Empresário autuado por coagir trabalhadores no PA a votarem em Bolsonaro vai pagar mais de R$ 300 mil

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Autuado, empresário que coagiu trabalhadores no PA a votarem em Bolsonaro vai pagar mais de 300 mil
Maurício Fernandes Lopes coagindo os seus funcionários. Foto: Reprodução/Vídeo

Foi firmado hoje (7), um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) proposto pelo MPT (Ministério Público do Trabalho), Pará/Amapá, ao empresário dono da Cerâmica Modelo, na cidade de São Miguel do Guamá, no Pará. Maurício Lopes Fernandes Júnior foi flagrado em vídeo, que circula nas redes sociais, coagindo trabalhadores a votarem em Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais.

Ele terá que pagar indenização aos empregados coagidos, além de dano moral coletivo e publicar um vídeo se retratando à sociedade. 

Segundo as cláusulas do TAC, o empresário terá um prazo de 48 horas para publicar o vídeo, que deverá ser amplamente divulgado no aplicativo de conversa onde viralizou, bem como autorizado sua reprodução pelos veículos de comunicação em âmbito nacional.

O documento prevê também que o empregador não mais constranja ou ameace seus funcionários para o voto em quaisquer candidatos, nem incite empregadores de outros setores econômicos para que assim o façam.

Maurício Fernandes Júnior também não poderá demitir, manter ou admitir empregados com base na sua orientação político partidária. 

Indenizações passam de R$ 300 mil

Quanto às indenizações, o empresário terá que pagar R$ 150 mil a título de dano moral coletivo. Desse valor, R$ 50 mil serão destinados ao custeio de campanha de conscientização política direcionada aos empregadores, por meio das principais emissoras de rádio do Estado do Pará; e R$ 100 mil direcionados a projetos sociais a serem indicados. 

O proprietário da Cerâmica Modelo também deverá pagar o valor de R$ 2 mil a cada um dos seus trabalhadores com vínculo de emprego formalizado ou não formalizado, além de assinar as carteiras de trabalho dos empregados sem registro e fornecer equipamentos de proteção individual (EPI). 

Participaram da ação fiscal que culminou na assinatura do Termo de Ajuste de Conduta, além do MPT, a Polícia Federal (PF) e a Auditoria Fiscal do Trabalho, da Superintendência Regional do Trabalho no Pará (SRT-PA).  

A PF indiciou o empresário por condutas relacionadas a crimes eleitorais e a Auditoria Fiscal do Trabalho lavrou diversos autos de infração relacionados, entre outras coisas, à ausência de registro de empregados e falta de uso de EPI. 

Assista!

https://twitter.com/delucca/status/1577362144147947534?s=20&t=_Jy47lVVb8qgVkwqyVWO3A

Com informações do MPT/PA-AP e redação do JC

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2 Comentários em Empresário autuado por coagir trabalhadores no PA a votarem em Bolsonaro vai pagar mais de R$ 300 mil

  • O Lula ainda não foi eleito, mas a situação desses trabalhadores já começou a mudar, ao invés deles receberem 200,00 para votar no coisa ruim, vão receber dois mil e votar de acordo com a consciência de cada um.

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