Vitória de santareno para presidência do PT no Amazonas sob suspeita de fraude

Presidente do PT do Amazonas, o deputado estadual Sinésio Campos, natural de Santarém (PA), obteve resultados típicos de regimes totalitários como a Coreia do Norte no recente processo de eleições diretas do partido para renovação de suas direções. Ele foi reeleito em primeiro turno. A Informação é da Folha de S. Paulo.

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Segundo o jornal paulista, Sinésio teve 100% dos votos em 5 cidades amazonenses: Guajará, Juruá, Maraã, Pauini e Tapauá. Nestas localidades, pequenas cidades em que menos de 200 eleitores votaram, nenhum dos sete concorrentes recebeu votos, nem houve brancos ou nulos.

Já em São Gabriel da Cachoeira, o santareno teve 99,9% dos votos: foram 1.438 para ele e 1 nulo. Para os opositores, zero. Em Manicoré, foram 253 votos para ele, com 1 branco e 1 nulo, ou 99,2% do total. De novo, a oposição ficou zerada na cidade.

Houve também maiorias expressivas para o presidente reeleito em Santa Isabel do Rio Negro (95%), Envira (93,6%) e Beruri (88,8%).

Vitória no 1º turno

As margens improváveis levantaram suspeitas de fraude na eleição interna do partido no estado. Sinésio Campos, da ala interna denominada Movimento PT, teve 60,7% no total do Amazonas e foi reeleito no primeiro turno, no dia 6 de julho.

Desde a eleição, grupos que fazem oposição ao atual presidente do diretório apresentaram recursos com indícios de irregularidades.

Em São Gabriel da Cachoeira, a ala opositora Resistência Socialista, além de ter denunciado a concentração de votos em Campos, identificou caligrafias idênticas em assinaturas da lista de presença para diversos eleitores.

Já no município de Alvarães, onde o atual presidente teve 83% dos votos, a denúncia é de ao menos duas pessoas mortas que teriam votado.

Sem manifestação

Os recursos foram negados pelo diretório estadual, que é controlado pelo próprio Sinésio.

Procurado, ele não respondeu aos contatos da Folha de S. Paulo. A secretária nacional de Organização do PT, Anne Moura, responsável pela organização da eleição interna, também não deu retorno.

Com informações da FSP e redação do JC

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