O PSDB ajuizou no Tribunal Superior Eleitoral, representação contra o Instituto Sensus, que divulgou pesquisa eleitoral, na terça-feira, tendo apurado um empate técnico entre os presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff.
De acordo com o advogado do partido oposicionista, José Eduardo Alckmin, pairam dúvidas sobre a legalidade do registro da pesquisa, que teria sido encomendada, inicialmente, pelo Sindicato de Trabalhadores em Concessionárias de Rodovias (Sindecrep), e depois, bancado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada e Afins do Estado de São Paulo (Sintrapav).
Na representação, o PSDB alega constar do registro informático, tirado do próprio site do TSE, que o pedido de registro da pesquisa foi apresentado no último dia 5, como sendo do Sindecrep, que teria negado a encomenda.
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O Instituto Sensus – como divulgou o jornal “Folha de S. Paulo”, em reportagem anexada aos autos – informou ter havido um “erro técnico”, e que o contratante tinha sido o Sintrapav.
“Ocorre que também esse segundo sindicato, consultado de igual forma pela reportagem do referido jornal, informou, por intermédio de seu tesoureiro (que é justamente a pessoa responsável pelo pagamento de despesas dessa natureza) que não tinha conhecimento da referida contratação” – relata o advogado do PSDB.
Assim, segundo José Eduardo Alckmin, houve uma “emenda no registro da pesquisa, alterando informações que a Lei Eleitoral elenca como obrigatórias e essenciais para o registro e divulgação da pesquisa de opinião”.
O PSDB requer ao TSE a citação do Sensus e a condenação do instituto de pesquisas a multa, “no seu valor máximo, tendo em vista as circunstâncias aqui narradas e a conduta açodada do instituto na divulgação desse suspeitíssimo resultado”.
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