Justiça condena 8 servidores da UFRA a 34 anos de prisão por desvio de recursos

Publicado em por em Educação, Pará

Justiça condena 8 servidores da UFRA a 34 anos de prisão por desvio de recursos
A sentença foi proferida na terça (17) pelo juiz Gilson Vieira Filho. Foto: Reprodução

A Justiça Federal no Pará condenou, na terça-feira (17), 8 acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) por desvios de R$ 225 mil na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).

As penas dos ex-servidores, somadas, chegam a quase 34 anos de prisão, além de multas. A maior pena foi de 10 anos e 11 meses de prisão em regime fechado.

O juiz federal Gilson Jader Gonçalves Vieira Filho condenou os réus pelo crime de inserção de dados falsos em sistema de informações.

O banco de dados da universidade foi fraudado para aumentar ilegalmente a remuneração dos integrantes do grupo.

Para a concessão dos aumentos ilegais, a folha de pagamento era alterada para gerar gratificações por mestrado a quem não tinha direito ao incentivo.

Assim, até servidores com ensino fundamental incompleto passaram a receber gratificações destinadas apenas a quem concluiu o curso de mestrado.

Os desvios ocorreram de novembro de 2010 a agosto de 2014. Em um dos casos, o aumento salarial de um dos condenados foi de 300%.

Demais ilegalidades

Entre outras ilegalidades, o grupo também fraudava a folha de pagamento para registrar aumentos que eram cancelados logo no mês seguinte.

Nesse caso, o objetivo era possibilitar a realização de empréstimos consignados e impedir que as parcelas desses empréstimos pudessem ser cobradas pelos bancos.

Após denúncias de dirigentes da universidade, as investigações levaram à realização da operação Stricto Sensu, em setembro de 2014, pela Polícia Federal, com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).

Os dados coletados na operação foram enviados ao MPF, que apresentou a ação criminal à Justiça em 2015, após concluir as investigações.

Os réus do processo:

— CARIVALDO SOUSA DOS SANTOS;

JEFFERSON SILVA DOS SANTOS;

— PAULO SERGIO NASCIMENTO OLIVEIRA;

ANTONIO SERGIO DA SILVA ARAUJO;

— LUIZ GOMES ALMEIDA;

ALMIR BARATA ANDRADE;

— ANTONIO LUCIO GOMES ALMEIDA;

EVANDRO BOMFIM MOUZINHO;

— JOSE TARCISIO PAULA DE SENA;

— DIMAS LUCIO DA SILVA RIBAMAR.

Com informações do MPF

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