apresento aqui; e que vai anexo a este pronunciamento, tabela essa facilmente comprovada por todos os senhores e pelas pessoas que neste momento me ouvem – bastando para isso fazer uma consulta no site do COMPRASNET. Por esta tabela podemos comprovar que na compra de apenas 13 equipamentos, a Ufopa pagou quase 2 milhões de reais acima do preço de mercado, o que indica, sem dúvida, SUPERFATURAMENTO. Estes dados, portanto, obtivemos com consulta ao site no período de novembro de 2011 a maio de 2012.

 

Apresento então, no quadro a seguir, evidências que comprovam a aquisição de equipamentos pela Pró-Reitoria de Administração (PROAD) com valores bem acima aos valores de mercado.

Equipamento

Pregão

Cotação (R$)

Valor adquirido

Diferença

Instituto

Preço estimado

Em dinheiro

Percentual
1-Medidor multiparâmetro

475

3.772

4.640

80.000

75.359

1624%

2- Ultrassom Transdutor linear endorretal multifrequencial

691

12.000

15.880

359.000

343.119

2161%

3-Analisador de CHNS

17

110.000

115.297

474.862

359.565

312%

4- Leitor de Elisa, Multidetector com fluorescência

431

72.425

123.398

50.972

70%

5-Utilityscan Rugged System, 270ª

694

103.054

425.300

322.245

313%

6-Autograv Gravity meter

30

164.354

678.750

514.395

313%

7- Expansão para sensores TDP

349

15.360

15.453

26.420

10.966

71%

8 – Magnetômetro de Próton G-856

446

12.109

39.300

27.190

225%

9- Multiplexador para 8 sensores

519

9.890

12.561

22.400

9.838

78%

10- Monitor de Temperatura e Pressão

511

3.815

5.100

1.284

34%

11- Supersting R8/IP Memory earth resistivity

63

47.534

192. 130

144.595

304%

12 – Amostrador de Sedimentos em suspensão AMS8

12

6.065

9.999

3.934

65%

13- Oxímetro Microprocessado AT170

529

2.452

5.000

2.547

104%

TOTAL DA DIFERENÇA    

 

 

R$1.866.015,45

 

O superfaturamento não fica somente na compra destes equipamentos, senhoras e senhores. Há negócios no mínimo irregulares. Eu pergunto aos senhores e senhoras aqui presentes. Qual gestor com um mínimo de cuidado compraria um bem cuja condição de propriedade estivesse em litígio com um ente público? Pois foi exatamente isso que aconteceu.

A reitoria da Ufopa, através do magnífico reitor Seixa Lourenço, não somente comprou um terreno fruto de uma disputa judicial, como pagou um valor muito além daquele que a prefeitura pagaria caso este terreno fosse desapropriado.

Estamos falando de um imóvel situado na Rua 24 de Outubro, próximo ao campus Tapajós da Ufopa. Este terreno foi desapropriado pela prefeitura de Santarém por R$ 300 mil, em 29 de dezembro de 2011, através do Decreto número 233/2011. Como o proprietário Guilherme Torres de Carvalho não atendeu ao decreto da prefeitura, o poder municipal entrou com uma Ação de Desapropriação – Processo número 0000841-55.2012.814.0051 na 8ª Vara Civil da Comarca de Santarém.

Pois bem, senhores, por este terreno a Ufopa pagou R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais). Um valor, portanto, quatro vezes superior àquele que a prefeitura decretou pela sua desapropriação. E não faltaram avisos para que a compra irregular fosse evitada. A prefeitura municipal de Santarém, ao saber do negócio em curso, NOTIFICOU por duas vezes o Magnifico Reitor, através dos ofícios 026 e 033/2012. Sabe o que o Senhor Seixa Lourenço fez? Simplesmente ignorou o Poder Público Municipal, numa clara atitude de arrogância, pouco caso e desrespeito com os poderes constituídos. Além disso, desrespeitou também o corpo institucional da Ufopa. As compras destes terrenos não foram autorizadas ou, pelo menos, discutidas no Conselho Superior Pró-Tempore da UFOPA (CONSUN), o que só reforça a falta de transparência da Reitoria.

