Lutier do Casarão é assassinado no Marajó

Publicado em por em Memória, Segurança Pública

Foto: Jeso Carneiro
Casarão dos Macambiras (Santarém - PA)

Uruguaio, o lutier (especialista na construção e reparos de instrumentos de cordas) Hugo Martinez, 71 anos, foi assassinado no sábado (28) na cidade de Cachoeira do Arari (Marajó) por 3 jovens.

Hugo morou muitos anos em Santarém, no Casarão Tapajônico, na rua Siqueira Campos e que durante muitos anos foi residência da família Macambira. Lá chegou a funcionar uma luteraria, tocada por Hugo e pelo violonista Sebastião Tapajós. Os dois eram muito amigos.

O lutier foi enterrado hoje, no cemitério Recanto da Saudade, em Ananindeua.

Os acusados do crime já foram presos.

Leia mais informações e a foto do uruguaio, em meio a uma poça de sangue, logo depois de ser assassinado no blog de Dário Pedrosa.

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8 Responses to Lutier do Casarão é assassinado no Marajó

  • Jeso, estou chocada com essa notícia… foi muito doído ver aquela imagem..
    Também tive o privilégio de conhecê-lo trabalhando no Casarão.. fizemos várias visitas pois meu namorado é conhecedor e fã do seu trabalho, toca cavaquinho…
    Via uma vontade muito grande em permanecer aqui mas ele sempre lamentava que não tinha apoio do poder público, somente do amigo Sebastião..
    Que Deus o tenha e dê conforto a sua família..

  • É com muito pesar e consternação que recebi hoje a notícia da morte de um dos caras mais fabulosos que conheci. Meigo , sério e talentoso, Hugo, foi e sempre será uma referência na arte de fabricar instrumentos e sonhos. Estou realmente chacada com o fim trágico do Hugo. Meus profundos sentimentos e meu eterno agradecimento e amor ao “papito”.

  • Terrível a morte de um artista do top desse senhor. Eis a herança de violência e desordem deixadas pelo governo petista de Ana Júlia.

  • Caro Jeso:

    Acabo de ler estarrecido, a notícia sobre o covarde assassinato do Hugo. Conheci o Hugo em Santarém quando por aqui passou. A vinda dele pra Santarém foi parte de um sonho do Sebastião Tapajós. Fui apresentado a ele pelo Babá e sempre ia até ao casarão para conversarmos. Sonhamos juntos um violão feito totalmente com madeiras da Amazonia. Ele foi um artista que fez da sua arte instrumentos únicos, pena que não quiseram que ele por aqui ficasse. Fico com a lembrança daquele artista que com seu português carregado de sotaque espanhol em muito lembrava um Papai Noel com sua barba grande e branca.

    Podalyro Neto

  • Eu e minha família tivemos o prazer de sermos amigos do casal Hugo e D. Luiza , sem duvida uma grande perda em todos os sentidos.
    Que Deus dei conforto a D. Luiza e guarde um lugar especial para o Hugo ao seu lado.

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