por Sidney Canto
Dia 11 de setembro
Na Amazônia
1898 – Em reunião do congresso do Partido Republicano no Pará, presidido pelo senador Antonio José de Lemos, é escolhido como candidato do partido para vice-governador do Estado Gentil Augusto de Moraes Bittencourt.
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No Brasil
1865 – Em virtude da Guerra do Paraguai, o imperador Dom Pedro II, juntamente com os generais Mitre e Flores (presidentes da Argentina e Uruguai), fazem visita ao acampamento das tropas, em Uruguaiana.
No Mundo
2001 – Os EUA sofrem o mais pesado ataque terrorista de sua história. Aviões comerciais são sequestrados e lançados contra as “Torres Gêmeas” do World Trade Center, em Nova Iorque, e contra o Pentágono, em Washington. Um quarto avião cai em um campo aberto, na Pensilvânia. Dois nomes passam a ser mundialmente conhecidos: Al-Qaeda e Osama bin Laden.
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por RAUL LONGO
Não,
eu não estava
em 11 de Setembro.
Não poderia estar
porque era um natimorto
acéfalo em Hiroshima.
Esfacelado por sua bomba
em Nagasaki.
Não estava
em 11 de Setembro
porque era uma menina
navaja,
comanche, sioux, apache.
Menina estuprada por seus soldados
de olhos e casacos azuis.
Sinto muito,
mas em 11 de setembro
os abutres se alimentavam
de minha carne pouca
em Ruanda, ou qualquer
cidade de Etiópia,
Serra Leoa e Angola,
para saciar sua sede de ouro
e diamante.
Exatamente
em outro 11 de setembro
minhas mãos eram decepadas
num espetáculo macabro
de um estádio em Santiago do Chile.
E minha democracia morria
sob seu bombardeio.
Em 11 de setembro
eu era o alvo fácil
de um fuzil sérvio
que você fabricou.
Era um menino
com a pele queimada
por seu napalm no Vietnam.
Talvez não acredite,
mas em 11 de Setembro,
eu era mais um camponês
assassinado por Trujilo,
Stroesner, Somoza, Banzer…
Ou qualquer outro de seus mercenários.
Infelizmente em 11 de Setembro
eu me prostituía
nas Filipinas,
Tailândia, Havana
ou qualquer praia.
Pelos cassinos,
assistindo aos seus jogos
de destinos.
Por isso
não poderia estar
em 11 de setembro,
e também por que a bota
de um soldado de Israel
esmagava a dignidade
de meu pai palestino.
Talvez não seja uma
razão bem forte,
mas naquele momento
de um 11 de Setembro
havia uma descarga elétrica em minha genitália
numa sessão de tortura de seus carrascos
do Rio de Janeiro,
Buenos Aires ou Montevidéu.
Sei que nada justifica
minha ausência em 11 de Setembro,
mas não sei como
se justifica sua onipresença
em tantos outros setembros.
E é por isso,
somente por isso
e algumas coisas mais,
que não pude estar em 11 de Setembro.
Justamente em 11 de Setembro.
Talvez não acredite,
sei que não vai acreditar,
mas confesso que desejei
ver a história mudar
como você disse que aconteceria.
Mas a verdade é que ela se repete
em todos os dias, meses e anos
de um único setembro.
Em todo o mundo
um sempre mesmo setembro
me violentando.
Como refugiado afegão,
faminto do Gabão,
soterrado
nos escombros de Bagdá,
torturado em Guantánamo.
Todos os dias, durante todos os meses
a cada ano
de um só setembro…
Por isso é preciso que desde já
você entenda que não poderei estar
em outro 11 de Setembro.
Talvez também não
em outro 11 de Setembro.
Talvez nunca, enquanto
um 11 de Setembro
não mudar
esse sempre mesmo fato
de todos os setembros,
todos os dias
e momentos
do mundo.
Se acontecer, por favor,
entenda as razões
dessa ausência
em 11 de Setembro.
Talvez não aconteça,
espero que aconteça.
Não quero que aconteça.