Por outro terreno de 5,0 hectares a reitoria da Ufopa pagou a quantia de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais), mesmo sabendo que a UFOPA havia rejeitado de pagar os mesmos R$ 4 milhões por um terreno de 100 hectares, com acesso ao rio Tapajós, na Avenida Fernando Guilhon, em 2010. Portanto 20 vezes maior.

Vale ressaltar que a recém criada UNIFESPA, em Marabá, já consegui um terro de 50 ha na forma de doação. Também, o campus da IFPA, em Marabá, conseguiu na forma também de doação, 300 há para a construção do seu Campus. Dái, senhoras e senhores, podemos deduzir que somente um reitor sem compromissos e sem interesse com a região, deixa de comprar um terreno com acesso privilegiado para gastar 4 milhões com um terreno 20 vezes menor. E olha que já foram gastos mais de R$ 5.200.000 em compras de terrenos que não comportam o campus de uma universidade federal com mais de 30 cursos.

Antes de continuar com o meu relato, senhor presidente, gostaria de fazer aqui uma indagação. Por que talvez eu esteja equivocado; e eu jamais teria a intenção de ser leviano ou cometer injustiças fazendo falsas denúncias. Pois bem, a pergunta é a seguinte: qual o custo médio da construção civil no Brasil? Bom. Segundo dados do Sinduscon, que é o sindicato da construção civil,  o custo hoje para construir um metro quadrado seria de R$ 964,60 na cidade de São Paulo. Aqui no Distrito Federal o custo do metro da construção civil comercial fica em torno de R$ 1.000 (mil reais). Já em Belém, capital do meu Estado, para construir um prédio de lojas, padrão alto, o construtor teria que desembolsar cerca de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) por metro quadrado. Então, em Belém, se eu fosse construir um prédio de 240 metros quadrados eu gastaria o equivalente a R$ 288.000,00 (duzentos e oitenta e oito mil reais). Muito bem, estamos falando aqui em custo de construção.

Agora prosseguindo com o relato da farra do dinheiro público na Ufopa, o Magnífico Reitor já gastou, vejam bem senhoras e senhores, segundo dados da Pró-Reitoria de Administração, na reforma do prédio da pró-reitoria de ensino (PROEN) cerca de R$ 350.000,00 (Trezentos e cinquenta mil reais) em aproximadamente de 240m². O que nos leva a concluir que até o momento o custo da reforma por metro quadrado já supera ao valor de R$ 1.400,00 (mil e quatrocentos reais). Um valor muito superior ao custo da construção civil comercial padrão alto em Belém.

Para piorar a situação, senhoras e senhores, a reforma ainda não está pronta. Ressalta-se que o prédio é construído em madeira e que, apesar do montante, a reforma neste realizada, além de não resolver os problemas do prédio (a exemplo, goteiras, ninhos de morcego e a insalubridade que isso acarreta), visivelmente não condiz com o valor gasto, resultando na mudança desta unidade acadêmica para outro local, ou seja, os serviços realizados não contemplam os investimentos realizados.

Portanto, senhoras e senhores, na gestão da UFOPA existem fortes indícios de malversação de recursos públicos federais que incidiriam em praticas ilícitas previstas na Constituição Federal artigo 37, § 5º, na Lei Improbidade Administrativa (nº 8429/1992) e Crimes em Licitação Pública consoante a Lei 8666/93.

Diante de tais fatos, solicitei hoje, dia 18/05, ao Ministério da Educação que instaure Tomada de Contas Especial na Ufopa, em Santarém. Apresentei também Representação ao Ministério Público Federal e Denúncias ao Tribunal de Contas da União e Controladoria Geral da União.

Além disso, senhoras e senhores, outras medidas devem ser tomadas para que a implantação daquela universidade aconteça a contento. Porque não é somente de desmandos administrativos e malversação de recursos públicos que estamos falando.

