Filho de Bolsonaro decide se licenciar da Câmara e ficar nos EUA para não ser preso por Alexandre de Moraes

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Filho de Bolsonaro decide se licenciar da Câmara e ficar nos EUA para não ser preso por Alexandre de Moraes
Eduardo Bolsonaro: licença da Câmara e refúgio nos EUA para não ser preso. Foto: reprodução

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, decidiu se licenciar do mandato parlamentar e ficar nos Estados Unidos.

Ele afirma que tomou a decisão “mais difícil” de sua vida porque pode ser preso por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Diz que o Brasil vive um período de exceção e que vai ficar nos Estados Unidos para buscar punição ao magistrado.

Afirma ainda que o pai, Jair Bolsonaro, pode ser preso e morto no cárcere por ser acusado de um golpe de Estado que, na opinião dele, é “da Disneylândia”.

Plano de assassinato

“Não é fácil saber que meu pai pode ser injustamente preso e talvez eu jamais tenha a chance de reencontrá-lo pessoalmente de novo. Não tenho dúvida de que o plano dos nossos inimigos é encarcerá-lo para assassiná-lo na prisão ou deixá-lo lá perpetuamente, assim como aconteceria com Donald Trump, caso não tivesse sido reeleito agora, em 2024”, diz o parlamentar.

❒ Leia também: Advogado acusado de triplo homicídio em Itaituba é preso na Bolívia.

Eduardo, que já estava nos EUA há mais de 15 dias, afirma que seu mandato está sendo usado por Alexandre de Moraes como “cabresto, como ferramenta de chantagem e coação do regime de exceção, como instrumento para me prender e impedir que eu represente os melhores interesses para o meu país”.

Na semana passada, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias, e o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) entraram com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o passaporte de Eduardo Bolsonaro fosse apreendido por traição à pátria e por tentativa de constrangimento de autoridades da Corte.

Não há, no entanto, pedido de prisão no STF contra ele.

Liberdade de expressão: lei aprovada

Eduardo Bolsonaro disputava o cargo de presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Os petistas argumentavam que, por ser um traidor do Brasil, ele não poderia assumir o cargo.

Os parlamentares citam o fato de Eduardo Bolsonaro articular iniciativas contra Alexandre de Moraes nos EUA.

Em fevereiro, graças a uma movimentação do deputado, a Comissão Judiciária da Câmara dos Deputados dos EUA aprovou projeto de lei para que autoridades estrangeiras que limitem a liberdade de expressão sejam proibidas de entrar no território norte-americano.

Na semana passada, ele retornou a Washington pela quarta vez no ano para encontros com integrantes do governo americano como parte de uma ofensiva contra o magistrado.

O pedido de cassação do passaporte de Eduardo Bolsonaro ainda será analisado por Alexandre de Moraes, que o enviou para parecer da Procuradoria-Geral da República.

Leia a íntegra da matéria aqui.

Com informações da FSP

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