Porto da CDP e dinamismo econômico

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Auditor fiscal e atual número 1 da 3ª Região Fiscal da RFB, Moacyr Mondardo (foto) comenta o post Exportação caiu 24% no porto da CDP:

A realidade econômica é dinâmica. Vi recentemente a ministra do Planejamento falando do escoamento da safra de soja do Mato Grosso em relação a uma obra de um trecho de ferrovia que permitiria o escoamento através da ferrovia Norte Sul, dando acesso ao porto de São Luis e Belém.

Outra questão que está no horizonte são as obras de ampliação do canal do Panamá, que permitirão navios com capacidade de até 150 mil toneladas de carga, sendo que o escoamento pelo Amazonas é limitado na região de sua foz, permitindo em geral navios da ordem de 50 mil toneladas, ou agora alguns graneleiros de minérios especialmente projetados com cargas de até 75 mil toneladas.

Os portos de São Luis e do Pecém (Ceará) tem condições de calado de até 18 metros, permitindo, no caso de São Luis, a operação de navios hoje com capacidade de 400 mil toneladas.

Creio que isso deve servir de reflexão que as oportunidades são limitadas no tempo, para que sejam utilizadas no seu tempo, permitindo a geração de benefícios e infraestrutura que quando houver alguma redução relativa de sua competitividade, a realidade já permita outros direcionamentos.

Um exemplo que eu faço, um paralelo, é o seguinte: o Pará já exportou calçados para os Estados Unidos, calçados manufaturados. Quando a industrialização no século XIX se implantou naquele pais com toda força, a demanda passou a ser apenas de borracha para que lá fosse industrializado.

Se à época houvesse condições para implantar a industrialização no Pará também (e entendo que haviam recursos para isso dando os grandes lucros da exportação), teria iniciado outra história. E com a indústria, quando viesse a geração seguinte dos calçados baseada no plástico, caberia adaptar-se também a essa nova realidade.


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2 Responses to Porto da CDP e dinamismo econômico

  • HÁ ESPAÇO PARA TODOS.
    Reflexão e Lembrança. Itaqui, Barcarena, Curuça, Inhangapi, Santarém.

    Justificativa semelhante a essa no século XX, ou seja, em 70/80 aconteceu e o Porto de Itaqui – MA ficou com o embarque de ferro no Carajás. Os navios para 300 mil toneladas quebram não deram certo. Hoje os navios estão com 200 mil toneladas.

    Com ferrovia e melhor porto o navio com menor capacidade de carga, pode utilizar portos fluviais no Pará e desta forma ceder espaço a navios de maior carga.

    Exemplo é que há interesse para construção do Porto de Vila Pernambuco, em Inhangapi, próximo de Castanhal. Desta forma contribuirá para retirar do trânsito na região metropolitana de Belém mais de 1.500 carretas por dia. Logo haverá: menos acidentes, menos tempo para carga e descarga, economia com peças e serviços, menos estresse diário de caminhoneiros e carreteiros e da população.

    Pelo rio Guamá até Inhangapi, a carga poderá de sair diretara na BR-316, em área pertencente a Castanhal.

    “Prá que somar se agente pode dividir”. Vinicius de Moraes

    1. Perdão:
      a carga poderá de sair “diretara” na BR-316.
      melhor: a carga poderá de sair na BR-316

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