A Administração Superior da UFOPA adota também uma gestão centralizada em poucas pessoas, autoritária e que não permite o envolvimento da comunidade acadêmica nas tomadas de decisões, nas definições de metas e objetivos, na resolução de problemas e dificulta o acesso às informações institucionais.

Esta prática fica mais evidente em relação à indicação de gestores para os Institutos, contrariando decisões colegiadas.

No Instituto de Ciência da Sociedade (ICS) foi indicada para assumir a Diretoria, a Professora aposentada da UFPA, Dra. Tereza Ximenes Ponte, que antes era assessora da Reitoria, que não faz parte do quadro de pessoal da UFOPA, e que não é professora do ICS. E mesmo contra aos argumentos feitos pelo Colegiado do ICS, a Administração Superior, manteve a indicação. No Instituto de Ciência da Educação (ICED) a substituição da Professora Dra. Maria de Fátima Lima, foi ainda mais arbitrária. Sua substituição foi devida “incompatibilidade com a Administração Superior”.

A gestão da Ufopa não faz prestação pública das contas da Universdidade. Desde sua criação, no dia 05/11/09, até a presente data não foi realizada prestação pública das contas referente aos anos 2010 e 2011.

A prestação de contas para a comunidade acadêmica é uma demonstração de transparência da Administração Superior e, mais importante, uma demonstração de respeito com os demais segmentos da UFOPA.

Até o momento a administração pró-tempore da Ufopa não colocou a disposição dos docentes de espaços de trabalho. Atualmente, a UFOPA abre inscrições para 1.200 alunos ao ano para a graduação na sede. Mas, não há espaço físico que comporte este número de alunos, assim como, o próprio corpo docente da instituição. Hoje os discentes ingressantes na UFOPA são alocados em dependências improvisadas de um hotel (Hotel Amazônia Boulevard). Atualmente, várias unidades acadêmicas estão funcionando neste local, ressaltando que este é pouco adequado para o funcionamento de uma universidade. Situação esta que deverá perdurar até 2014, como previsão mais otimista.

Este contexto foi aceito e compreendida pela comunidade acadêmica devido ao seu caráter provisório, no entanto, a Administração Superior já cogita a compra deste espaço para torna-lo definitivo. Um absurdo e uma clara falta de planejamento, demonstrando incompetência na consolidação de espaços físicos para discentes, técnicos administrativos e docentes.

Recebi também de um grupo de docentes da universidade várias denúncias de assédio moral. Segundo estas denúncias, existe um clima marcante de opressão aos professores e funcionários que não coadunam com a mesma opinião da reitoria. Os funcionários, ainda em estágio probatório, são os que sofrem as maiores perseguições. Muitas vezes, são obrigados a se omitirem com medo de represaria. Não há, assim, democracia, nem como um ambiente adequado para se trabalhar.

Não há Planejamento Institucional na Ufopa. O que fica latente é uma grande falta de planejamento no processo de implantação da UFOPA, que culmina em improvisações administrativas e, consequentemente, uma recalcitrância em aceitar as críticas e sugestões. Em função disso, temos uma Administração Superior que a cada dia passa a se isolar mais e utiliza de suas prerrogativas legais para impor suas decisões à comunidade acadêmica.

Após 02 anos de sua criação a UFOPA percebe-se que não existe planejamento de suas atividades básicas e prioritárias tanto na sede, quanto nos campi do interior (seis). Não existe planejamento para a consolidação de sua estrutura física no campus sede. Não existe planejamento para consolidação da estrutura física nos campi do interior e nem planejamento para início de funcionamento de cursos nesses locais. Não existe planejamento para consolidação do quadro de pessoal (docentes e técnicos administrativos).

O Prof. Dr. José Seixas Lourenço não tem residência oficial na cidade de Santarém. Sua residência oficial é em Brasília. Quando este vem à Santarém, fica instalado em um hotel da cidade e ao retornar à Brasília recebe diária de trabalho, conforme consta no portal da transparência. A comunidade acadêmica questiona isso!

