Abertas as urnas do 2º turno, eles emergem como vitoriosos no cenário político do Pará, em particular, e do Brasil: Simão Jatene, PSDB, Helenilson Pontes, Lira Maia e República do Cipoal, Flexa Ribeiro, José Maria Tapajós, Alexandre Von, Eraldo Pimenta, Dilma Rousseff, internet, Lula.
Abertas as urnas, eles emergem derrotados: Ana Júlia Carepa, PT no Pará, Odair Corrêa, Maria do Carmo e Everaldo Martins, Jader Barbalho, Paulo Rocha, José Serra, Índio da Costa, Veja, DS (Democracia Socialista).
Globalização é o apelido de um tremendo estelionato, a considerar seu viés psicológico, que induziu dolosamente – a nível universal – corações e mentes a erro de entendimento sobre as suas reais e perversas motivações, suas finalidades e funestas conseqüências, senão vejamos:
No final dos anos 80, os países desenvolvidos constataram que suas magníficas linhas de produção de bens e serviços – fatores que os guindaram àquela condição – se encontravam subutilizadas devido ao fenômeno do esgotamento de consumo pelo qual passavam seus mercados internos.
Não havendo mais nos seus mercados internos espaço para o escoamento da produção, e restando suas sociedades abarrotadas de bens e serviços de ponta, montaram – ardilosamente – a ficção globalizante com a perspectiva de influenciar os povos do terceiro mundo ao consumo desenfreado de bens e serviços tecnologicamente desenvolvidos, dantes negados por pura ideologia discriminadora que visava manter em atraso tecnológico, como fator de dominação, os demais países.
Tal disponibilização, embora se tornasse mal necessário, renovava a perspectiva de não tão-somente permanecerem no pódio da economia mundial, bem como possibilitava incrementar seus domínios e; estabelecia a possibilidade de continuarem a controlar e manipular – ainda mais – as economias dos subdesenvolvidos.
Nessa linha de raciocínio, o bloco do 1º mundo, prevendo a falência de suas economias e favorecidos pelo acontecimento histórico do término da bipolarização política Ocidente x Oriente com o colapso da antiga União Soviética, disseminou a ficção globalizante, palatalizando-a através de maciça propaganda de nova era sem fronteiras, na qual sugeriram que todos os povos reger-se-iam a partir daí por normas econômicas, sociais e políticas, comuns e universais, que ensejaria, finalmente, a felicidade consumista.
Em todo o mundo, a onda neoliberal varreu a política e a economia. Ao mesmo tempo em que se escancaravam as portas da economia dos países terceiro-mundistas aos perversos ventos emanados de Washington, Londres e Tóquio, políticos inescrupulosos como Fernando Henrique Cardoso e outros criminosos de Lesa-pátria, no Brasil, e outros entreguistas mundo afora, subverteram os interesses econômicos de seus pobres países, procedendo a leilões que dilapidaram o patrimônio estatal e, entregaram aos especuladores internacionais – a preços irrisórios – as jóias de suas economias em numerosas e tenebrosas transações.
Nesse momento, só o lucro – a qualquer custo – importava! Mesmo que o interesse e o patrimônio público tenham sido descaradamente aviltados e tungados, só ele importa.
Isso fez escola!
A vida, imitando a ficção, produziu aterradores fenômenos psicossociais, materiais e espirituais.
Por fatores ainda não completamente elucidados pelos estudiosos da psique e da cultura, valores agregadores como família e pátria, religião e amizade foram relativizados. O homem se tornou ainda mais individualista e mercenário. Todos os campos foram contaminados.
Na religião não foi diferente. O cristianismo também foi afetado por essa onda de avidez de lucro, individualismo, oportunismo e riqueza especulativa a qualquer custo.
A “Teoria da Prosperidade” invadiu um dos últimos rincões da sincera busca aos ensinamentos do Mestre: denominações Evangélicas retas, até então, no seguir a Cristo, e responsáveis pela grande debandada de Católicos, passaram a adotar essa infâmia que é buscar “Deus” com a finalidade de se obter riquezas.
