Li a recente matéria no seu blog com o título “Incra aciona PF contra posto de gasolina dentro de assentamento na Santarém-Alter do Chão“, e preciso tecer alguns comentários.
Santarém e Belterra tiveram a infelicidade de receber projetos de assentamento nos últimos anos que gerou uma insegurança para muitos.
Se você for a fundo verificar o “PAI” do projeto, perceberá tamanha barbárie, nasceram assentamentos em áreas já ocupadas antes da chegada dos próprios órgãos governamentais na região, deram um ar de legalidade e nasce uma pendenga de tamanho até o momento imensurável.
Você imagina a grande área de expansão urbana de Santarém, da invasão do Juá ao Lago Verde de Alter do Chão, grande parte dessas áreas pertencem a um assentamento – PAE Eixo Forte. As pessoas que já habitavam o local, na sua grande maioria, não foram consultadas, não verificaram quantos títulos ou registros de imóveis foram emitidos, não foi feito um estudo aprofundado do prejuízo econômico regional.
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∎ Leia também de João Clóvis Filho: Regularização de imóveis, tempo e dinheiro para o município.
As vilas, casas e comércios ao entorno da PA- 457 (Santarém-Alter do Chão), quase na totalidade, estão dentro PAE Eixo Forte, tudo funcionando a todo vapor e o lindo posto de combustível que vai gerar emprego e renda (igual aos outros comércios) tendo essa perseguição implacável.
Ou abre-se a porta para um ou tranca-se pra todos.
E a bela terra, Belterra? Nesse paraíso, botaram para travar tudo, criaram os assetamentos Bom Sossego, PAE Belterra 1 e 2, PAE Aramanaí, maioria à margem do rio Tapajós. Quanto desenvolvimento foi usurpado dessa cidade?
Não se pode fazer lá além de tomar banho no rio Tapajós e pegar sol na praia? Como regulariza uma obra, um comércio ou qualquer outro empreendimento? Como arrecadar e como desenvolver essa orla maravilhosa?
Desenvolver nossa região é um caso sério, complexo. A questão fundiária é precária, os órgãos públicos não se entendem, não existe um elo entre municípios, estado e União. Nessa briga, o empreendedor fica no meio do fogo.
Imagino um lindo hotel e/ou resort com quartos maravilhosos, turistas vendo o nascer e o por do sol à beira do Tapajós, mas como faz para construir?
Empreendedor tem à vontade e dinheiro também, porém criaram barreiras para dificultar e até mesmo barrar o desenvolvimento. Desconheço quem viva de abraçar árvores e consiga o sustento de sua família com a questão verde pra tudo, verde pra sempre.
A sociedade precisa ficar atenta e desenvolver um meio termo entre preservação e geração de emprego e renda.
Falando em emprego, onde os jovens da nossa região que estão terminando seus estudos irão trabalhar? Concursos públicos existem, porém são poucas vagas, empreender onde não tem indústria é delicado, viver do comércio é um malabarismo. Vivemos com esses problemas, que, resolvidos, haverá melhorarias para todos, ganha o empresário, a sociedade a natureza.
Enfim, espero que o setor produtivo consiga desenvolver tudo dentro da normalidade e legalidade, que quem queira vir trabalhar e ajudar a desenvolver Santarém e região sejam abraçados, que a imprensa em geral ajude a mostrar o lado bom da nossa região e dê uma trégua para a parte triste.
Temos tudo o que todos desejam e ao mesmo tempo não temos nada. Que os empregos sejam muitos e que nossos filhos não precisem buscar melhores dias fora da nossa terra.
** João Clóvis Filho, santareno, é consultor imobiliário.
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Até estranhei esse tipo de reportagem passa pano em desmatamento aqui no Jeso.
Walter, isso não é reportagem. É opinião. São conteúdos bem distintos. Aqui no JC, onde a liberdade de expressão impera, damos voz a todos aqueles que quiserem se expressar.
Se o teu conceito d Desenvolvimento incorporar o crescimento econômico em nível local, levando em consideração princípios d sustentabilidade ambiental, social e econômica e, se tu reconheces q o desenvolvimento econômico não deve ser alcançado às custas do meio ambiente ou do bem estar social das comunidades. Podemos iniciar um debate sobre a tua assertiva d q os Projetos d Assentamento Coletivos, criados com a participação das Comunidades locais, estão emperrando o desenvolvimento nos Municípios d Santarém e Belterra.
Um posto de combustível é de utilidade pública respeitando-se os itens de segurança de acordo com a lei. Portanto não há impedimento
Seria tudo belo, lindo e maravilhoso, desde que o rio Tapajós NÃO se transformasse na FOSSA desses ditos empreendimentos.
Boa tarde. Lendo o artigo e observando o conteúdo e abordagem estabelecida observamos o quanto podemos aprender o diz Foucault em a ” Ordem do Discurso”. Em sua aula de abertura no College de France. Ele Faucault nos esclarece o debate sobre o discurso. A quem ele esta endereçado e sua finalidade. Bem como as implicações e consequências. Para o filosofo todo discurso se apresenta com um objetivo, todo discurso está a serviço de uma causa.
Perfeito posicionamento.
Não podemos tratar o empreendedor dessa forma. A obra executada em tempo recorde e com acabamento impecável só trará benefício para o povo que trafega na rodoviária e para a comunidade local.
Lamentável isso.
João Clóvis. Sua opinião além da verdade é proveitosa. Nossa região está tomada por esses assentamentos que foram impostos aos moradores tradicionais, sem discussão e consequentemente, impedindo a produtividade de muitos que, como vc coloca, ali estavam até mesmo antes da existência desses órgãos. Isto tem trazido, tbm, conflitos entre comunitários e impedimento que busquem outras alternativas. Parabéns pela iniciativa.
Sou Santareno nascido e criado aqui, e de uma família de 9 só eu moro aqui e tenho 2 filhos fora justamente por esse motivo, nunca se buscou um meio termo onde se possa preservar e trabalhar, tudo é proibido, tudo é errado…é como diz na matéria: Não se pode investir pra gerar emprego e enquanto isso os nossos jovens precisam sair pra outros lugares e estados, boa reportagem.
PARABENS DESSE JEITO MESMO ASSENTAMENTOS DE PAPEL ISSO TEM QUE ACABAR POR EXEMPLO OAB ESTA DENTRO DO PAE PINDOBAL CASA DE JUIZFEDERAL DENTRO DO LAGO DO JURUCUI CASA DE PROMOTORA NA BEIRA DA PRAIA DE PINDOBAL TERRA DO FALEIRO E INACIO DAS BATERIAS TAMBEM NO EIXO FORTE SERA O O SUPERINTENDENTE DO INCRA VAI TIRAR TODO ESSE PESSOAL ?
O Dr João Clóvis foi cirúrgico em seu posicionamento.
Temos de ter coragem e abraçar essa causa.
PARABÉNS caro consultor imobiliário!