O MPF (Ministério Público Federal) encaminhou no último dia 21 requerimento à Polícia Federal (PF) para instauração de inquérito sobre suposta fraude no concurso do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará.
Segundo denúncias de candidatos, houve violação de um dos envelopes com provas aplicadas em Santarém, no oeste do estado.
De acordo com as denúncias, no último dia 16, durante a aplicação das provas do período matutino, um dos pacotes de provas recebidos na sala R07 do campus da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) estava completamente aberto.
O MPF requereu que, como medidas iniciais, a PF faça o depoimento dos fiscais que atuaram na sala em que houve a ocorrência e dos candidatos que atestaram a violação do pacote de provas, além da oitiva do responsável pela aplicação da prova no campus.
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Perícia no pacote
O MPF também requereu que a PF realize perícia no pacote de provas supostamente violado, para identificar eventual objeto perfurocortante utilizado para violá-lo. Também foi requerido que sejam requisitadas as gravações do circuito interno da Ufopa, para verificação, da ocorrência de anormalidade no percurso da entrega do pacote.
Além do requerimento à PF para abertura de inquérito policial, também no dia 21 o MPF encaminhou ofícios à presidência da comissão de organização do concurso e à empresa organizadora, o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC).
O MPF solicitou ao presidente da comissão do concurso que se manifeste sobre a regularidade da aplicação das provas, e que informe quais providências foram tomadas para apuração de possível violação à lisura do concurso.
Ao IBFC o MPF solicitou cópia da ata de sala da aplicação de provas, e informações sobre se as provas são referentes apenas ao cargo de analista judiciário ou se haviam candidatos para outros cargos prestando provas naquela sala.
O MPF também solicitou que a empresa organizadora se manifeste sobre possibilidade de anulação do concurso pela própria banca, com apresentação de calendário de reaplicação das provas para garantir a regularidade da seleção.
Com informações do MPF
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