No Brasil, as quatro maiores denominações evangélicas, que mais cresceram exatamente nesse período procuraram fazer do culto ao Criador um ritual de verdadeiras extorsões em nome da fé: tudo é usado para tirar dinheiro do crente, e esse, também não se conduz com inocência: vê como fundo de investimento essas espécies de instituições espirituais-financeiras-especulativas, como literalmente é o famigerado instituto da “fogueira santa” da Igreja Universal (IURD), por exemplo, no qual o “fiel” (ou seria investidor?) “pega” tudo que tem (carro, casa, etc…) e sacrifica “no altar” (tornando bilionários Edir Macedo, Silas Malafaia e outros) na espera do retorno financeiro…
Sinceramente, se obtidos tais retornos financeiros, não acredito que isso provenha de Deus…
Negam isto sim, a Jesus Cristo! Senão, vejamos:
a) Ele se imolou como o Sacrifício Perfeito e Absoluto, por nós. Desde há dois mil anos não há mais que se falar em qualquer espécie de sacrifício, de sangue ou não! Quem incentiva ou procede a qualquer prática nesse sentido, nega, ardilosamente ao Filho de Deus!
b) Muito embora acredite eu na validade da “oferta” livre e espontânea, O Mestre ao reformar o conceito de Templo do Espírito Santo de Deus (que passou a ser o corpo do homem não dado a imundícies), ao instituto do dízimo esvaziou, posto que seu fundamento de validade era “recolhei os dízimos à casa do tesouro, para que não faltem mantimentos em minha casa”; ora, se não mais existe “casa” de Deus feita de tijolo ou barro, logo o mantimento não é mais material e sim provido somente por atos e condutas colimados com os ensinamentos Dele.
O verdadeiro cristão resistirá a esses perversos mecanismos de coisificação da pessoa humana; ao individualismo exacerbado; ao lucro a qualquer custo e, seguirá os valores preconizados pelo Mestre, como o amor a Deus; às Suas criações e às Suas criaturas. O honesto trabalho, o amor, a tolerância e a solidariedade ao próximo, estas sim, sempre serão os requisitos para a verdadeira felicidade!
Caro Jeso e leitores,
Os grandes vencedores nestas ultimas eleições: Lula, seu governo, o povo brasileiro com suas conquistas sociais e a democracia;
Os grandes perdedores: A oposição raivosa, representada pelos os esgotados Arthur Virgilio Neto, Tasso Jereissati. Heráclito Forte, Raul Jugman, Jarbas Vasconcelos (que tomou uma surra vergonhosa no seu estado) Sergio Guerra, Gilmar Mendes que investido de presidente do STF e ferindo todos os ritos da ética se opôs de forma desqualificado ao Governo do Lula. Mas o maior perdedor nessas eleições foi o PIG (leia-se Rede Globo, Veja, Folha de São Paulo, Estadão e seu satélites nos estados).
Serra já entrou nessa disputa derrotado, e foi enterrado quando irresponsavelmente escolheu para seu vice um político medíocre, pretensioso, representante da elite mais reacionária deste País
Eu ainda estou comemorando!
Viva o Brasil!
Porque Eraldo Pimenta, caro Jeso, que pertence ao PMDB, traiu Jatene no primeiro mandato e ainda falou barbaridades de Simão Jatene na recente campanha em Uruará? O seu informante está mal informado ou mal intencionado. Procure saber, de fato, sobre aqueles que hoje representam os vencedores dessa eleição em Uruará (Jatene, Helenilson, Flexa, Lira Maia, Megale, Alexandre Von, Wandenkolk). É facil, fácil saber Jeso!! O prefeito Eraldo ganhou em Uruará, mas não levou.no Estado. Perdeu com Ozorinho Juvenil, Juvenil e Jader Barbalho que tomou uma surra do Flexa aqui em Uruará. A participação (financeira, claro) do prefeito foi muito importante para garantir a vitória do Jatene no segundo turno. Um bom jornalista, que é o seu caso, investiga antes de publicar. Abraços!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Caro Satisfeito, vc. pode até ter as suas diferenças com o prefeito Eraldo Pimenta, o que não pode é deixar de enxergar a importância dele na vitória de Domingos Juvenil, no 1º turno, e de Jatene no 2º turno. Os números estão aí, a disposição de qualquer um, para confirmar as minhas informações. Osório Juvenil e Priante, por exemplo, tiveram mais votos que Jatene no 1º turno. Como então a participação de Eraldo não foi decisiva? Vc. fala em Lira Maia, Von, Megale etc – todos derrotados pelos candidatos apoiado pelo prefeito uruarense. Reafirmo: Jatene e HP deve, sim, a espetacular votação em Uruará a, principalmente, ao prefeito.
Jeso, transcrevo notícia que saiu no Terra comparando o papel de Obama e Lula nas eleições dos EUA e do Brasil.
ECONOMISTA AMERICANO COMPARA ELEIÇÕES DO BRASIL E EUA
Direto de Nova York
Diretor da Just Foreign Policy, ONG anti-lobista que atua na área de política externa do governo norte-americano, o economista Robert Naiman, da Universidade de Illinois, publicou um texto que deu o que falar comparando as duas principais eleições no continente americano na primeira semana de novembro: a presidencial, no Brasil, e a de meio-termo, nos Estados Unidos, vistas como plebiscitos sobre as administrações, respectivamente, de Luiz Inácio Lula da Silva e Barack Obama.