O mais grave, senhoras e senhores, é que recaem suspeitas de inidoneidade sobre as principais figuras da Ufopa. A começar pelo próprio Prof. José Seixas Lourenço, o qual se envolveu em irregularidades financeiras do Ministério do Meio Ambiente, com relação a contratos com organismos internacionais em unidades do MEC e MMA (proc. n. 01064/1996). Além disso, existe outra irregularidade financeira, junto ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia em 2008.

O senhor Pró-Reitor Marcos Ximenes Ponte tem processos no TCU, sobre suspensão de pagamento (proc.n. 474061/1993, cod. 8521323). Ainda com contas irregulares, multa, etc. (proc.n.144/99).

A Professora Dóris Faria, antiga diretora do Centro de Formação Interdisciplinar (CFI/UFOPA), hoje Assessora Especial da Reitoria, no passado se envolveu em atos que levaram a responder processos no Tribunal de Contas da União, dentre os quais, acumulação indevida de cargos (TCU 864/2006), ver diversos processos que ela aparece no site do TCU.

Vale verificar indícios referentes ao Prof. Aldo Gomes Queiroz e do Procurador da UFOPA, Bernardino de Jesus Ferreira Ribeiro, os quais se envolveram com questões eleitorais e de problemas com gestão pública, onde este último, enquanto prefeito do município de Ponta de Pedras – PA, foi por três vezes assaltado com a folha de pagamento da Prefeitura, em Belém, enquanto existia banco no próprio município.

 

Alias senhoras e senhoras, como podem ver o Sr. Bernardino não tem sorte para lidar com o dinheiro público. Quando foi prefeito de Pontas de Pedra deixou que os ladrões o assaltasse 3 vezes em Belém com o dinheiro da prefeitura. É muita coincidência os ladrões adivinharem por três vezes que ele deixou de mandar o dinheiro da prefeitura para o banco de sua cidade e ficar com os recursos em suas mãos na capital do Estado. Por tanto, a UFOPA corre sérios riscos em ter um cidadão como este em cargos de tamanha importância na universidade.

 

Por isso tudo, além dais providencias que tomei para evitar a malversação dos recursos públicos naquela universidade, estou pedindo ao Ministro da Educação que afaste imediatamente o reitor Seixa Lourenço com toda sua equipe porque estes não reúnem mais condições nem moral e nem pedagógica para conduzir os destinos de uma universidade que necessita de gente séria para sua implantação. Também, peço ao Ministro da Educação que determine para que ainda este ano aconteça a eleição do reitor definitivo, até porque já fazem dois anos que esta universidade é conduzida por um reitor pró-tempore. E pela regra um reitor pró-tempore tem por missão especial preparar a eleição da reitoria definitiva. O que até agora nada foi feito do ponto de vista das tomadas de decisões voltadas para a total transparência necessárias ao bom processo de construção acadêmica que se pretende democrática, como, aliás, determina as ações do governo da presidenta Dilma.E isso requer emergencial mudança!

Tenho Dito,

Deputado Zé Geraldo – PT/PA

 

 


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15 Responses to Deputado pede a exoneração do reitor da Ufopa

  • Você sabia que o Seixas Lourenço não foi eleito nem mesmo para reitor da UFPA, de 1985 a 1989, ao contrário do que se pensa??? Ele tirou segundo lugar, atrás do Prof. João Paulo Mendes. Mas o vencedor teve o seu nome vetado pelo MEC, assumindo assim o Seixas. Ou seja, desde então ele se dava bem nos gabinetes de Brasília, ganhando os cargos no tapetão…

    1. E você sabia que o processo de eleição para um reitor funcionada dessa forma mesmo, não é o mas votado pela comunidade que ganha e sim o que o MEC indica.

  • Jeso,
    Política e Educação não é uma boa mistura, especialmente se for a política do PT e do PSOL.

  • Parabéns, Deputado Zé Geraldo. Nós aqui na UFOPA, já criticamos e continuamos criticando Seixas Lourenço e sua turma. Até o momento não tivemos força, para por esse pessoal fora da UFOPA.
    Seixas Lorenço, nunca foi aceito aqui na UFOPA . Ele chegou aqui de paraqueda trazendo toda sua turma. Mas ele não tem aceitação na comunidade academica.