Mas mesmo sem
uma desculpa convincente,
peço antecipado
que me perdoe por não estar,
não chorar em 11 de Setembro.
Não em 11 de Setembro.
Os regimes comunistas são bem mais humanitários:
”
A introdução, a cargo do editor Stéphane Courtois, declara que “…os regimes comunistas tornaram o crime em massa uma forma de governo”. Usando estimativas não oficiais, apresenta um total de mortes que chega aos 94 milhões. A estatística do número de mortes dado por Courtois é a seguinte:
20 milhões na União Soviética
65 milhões na República Popular da China
1 milhão no Vietname
2 milhões na Coreia do norte
2 milhões no Camboja
1 milhão nos Estados Comunistas do Leste Europeu
150 mil na América Latina
1,7 milhões na África
1,5 milhões no Afeganistão
10 000 mortes “resultantes das acções do movimento internacional comunista e de partidos comunistas fora do poder” (página 4).
“
Que risível, o seu comentário. Os comunistas salvaram milhões da fome, da exploração e do desespero. Tanto em seus países com naqueles nos quais a burguesia, por medo do bom exemplo dos comunistas tiveram que implantar reformas sociais que deram direitos aos trabalhadores. O capitalismo mata de fome, sede, doenças, desamparo milhares de pessoas todos os dias. Mata o futuro de milhões de pessoas que não desenvolvem seus potenciais devido não ter acesso a saúde, emprego e educação de qualidade.
O poema é bonito, mas… será uma justificativa para a morte de mais de 3.000 pessoas?
Ou seja, só porque os americanos e outras potências cometeram e cometem tantas atrocidades pelo mundo, isso significa que alguém pode fazer atentados terroristas e matar inocentes?
Se um paraguaio resolver cometer um atentado contra o Brasil para vingar a derrota esmagadora na Guerra da Tríplice Aliança, estará tudo certo?
E se um uruguaio quiser compensar os anos de ocupação do Brasil na Cisplatina e a guerra de libertação?
Em compensação, se buscarmos cuidadosamente, constataremos que em todos os dias do ano, em época diversas, os EUA praticaram algum ato terrorista pelo mundo afora, seja direta ou indiretamente. Se foram vítimas em um dia do ano, estão com um saldo de 364.
Afinal, praticar terrorismo em suas mais variadas formas faz parte da cultura, da economia e da política desse país.
Acho uma grande chatice lembrar todo ano o 09/11 ou 11 de setembro. Outras tragédias e catástrofes piores que esta já aconteceram e não ganharam ou ganham esse foco todos os anos. Só dois exemplos: os massacres que os americanos fizeram no Vietnã e o Massacre de Nanquim.
GENTE,
OS YANKES ESTÃO PRECISANDO DE OUTRA LIÇÃO DESSA PARA PARAREM COM ESSAS GRACINHAS DE QUEREM SER OS JUÍZES DO MUNDO.
ESSE NEGUINHO, OBAMA. TEM QUE PARAR DE BISBILHOTAR A VIDA DE TODO MUNDO..
DEPOIS, DEPOIS FICAM CHORANDO OS MORTOS E LAMBENDO AS FERIDAS…
CHAGUINHA
Francisco, “esse neguinho” não é um termo preconceituoso, ou você desonhece as Leis? Não esqueça que, atualmente, em todo o nosso país, dentro das repartições, redes sociais, etc, tem bisbilhoteiros. Quando não, boateiros e defensores ferrenhos de princípios não muito republicanos.
A Maior “ENCENAÇÃO” do Seculo XXI
Uma “Obra Prima” dos Serviços Secretos Americanos
Rendeu o Petróleo do Iraque e o controle militar americano na região estratégica do Afeganistão, entre o Oriente Médio e a Asia..
Agora que da torneira voltou a gotejar…
Lá vem mais uma estreia da “produção” hollywoodiana: As “armas químicas” da Síria, com Barack Obama no papel de Denzel Washington.
Tiberio Alloggio
Muito infeliz sua declaracao. Vc fala isso porque nao sentiu ou viveu essa experiencia.
Mas afinal, quem eram ou quem são os terroristas na verdade???