Alerta enviado às redes pelo Ministério da Saúde, na segunda-feira, mostra que 1 dos 2 pacientes possivelmente infectados pela variante Deltacron no país – um deles no Pará, da cidade de Afuá – apresentou os primeiros sintomas ainda em dezembro do ano passado, segundo informa O Globo.
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De acordo com o documento da pasta, o paciente do sexo masculino tem 34 anos e, na ocasião, sentiu febre, tosse, dificuldade para respirar, dores de garganta, de cabeça e nas articulações, assim como perda olfato e do paladar. Ele está vacinado com esquema completo da vacina AstraZeneca.
Nesta terça-feira (15), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o país já tinha dois casos confirmados da Deltacron, embora o quadro dos dois pacientes ainda esteja sendo submetidos a uma espécie de prova real.
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Quando procurado pela reportagem, o ministro recuou. “O caso está em análise. Havia recebido a informação que os casos estariam confirmados, mas a área técnica posteriormente me informou que a confirmação definitiva sairia somente na sexta. Todavia, conforme falei na entrevista pela manhã, mesmo que haja a confirmação, não alterará o cenário epidemiológico vigente — disse Queiroga
O novo posicionamento segue a linha da nota da nota oficial enviada pela pasta à reportagem:
“O Ministério da Saúde informa que, até 14 de março, foram notificados dois casos de uma possível recombinação de variantes, denominada Deltacron GKA (AY.4/BA.1). Os casos foram identificados nos estados de do Pará e do Amapá”, informa.
Paciente de Afuá
Autoridade nacional que está no Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), onde também há representantes da área de municípios e estados, foi notificada sobre a suspeita somente no dia 10 de março.
Já o segundo caso, também sob análise, foi identificado na cidade de Afuá, no Pará. Trata-se de uma mulher de 26 anos cujos sintomas tiveram início em 19 de janeiro. A paciente, que também está com vacinação completa da Pfizer, apresentou tosse, febre e coriza. A notificação do diagnóstico dela ocorreu somente no dia 14 de março.
No documento enviado a diversos municípios na segunda-feira, a pasta frisa que a notificação de casos suspeitos de novas variantes deve ser imediata. Diz, ainda, que a medida mais eficaz para prevenção da doença é a vacinação, além do uso de máscaras e distanciamento. A comunicação feita pelo Ministério da Saúde traz ainda um panorama mundial da nova variante. De acordo com o texto da pasta, até o momento, há 46 casos de Deltacron no mundo, todos registrados na Europa.
“Até o momento, não há evidências que sustentem um impacto na transmissibilidade, imunidade e severidade em relação a nova variante”, diz o documento.
Segundo a Fiocruz, ainda não há previsão para que a análise seja concluída. Cabe ao ministério ou às secretarias de Saúde divulgar os resultados.
“O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), por meio do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo, Centro de Referência Nacional em vírus respiratórios junto ao Ministério da Saúde, informa que está atuando no esclarecimento de um caso suspeito da variante ‘Deltacron’ da Covid-19. Testes de análise estão em andamento. O Laboratório integra a Rede Genômica da Fiocruz e vem atuando no mapeamento de genomas do SARS-CoV-2 desde o início da pandemia. O resultado, ainda sem prazo específico para finalização, será prontamente informado ao Ministério da Saúde e à Secretaria de Saúde local, de acordo com os protocolos de referência”, diz a nota divulgada na tarde desta terça-feira.
Com informações de O Globo
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