
O vale alimentação é uma boa ajuda para quem tem pouca coisa e para quem não tem nada. Será que essa ajuda foi positiva ou negativa? Para eu sair de casa, na Ilha das Marrecas e chegar em Santarém tenho que viajar de bajara, para chegar em Piracãoera de Baixo.
Para isso tenho que comprar dois litros de gasolina, ao preço de R$ 5,50 o litro. E aí começa o gasto. Depois dessa viagem, tenho que pegar um barco para chegar em Santarém. É claro que tenho que pagar a passagem, que custa R$ 12,00. Lá vai mais um gasto para o bolso.
Depois disso, tenho que pagar um carro ou uma moto. Como todo mundo sabe, uma pessoa de baixa renda para não dizer pobre, escolheria uma moto que é mais barato. Uns R$ 15,00 mais ou menos, para poder chegar na escola São Filipe.
Depois teria que voltar e fazer o mesmo trajeto. Pegar a moto para voltar mesmo preço. É claro, minha barriga não e de ferro. Iria merendar ou dar aquela almoçada no valor de R$ 15.
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Para poder fazer a mesma trajetória: viagem barco, o mesmo preço de ida. Bajara também, até chegar em casa. Fazendo as contas do que eu gastaria: 22 de gasolina, 24 de passagem de barco, 30 a corrida de moto e 15 de almoço. Total =91 reais.
Como vocês podem perceber, para ir em Santarém buscar o vale alimentação eu gastaria mais do que receberia, ou seja os R$ 80,00 do vale alimentação.
— * É estudante da 3° série do Ensino Médio Modular da escola Santa Cruz de Piracãoera de Cima, na várzea santarena.
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