Deve-se à primeira-dama da Mojuí dos Campos (PA), Adrielly Lima, o expurgo do governo de um dos assessores mais próximos do prefeito Marco Antônio (MDB). Tiago Sousa de Araújo, 19 anos, agora opositor vocal, foi alvo de atentado à bala no último dia 16. O ex-assessor escapou da tentativa de homicídio com um tiro na perna.
Lotado na antessala do mandatário 4 dias depois da posse dos eleitos, em janeiro deste ano, Tiago Araújo começou a despertar ciúmes da primeira-dama (e secretária de Assistência Social) pela sua proximidade com a vice-prefeita eleita Suely Araújo (Republicanos).
Adrielly e Suely não se bicam.
Em abril, a primeira-dama exigiu a exoneração de Tiago. Alegou ao marido que o assessor estava repassando informações valiosas e confidenciais à vice-prefeita. Marco Antônio cedeu. Optou, contudo, por uma decisão menos drástica. Transferiu o aliado para uma outra secretaria.
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Na Semed (Secretaria Municipal de Educação), ele sobreviveu ao ostracismo por 5 meses. Até que, no dia 15 de setembro, o prefeito o exonerou em definitivo do governo.
Essas informações fazem parte do longo depoimento (mais de 2 horas) que Tiago Araújo prestou a 2 promotores do Ministério Público do Pará em Santarém logo após o atentado que sofreu. O portal JC teve acesso ao documento.
Para salvaguardar a vida do opositor, o seu paradeiro é mantido sob segredo. E todos os passos dele são monitorados.
Procurada, a assessoria do prefeito Marco Antônio disse que ele não se manifestaria ao JC sobre o caso.
— CONFIRA: Sinjor e OAB do Pará repudiam ataques do prefeito de Mojuí a repórter do JC.
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