A PF (Polícia Federal) instaurou um inquérito policial para investigar os motivos da alteração na tonalidade das águas no rio Tapajós, distrito de Alter do Chão, no Pará. A investigação foi aberta na última quinta-feira (20).
— LEIA: O futuro da ponte e a baciada no Tapajós. Por Jackson Rêgo Matos.
Peritos federais vieram para a região e pretende fazer um sobrevoo nesta segunda-feira (24). A fiscalização aérea será realizada com duas aeronaves do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), que chegaram neste domingo (23/01).
Além da Polícia Federal e do ICMBio, a comitiva será composta por integrantes do Ministério Público Federal, técnicos do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e pesquisadores da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).
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A vistoria visa analisar, entre outras questões, a extensão da mancha que está ocasionando a mudança da coloração do rio Tapajós.
Além disso, os peritos da PF irão colher amostras da água turva em diferentes pontos do rio para posterior análise e laudo pericial.
Técnicos do Ibama e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) iniciaram, na última quarta-feira (19/01) uma inspeção de emergência no rio Tapajós.
Amostras foram coletadas e encaminhadas para análise após a água apresentar coloração turva – não característica na região. A iniciativa contou ainda com o apoio do Corpo de Bombeiros do Pará.
Com informações da PF
Em se confirmado que é resultado da garimpagem ilegal, o culpado principal é esse desgoverno federal nefasto, comandado pelo canalha fascista/nazista, que só incentiva desgraças para destruir o que restava de Brasil.
“A GENTE NÃO CONSEGUE IDENTIFICAR SE REALMENTE É UM FENÔMENO NATURAL OU IMPULSIONADO PELA MINERAÇÃO, ATIVIDADE DE MINERAÇÃO ILEGAL” DIZ BOLSOMINION DO ICMBIO🤮
“Isso precisa ser investigado ainda. Através da análise posterior desse material a gente começa s identificar, comparando com dados de anos anteriores, se realmente está havendo mudanças estruturais na qualidade física, química e biológica da água”, destaca Maurício Santamaria do ICMBIO, que já havia negado a ilegalidade da Madeira aprendida pela PF na maior operação contra a exploração selvagem da floresta na região.
Enquanto isso….
As populações ribeirinhas estão preocupadas. “Porque daqui a um tempo isso pode não existir mais”, diz um morador.
A Universidade Federal do Oeste do Pará já identificou que moradores de Santarém estão com níveis de mercúrio no sangue acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A contaminação estaria acontecendo por meio do consumo do peixe.
“A contaminação por mercúrio já vem de longo tempo, e isso é mais preocupante porque causa problemas, prejuízos para a população. Sobretudo na saúde, porque a população de toda do Rio Tapajós consome o peixe”, relata André Carlos Fernandes, padre e liderança dos ribeirinhos.
“Não está normal, está com gosto de barro e a gente precisa do rio de qualquer jeito”, desabafa um morador.
Desde que Jair messias Bolsoraro assumiu a presidência da República, a atividade garimpeira só se intensificou na região ao alto Tapajós. Isso é tão flagrante que por mais de uma vez a Polícia Federal fez operações naquela região contra a prática da garimpagem ilegal. Aliás, por causa da convivência do governo federal, através do Ministério do Meio Ambiente, surgiram garimpos até dentro das terras indígenas e, poir, lideranças indígenas foram coopitadas a defender a prática criminosa. Para quem não lembra, o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales, aquele que defendeu a passagem da boiada, chegou a visitar o Município de Jacareacanga para reunir com os garimpeiros que estavam praticando a mineração ilegal naquela região. Sales chegou a levar para Brasília, num helicóptero da União, vários garimpeiros, inclusive um indígena da etnia Munduruku que se dizia a favor da abertura de garimpos nas terras de seu povo. Com todo esse apoio a exploração ilegal de ouro só se fortaleceu no vale do Tapajós e o que já era grave, tornou-se ainda pior. Toneladas e toneladas de material poluente são despejadas todos os dias no Rio Tapajós e o resultado está aí, pra quem quiser ver. E o pior ainda está por vir…