A Justiça Federal obrigou o Facebook e o Google a retirarem do ar vídeos de um jornalista de Santarém (PA) que, segundo o Ministério Público Federal (MPF), propagam discurso de ódio e racismo contra indígenas e quilombolas.
Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), o jornalista Hélio José Nogueira Alves – que defendeu que indígenas sejam “extirpados” da região – foi proibido de cometer ou provocar atos de racismo e será preso preventivamente caso descumpra essa proibição, estabeleceu a Justiça.
A narrativa difundida por Hélio Nogueira é a de que indígenas e quilombolas teriam sido “inventados”. Na lógica dessa narrativa, a “invenção” seria uma manobra para dificultar o desenvolvimento econômico da região.
O MPF também pediu à Justiça Federal que, pelos danos morais cometidos, o acusado seja condenado a pagar R$ 300 mil para a etnia indígena e/ou para a comunidade quilombola atacadas.
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Na área civil, outro pedido à Justiça é que o jornalista e a empresa Nossa Voz Comunicação e Pesquisas Ltda sejam condenados a fazer retratações públicas nos canais em que indígenas e quilombolas foram ofendidos.
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Foi pedido pelo MPF, ainda, que o radialista e a empresa tenham que elaborar e divulgar semanalmente materiais informativos propostos por indígenas e quilombolas, que apresentem e valorizem a cultura e a história desses povos.
Esses demais pedidos aguardam análise da Justiça.
Com informações do MPF e da redação do JC
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