A Câmara de Vereadores de Monte Alegre, oeste do Pará, iniciou uma ofensiva, em várias frentes, contra o advogado Rizonilson Barros, montealegrense residente em Macapá (AP).
Vai denunciá-lo ao Ministério Público do Pará, OAB e Justiça. Na polícia, a primeira parte de execução do plano já foi deflagrada. Os vereadores registraram um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) contra o advogado.
A Câmara acusa Rizonilson, entre outros delitos, de calúnia, difamação, disseminação de ódio, fake news, principalmente em um grupo (“Fiscalizando o Erário) de WhatsAPP, por ele criado e administrado desde o dia 8 de maio deste ano.
Os ataques teria um padrão: o alvo são sempre os vereadores e a instituição, achincalhados de maneira sórdida.
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Os parlamentares enxergam no bombardeio quase diário do advogado objetivos políticos subterrâneos. Rizonilson Barros estaria pavimentando sua candidatura a prefeito na eleição de 2020.
A presidente da Câmara de Vereadores, France Vasconcelos (MDB), confirmou ao blog nesta semana a ofensiva contra o advogado. Ela disse que tem o apoio de seus colegas. A Casa é composta por 15 membros.
A vereadora ressaltou que não se trata de ação para inibir críticas ao parlamento — “nada disso” -, mas a busca de reparação a ataques, inclusive, contra a honra dos seus integrantes. O advogado, com a prática delituosa, pontou France, incentiva por vias indiretas campanha de ódio aos vereadores.
OUTRO LADO
Alcançado pelo blog, nesta manhã de sábado, Rizonilson Barros confirmou a existência do grupo de WhatsAPP. Nega, porém, as acusações a ele imputadas.
“Tenho um histórico na defesa da democracia, trabalhamos sempre na fiscalização do erário, de qualquer ente”, disse.
“Não vamos retroagir por conta do desconforto de poucos. Estamos tranquilos, não cometi crime nenhum. Teve alguns membros do grupo que exageraram [nas críticas aos vereadores], mas no meu ponto de vista não cometeram crime também”.
Para o advogado, os vereadores “tem que aprender a conviver com a pressão social, com o controle social. E só para finalizar, tudo o que está sendo informado é de cunho público”.
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