No artigo publicado no popular site The Huffington Post, Naiman diz que Lula “afirmou acordos com a elite econômica brasileira, gerando oposição na esquerda do PT, mas tomando cuidado para não perder o acesso direto à sua base de eleitores”. Obama, ao contrário, diz Naiman, se aproximou de Wall Street e dos republicanos, especialmente através de seus economistas, firmando um acordo que gerou um estímulo – gastos públicos – menor do que o necessário para esquentar a economia e diminuir a taxa de desemprego. Mais: sua principal conquista na área social, a reforma do sistema de Saúde, só terá resultado a longo prazo, o oposto de uma Bolsa Família.
Por isso, acredita Naiman, que antes de comandar a Just Foreign Policy foi analista do Center for Economic and Policy Research (Cepr), cujos conselheiros são os prêmios Nobel Joseph Stiglitz e Robert Solow, Dilma Rousseff venceu com folga as eleições de domingo (31) e os democratas devem sofrer uma derrota histórica nas urnas nesta terça-feira (2), quando poderão perder a maioria na Casa dos Representantes, boa parte dos governos estaduais (fundamentais para o tabuleiro de xadrez da sucessão presidencial em 2012) e, embora a probabilidade seja menor, o domínio do Senado.
Em entrevista exclusiva para o Terra, Naiman fala sobre a vitória do PT nas eleições brasileiras e o cenário político na maior economia latino-americana e na maior potência do planeta.
Confira a entrevista na íntegra:
Terra – O senhor espera mudanças nas relações entre Brasília e Washington em um governo Dilma?
Robert Naiman – Acredito que as mudanças serão mínimas. Dilma deve seguir a mesma política externa do governo Lula, o que significa seguir se opondo à readmissão de Honduras na Organização dos Estados Americanos (OEA) até que todos os problemas relacionados ao desrespeito dos direitos humanos durante o golpe sejam resolvidos. Brasília vai continuar se opondo à possibilidade de conflito armado no Irã e seguirá investindo em uma resolução diplomática dos conflitos entre Teerã e Washington. Dilma vai pressionar pelos direitos da Palestina e vejo uma política agressiva em relação à quebra de patentes de drogas essenciais para os países em desenvolvimento. Seu governo deve bater de frente tanto contra a vontade de Washington de fazer valer os direitos de propriedade intelectual nos mais diversos produtos quanto na da ampliação do poder militar dos EUA na América do Sul.
Terra – A vitória de Dilma é também o fortalecimento de um pensamento mais intervencionista do Estado na economia?
Pense bem: quais são os países hoje, que insistem em mercados desregulados? O governo norte-americano está intervindo massivamente na economia desde o colapso do setor financeiro. Creio que Dilma irá defender o uso efetivo do controle de capitais para defender o real em um cenário de guerra cambial.
Terra – Qual será o papel de Lula nos próximos anos?
Opções, para ele, não faltam. Espero que ele encontre um caminho que o possibilite focar na promoção da integração latino-americana, se tornando uma espécie de grande voz para o desenvolvimento ainda maior de um hemisfério Sul global e parceiro. Acho que seria um desperdício ter Lula em um alto cargo na ONU ou no Banco Mundial, pois os EUA limitariam sua habilidade de tomar decisões de fato conseqüentes. Preferiria que ele assumisse o comando da Unasur ou de outra instituição cara aos países em desenvolvimento, com real poder de ação.
Terra – O senhor se recorda de outra situação histórica em que um líder político teve um papel tão preponderante na eleição de sua sucessora?
Não acho esta uma situação tão sui-generis assim. Ela acontece em democracias onde há clara limitação de possibilidade de reeleição, como no Brasil. Dilma prometeu continuar as políticas implantadas no governo Lula. Esta é a expectativa dos brasileiros e esta é a razão maior pela qual votaram nela.
Terra – Nesta terça-feira (2), os EUA vão às urnas e espera-se uma derrota brutal do governo Obama. Por que este outro governo de centro-esquerda não consegue a aprovação popular que Lula, que também se apresentou como agente de mudança, alcançou no Brasil?
Olhe para os índices de desemprego dos dois países e você entende a dissemetria entre os dois governos. Nos EUA, 9,6% da população economicamente ativa não encontra trabalho. No Brasil vive-se o recorde de baixo desemprego, com a taxa a 6,2%. Obama simplesmente não consegue convencer sua base de que vivemos melhor do que há dois anos atrás, quando ele foi eleito.