Poheresia
Do meu prazer indômito
Sai o vômito de frases
E paráfrases
Que revelam minha bílis
Feito um móbile
De mármore
Que cairá sobre minha cabeça
Revelando toda a azia
De minha poesia
Poheresia
De um ser herético
Homo erectus
Homo cactus
Avesso a pactos
De um octopus
De imaculados tentáculos
Que brotam de meus óculos
Espetáculos
E que saltam ao olhar
Dos meus óleos Tintorettos
E voltam ao começo
Onde o apreço ao meu avesso
É o verso do meu anverso
É o espelho do meu coração Narciso
Indeciso
Patético ser ou não ser
Impreciso
De um Shakespeare internauta
Que me pauta
O jornal de um mundo e meio
Onde estará o e-mail de minha rendição?
Ah! Poherético ser dialético
Insensato e caquético
Pensador hermético
Que não ousa mais que cultuar
A palavra lexis
Deus de todos os meus deuses
Feitos de madeira sem lei
Que nascem de um poema
Originado de um vômito
Indômito
De um quark
Qualquer por aí…
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De Jota Ninos, poeta amazônico nascido em Belém e naturalizado tapajônico.
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Édito.
não procure esse e-mail da tua rendição poeta…
Quase que um perdão cibernético…