Adiado o júri popular dos três acusados de matar fazendeiro em Prainha; crime foi filmado

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Adiado o júri popular dos acusados de matar fazendeiro em Prainha; esposa filmou o crime
Os réus Elias, Paulo Doido e Jô Coelho: acusados de homicídio qualificado. Foto montagem: JC

Adiado pela Justiça o júri popular marcado para hoje (20) e amanhã (21) de um crime de homicídio de enorme repercussão ocorrido em Prainha, no Baixo Amazonas, há quase 4 anos. A vítima foi um fazendeiro morto a tiros por três homens de uma mesma família. Os primeiros disparos foram filmados por Chico Gaúcho, o assassinado.

O julgamento foi remarcado para 10 e 11 de abril pelo juiz Gabriel Veloso de Araújo, da 3ª Vara Criminal de Santarém (PA), a pedido da defesa dos acusados.

“Anoto que essa é a segunda vez que a defesa pede adiamento da Sessão de Julgamento do Júri, sendo, portanto, inaceitável uma terceira vez, por isso, desde já designo o defensor público Dr. Samuel Ribeiro, vinculado a esse Juízo, para caso o advogado dos réus não compareça à nova Sessão de Julgamento, patrocinar a defesa dos acusados no referido Tribunal do Júri”, destacou o magistrado, em decisão nesta quarta-feira (20).

Imparcialidade do júri

O julgamento dos réus Paulo Coelho Silva (pai), Jô Soares Coelho, Elias Soares Coelho (filhos) foi desaforado. Ou seja, foi transferido de Prainha, comarca onde o crime foi cometido, para Santarém. O objetivo, previsto em lei, é de garantir a imparcialidade do júri.

O juiz Gabriel Veloso de Araújo é quem presidirá o julgamento.

O pai e os filhos chegaram a ser presos quase um mês depois do assassinato – dia 17 de maio. Mas devido ao excesso do prazo do inquérito policial sobre o crime, os réus foram soltos e respondem o processo em liberdade.

Se condenados, pai e filhos podem pegar pena de até 30 anos anos de prisão por homicídio qualificado, por motivo fútil e que impossibilitou a defesa do fazendeiro Edemar Beutinger, o Chico Gaúcho, assassinado a tiros dentro de sua própria casa, localizada na comunidade Vista Alegre do Cupim, área rural de Prainha.

Motivação

O crime foi presenciado pela esposa da vítima, Ramona Luzanira Beutinger. Chico Gaúcho filmou os disparos de Paulo Coêlho Silva, o Paulo Doido, contra ele. Estava à porta de sua casa na noite do dia 24 de abril de 2021, um sábado, por volta das 20h. Veja o vídeo no final da matéria.

O crime teria sido motivado por uma negociação entre Paulo Doido e Chico Gaúcho, referente à compra de uma fazenda com pasto para bovinos que se arrastava por mais de 20 dias, e que não havia sido finalizada devido a alguns ajustes pendentes.

Durante esse período, houve ameaças por parte de Paulo Doido contra Chico Gaúcho, que queria resolver a situação do negócio com urgência. – mesmo tendo sido acertado que o contrato e a primeira parcela do pagamento seriam efetivados na segunda-feira.

Paulo Doido resolveu, então, por fim na negociação à bala.

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