  • O Cazuza que tava certo na sua música ” transformam o país num puteiro, pois assim, se ganha mais dinheiro” . E a saída desse país é a educação? Se esses magníficos reitores com seus doutorados e pós não dão exemplo. São cheios de mordomias e ainda todas essas denúncias, é demais para minha cabeça. Gostaria de saber para que tanto dinheiro? Parecem todos psicopatas, com seus castelos, ferraris, e doláres nas cuecas, quando vai acabar? ou pelo menos devolverem os recursos financeiros, não é mesmo? Me ajuda aí…

  • Faz uma auditoria isenta e acaba com essa história MEC. Do jeito que está, só prejudica os alunos, uma coisa tão simples. Mas que no Brasil, fica tudo complicado eu hein…
    Ser reitor dessa forma para que? Cadê o orgulho? a honra? o respeito?

  • Parabéns ao deputado! Desmoralizou de vez com o Seixas Lourenço e a sua “corte”! Já estamos enxergando a luz no fim do túnel. Está próximo o fim de uma era de opressão, de personalismo e de intimidação aos que pensam diferente. A UFOPA é de todos nós e deve ser um lugar onde se vá trabalhar e estudar com prazer!

    Esta, é pro Seixas Lourenço:

    Apesar de você
    Chico Buarque/1970

    Hoje você é quem manda
    Falou, tá falado
    Não tem discussão
    A minha gente hoje anda
    Falando de lado
    E olhando pro chão, viu
    Você que inventou esse estado
    E inventou de inventar
    Toda a escuridão
    Você que inventou o pecado
    Esqueceu-se de inventar
    O perdão

    Apesar de você
    Amanhã há de ser
    Outro dia
    Eu pergunto a você
    Onde vai se esconder
    Da enorme euforia
    Como vai proibir
    Quando o galo insistir
    Em cantar
    Água nova brotando
    E a gente se amando
    Sem parar

    Quando chegar o momento
    Esse meu sofrimento
    Vou cobrar com juros, juro
    Todo esse amor reprimido
    Esse grito contido
    Este samba no escuro
    Você que inventou a tristeza
    Ora, tenha a fineza
    De desinventar
    Você vai pagar e é dobrado
    Cada lágrima rolada
    Nesse meu penar

    Apesar de você
    Amanhã há de ser
    Outro dia
    Inda pago pra ver
    O jardim florescer
    Qual você não queria
    Você vai se amargar
    Vendo o dia raiar
    Sem lhe pedir licença
    E eu vou morrer de rir
    Que esse dia há de vir
    Antes do que você pensa

    Apesar de você
    Amanhã há de ser
    Outro dia
    Você vai ter que ver
    A manhã renascer
    E esbanjar poesia
    Como vai se explicar
    Vendo o céu clarear
    De repente, impunemente
    Como vai abafar
    Nosso coro a cantar
    Na sua frente

    Apesar de você
    Amanhã há de ser
    Outro dia
    Você vai se dar mal
    Etc. e tal

  • Agora o esterco foi jogado no ventilador nacional… Tá ruim pro Seixas sair dessa ileso. Mais um ponto a favor para os docentes em greve.

  • Parece que os atuais dirigentes são trogloditas, não tem experiência. Seus trabalhos anteriores foram pífios, como Reitores. Para onde vai esse país com toda essa ganância petista? O aparelhamento do estado vai acabar chegando no bedéu.

    1. Caro anônimo, quem vai para o bedéu é a UFOPA, caso continue Seixas, Ximenes, Aldo, Arlete, Bernardino e Aquino comodando os destinos da UFOPA

    2. ô anônimo, quer dizer então que só é permitido aparelhamento dos tucanalhas? Vê se si enxerga….

    1. O Seixas ainda tem a cara de pau de ir para o impacto dizendo que só se joga pedras em árvores que dá bons frutos. Só que ele esqueceu que tabém se joga pedra em cachorro quando nos ataca, nos urubus quando invadem nossos quintais.

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