
Muitas vezes a política busca por soluções democráticas tendo como base a escuta e o diálogo. Os jovens, em sua maioria, não despertaram ainda para o processo de discussão e o debate para construir ou chegar a essas soluções coletivas em prol da formulação das políticas públicas para a juventude.
A falta dessas reflexões tem como consequência o enfraquecimento da luta por direitos fundamentais como: liberdade, educação, saúde, segurança, qualificação profissional, mais oportunidades no mercado de trabalho, empregabilidade, desenvolvimento da capacidade empreendedora para a geração de emprego e renda, sustentabilidade local e o desenvolvimento econômico e social, sem contar com o acesso a lazer cultural tão fundamental para um pensar mais crítico e humano.

Diariamente acompanho a situação de jovens que ainda não entenderam a sua importância na política, para que todos esses anseios possam ser procurados por intermédio de ações organizadas e focadas nesses objetivos.
As diversas ações que venho ajudando a desenvolver todos esses anos são baseados na fé que tenho na juventude terrasantense, para que o jovem deste município possa desenvolver a consciência crítica de sua importância para o processo decisório na política, na sua missão e responsabilidade individual em conduzir o País do futuro que tanto desejamos, refletindo também nas condições do País do hoje, do agora.
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É comum ouvir que o Brasil precisa promover ampla renovação política. A premissa sobre a qual se apoia esta meta é a de que convivemos com velhos costumes e métodos, alguns deles datados dos tempos iniciais da colonização. Estamos todos de acordo: mudar é preciso!
Ocorre que nenhuma transformação. para obter níveis razoáveis de institucionalização, pode ser realizada da noite para o dia. A mudança política demanda tempo, reflexão e discussão (no melhor sentido da palavra).
Portanto, para que o processo político brasileiro seja transformado, é necessário que plantemos as sementes. E as sementes estão nos jovens.
Precisamos olhar com mais atenção para o papel do jovem na sociedade. Para termos ideia de sua importância, basta atentarmos para o fato de que, nas eleições de outubro de 2020, os brasileiros entre 16 e 24 anos formarão um contingente de 21.667.152 de eleitores.
No município de Terra Santa, na mesma faixa etária, teremos 2.884 eleitores, o que corresponde a 22% do eleitorado, o que é bastante significativo, se tratando de número de eleitores no município. (TSE – Tribunal Superior Eleitoral – março – 2020).
Vivemos numa contemporaneidade em que a política está muito desacreditada para uma parcela grandiosa da população e as razões são plausíveis. Escândalos, descalabros administrativos, máquinas burocráticas emperradas, partidos sem identificação popular constituem, entre outros, fatores que afastam os jovens do processo político.
Na ausência de projetos éticos voltados também para a juventude e de uma sinalização comprometida com mudanças, os jovens acabam destinando sua atenção para outras prioridades. É espantoso verificar que muitos jovens, desviam seu foco da política para a aquisição de bens materiais e consumismo, passando a ver a política como algo supérfluo.
Penso que não há outro caminho que não seja o de uma política pautada por um processo de construção do futuro coletivo. Vejo com muita preocupação essa situação. Os jovens precisam ser motivados com bons exemplos, com histórias de sucesso, valores e princípios éticos.
A sensibilização do processo político precisa vir também da escola, dos gestores, dos professores, dos pais. Hoje, o país respira política por todos os lados.
Os pré-candidatos daqui pra frente irão expor seus pontos de vista e seus programas de governo. Não existe melhor momento que este para que os jovens possam fazer suas reflexões acerca do melhor plano político para nosso município. A mudança pode começar na escolha da representação nas Casas Legislativas. E os pré-candidatos, por sua vez, devem levar em consideração a voz da juventude terrasantense e seus anseios, apontando as soluções e propondo políticas públicas que possam atender os interesses coletivos.
É fundamental nos dias de hoje a difusão do conceito de brasilidade e municipalidade junto ao segmento jovem. A escola não pode ser apenas território de transmissão de informação. Há de ser, acima de tudo, nicho de formação e desenvolvimento da prática constante de um pensar crítico e reflexivo, visando sempre o respeito à diversidade e a construção de caráter.
Se conseguirmos conferir à escola o seu papel de agente de transformação social, certamente implementaremos a mudança política que o país e o município merecem. O jovem é e será sempre o pilar, a base da transformação política brasileira. Afinal, há coincidência básica na ação política e na ação dos jovens. Ambas se voltam para a construção do futuro.
Há diferentes linguagens sendo faladas nesses dois segmentos, mas há mais pontos comuns do que se imagina. É preciso focar as semelhanças para reestabelecer a conexão desse contingente de brasileiros com o universo político. Hoje há novas ferramentas de comunicação, como a internet.
O Congresso permitiu a utilização mais ampla desse instrumento na campanha eleitoral deste ano. Esse será um ponto convergente, onde a liberdade de informar, criticar e falar será fundamental. É um território dos jovens onde a política estará iniciando sua caminhada em direção a um reencontro com a juventude brasileira.
Sua voz, suas propostas, suas ideias, suas vivências, sua visão de mundo…são importantes, e eu quero ouvir você.
— * Natanael Oliveira é consultor empresarial, diretor do Instituto N, coordenador acadêmico da FAEL/Polo Terra Santa e presidente do Patriota em Terra Santa.
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