As chuvas frequentes que têm caído na região metropolitana de Santarém, onde estão também Belterra e Mojuí dos Campos, oeste do Pará, favoreceram a semeadura da safra de soja 2019 começasse mais cedo.
Desde o início de dezembro, o plantio vem ocorrendo em diversas propriedades, depois que foi atestado índice pluviométrico favorável para a implantação das lavouras.
No ano passado, a semeadura começou no dia 15 de dezembro e prosseguiu até fevereiro de 2018, alcançando 63 mil hectares. Para a safra 2018/2019, a expectativa é que a área plantada chegue a 69 mil hectares — quase 10% a mais.
Com o plantio realizado mais cedo, os produtores ganham “janela” produtiva maior para o cultivo do milho no final do primeiro quadrimestre de 2019.
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Entre esses agricultores está Alexandre Quoos, da Fazenda Vitória, situada na região da BR 163 (Santarém-Cuiabá). Segundo ele, a nova safra deve ser uma das melhores dos últimos anos.
“As chuvas anteciparam em relação ao ano passado, fazendo que no início de dezembro o acumulado pluviométrico já superasse 370 milímetros”, explicou Quoos.
“Nossa expectativa é que em janeiro o plantio na nossa área tenha terminado, o que adiantará a colheita em um mês. Esse adiantamento irá favorecer a safrinha de milho que tem tudo para ter um ótimo desenvolvimento”.
Na safrinha 2018 foram cultivados 8 mil hectares de soja e 32 mil hectares de milho nos 3 municípios.
Nos últimos anos, a soja tem alcançado uma boa produtividade. As lavouras na região já ultrapassam a produção de 50 sacas por hectares, considerada a média nacional.
A expectativa do departamento de agricultura do Sirsan (Sindicato Rural de Santarém) é que a safra 2019 de soja movimente mais de R$ 250 milhões.
Atualmente, 229 produtores estão cadastrados na Cargill para a venda do grão atendendo a Moratória da Soja. Em 2018, a produção de soja e milho na Região Metropolitana de Santarém gerou um montante de R$ 300 milhões nas duas safras.
“As nossas expectativas para as duas safras de 2019 são as melhores possíveis. O produtor rural tem obtido bons resultados na região, decorrentes da dedicação no trabalho, da tecnologia empregada, dos insumos e das sementes utilizadas”, destacou Sérgio Schwade, diretor de agricultura do Sirsan.
“A cadeia produtiva no campo está cada vez mais consolidada, o que é importante para economia dos 3 municípios. Se o agricultor tem um ano promissor, as lojas de produtos agrícolas, máquinas, postos de combustíveis, supermercados também tem já que integram o setor junto conosco”.
Com informações do Sirsan
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