Manaus registra nova explosão de casos de covid, com tendência de continuidade da aceleração de infecções, na semana em que completa um ano do drama causado pelo colapso do sistema de saúde e das mortes de doentes por asfixia em hospitais.
A doença, segundo a Folha de S. Paulo, voltou a impactar a capital do Amazonas e rapidamente lota unidades de pronto atendimento. A terceira onda chega em meio a relatos de esgotamento mental e físico por parte dos profissionais da saúde, além de afastamentos por reinfecção.
O número de novos casos confirmados com exames saltou de 37, em 1º de janeiro, para 1.659 na quarta-feira (13), um aumento de mais de 4.300%.
No dia anterior, o Amazonas registrou 1.219 casos novos, marca que não alcançava desde 31 de março de 2021, quando o estado ainda vivia sob o efeito da segunda onda, de acordo com dados da FVS (Fundação de Vigilância em Saúde).
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Na quarta, farmácias e postos de saúde que oferecem testes para Covid ficaram lotados o dia todo. As portas das unidades de urgência e emergência, há cerca de uma semana, repetem o cenário de aumento da procura. As duas situações provocam aglomeração em ambientes fechados e riscos de infecção de quem não está com o coronavírus.
Governo e prefeitura suspenderam licenças e férias do setor da saúde e a SES (Secretaria de Estado de Saúde) se prepara para reativar leitos.
Os números de óbitos e a de ocupação de leitos clínicos e de UTIs, no entanto, não sofreram, neste momento, pressão como a do ano passado —no primeiro trimestre de 2021, foram 6.600 mortes no Amazonas, um dos índices per capita mais elevados do mundo.
Os dados atuais apontam para 35 leitos de UTI e 96 leitos clínicos ocupados com pacientes com Covid, em hospitais públicos e privados. Jessen Orellana, epidemiologista da Fiocruz Amazonas, pondera que é preciso observar o aumento diário médio de ocupação de leitos por Covid-19 nos últimos 14 dias: a subida foi de 76% em leitos clínicos e de 60% em UTI.
“Medidas urgentes e mais agressivas são necessárias. Logo aumentarão as mortes evitáveis”, diz.
O período chuvoso também é marcado pelo aumento da disseminação de outros vírus e a SES registra casos de coinfecção de Covid e influenza H3N2.
De acordo com dados da FVS, 55,1% da população do Amazonas têm a cobertura vacinal completa. Em relação à população vacinável, acima de 12 anos, o percentual é de 71,7%.
Neste link, leia a reportagem completa.
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