
Inicialmente, deve ficar esclarecido que a análise feita aqui é com base nos dados do resultado da eleição do 1º turno para presidente da República. Logo, não é finalidade se fazer defesa de candidato “A” ou “B”, mas traçar probabilidade de resultado do 2º turno tendo como referência os dados coletados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
É fato que o resultado do 1º turno apontou uma diferença de Lula para Bolsonaro de mais de 6 milhões de votos:

É fato também que houve um número elevado de abstenção (pessoas que não compareceram às urnas para votar). Já é também de conhecimento público que vários candidatos presidenciáveis, derrotados no 1º turno, já se declaram seguir com Lula no 2º turno, com destaque aqui para Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).
Diante dos fatos postos, é inconteste que a possibilidade de virada de Bolsonaro no 2º turno está em convencer eleitores que não foram às urnas no 1º turno, a comparecer no dia 30/10 e votar no 22.
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As justificativas feitas sobre as abstenções no 1º turno são várias, dentre os quais destaco duas: (i) falta de opção de candidato por nenhum agradar, e é bom lembrar que eram 11 presidenciáveis; e (ii) empobrecimento da população e com isso muitos eleitores não compareceram ao seu local de votação por não terem recursos.
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Eleitores que justificaram não irem às urnas por falta de opção de candidato, leva-se presumir que não retornarão as urnas no 2º turno, pois não houve inclusão de novo nome.
Já abstenção por carência pecuniária faço destaque a decisão do STF, proferida pelo ministro Roberto Barroso, nos autos da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 1.013 DF, do dia 18 de outubro de 2022, que entendeu ser LEGAL garantir “gratuidade de transportes públicos coletivos” no dia da eleição do 2º turno, visto que, justificou o ministro, ser fundamento constitucional garantir do direito-dever de voto, com valor igual para todos.
As informações que se tem é que, ao menos 18 capitais já adotaram passe livre para o 2° turno das eleições no domingo. Esses eleitores, impedidos exercer o sufrágio obrigatório por falta de recursos, indo às urnas no 2º turno o que acham: estão satisfeitos com o atual governo? Garantido à ida as urnas nos transportes coletivos gratuitos irão confirmar 13 ou 22? Dá até para antever a resposta.
Como já se afirmou a fatia da abstenção é a única possibilidade de virada para Bolsonaro, entretanto, deve ser considerado que Lula também se encontra em campanha objetivando conquistar votos das abstenções.
Assim, só para se igualar a votação de Lula do 1º turno, Bolsonaro terá que convencer mais de 6 milhões de eleitores da abstenção. Já Lula, basta conquistar um pouco mais nas abstenções que se manterá à frente.
Além de voto que poderá ser conquistado da fatia da abstenção por Lula, o apoio de Ciro Gomes e Sinome Tebet credencia o petista a conquistar mais 8.514.710 votos que é o resultado da somatória dos votos dados a Ciro e Tebet no 1º turno.
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Não se pode descartar também que com essa probabilidade real de vitória do petista no 2º turno, lideranças políticas meramente fisiológicas terão maior inclinação para pedir voto e mudar voto para Lula da Silva, pois seu foco não tem caráter ideológico, mas pleiteia aproximação daqueles que estejam no exercício do poder.
Diante dos dados levantados, a conclusão que se tem é pela derrota de Bolsonaro no 2º turno, pois não se vislumbra, além da fatia da abstenção, outra base para se conquistar votos suficientes para sua virada.
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