Pressão do “tratamento precoce”: médico denuncia distribuição de kit covid em Santarém

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Pressão do tratamento precoce: clínico denuncia distribuição de kit covid em Santarém
Médicos denunciam pressão e mais pressão para receitarem o kit covid, segundo denúncia feita pelo jornal carioca neste domingo. Foto: Reprodução

Em matéria neste domingo (18), o jornal O Globo (RJ) mostra que médicos que estão na linha de frente do combate à pandemia vivem sob pressão para receitarem os medicamentos do famoso – mas sem eficácia comprovada contra a doença – kit covid.

A médica infectologista Tassiana Galvão, da PUC-SP, disse ao diário carioca que foi demitida depois de se recusar a assinar protocolo para adoção do kit em um hospital.

 

“Na busca pelo voto e aprovação, políticos veem o kit como caminho fácil para agradar a população leiga, a solução para salvar a saúde e garantir retorno da economia”, afirmou.

Segundo ela, a intimidação vem de políticos populistas e colegas de profissão com viés ideológico ou desatualizados, além de pacientes desesperados e iludidos pelas fake news sobre o assunto.

“Metade da consulta é gasta desmentindo fake news. A insistência varia com a moda: antes era a cloroquina, agora ivermectina, amanhã quem sabe? Quando negamos, os pacientes xingam, brigam, vão na ouvidoria”, relatou a também médica Maria Flávia Saraiva.

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Nesta semana, o clínico geral e reumatologista João Alho denunciou a distribuição do kit em Santarém (PA), pela prefeitura. “O dinheiro do cidadão deveria estar sendo empregado em coisas úteis, e não em medicações que não fazem bem e que podem fazer mal para as pessoas”, criticou o médico em rede social.

Um dos mais conhecidos “apóstolos” do kit covid na região oeste do Pará é o médico Marcos Andrade.

Áudio dele postado no canal do Blog do Jeso no Youtube, no início do mês passado, defendendo a cloroquina, ivermectina e afins no tratamento contra o coronavírus, foi excluído da plataforma, “por promover desinformação sobre a covid-19”.

“Esses kits com 15 remédios são uma salada mista com grandes riscos óbvios. Não há respaldo da ciência, e o Brasil tem sido um laboratório a céu aberto. O CFM [Conselho Federal de Medicina] diz que garante a autonomia do médico mas, na prática, essa autonomia é só pra quem receita”, critica Flávia Saraiva.

Contraponto

Em nota, a Prefeitura de Santarém garantiu que “a cloroquina não faz parte dos medicamentos disponibilizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS)”.

“Também não está entre os medicamentos utilizados contra síndromes gripais e covid-19, prescritos por profissionais da
Unidade de Saúde Descentralizada (USD).”

Com informações de O Globo e Blog do Jeso


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6 Responses to Pressão do “tratamento precoce”: médico denuncia distribuição de kit covid em Santarém

  • Tratamento precoce salva sim senhor! a História irá punir os negacionistas e os que tentam denegrir a imagem do kit como este blog. Assim como as vacinas são experimentos em uso emergencial e nem por isso, nem por isso saio denegrindo a imagem das vacinas, toma quem quer e pronto, assim o kit, toma quem quer. Mas a história irá punir os culpados.

    1. Pedro, esse blog está com a ciência. Se és negacionista, não toma vacina, não usa máscara, toma tua cloroquina e remédio para verme, ninguém tem nada com isso. Mas te isola, pois a covid-19 é uma doença social. O blog não vai nunca abandonar a linha da ciência e abraçar charlatanismo assassino. Charlatanismo político, charlatanismo bolsonarista.

  • E se for para salvar a vida de um ent querido você autorizaram o medicamento???? Parem de brincar com a vida.

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