
Uma das falas de grande parte das mulheres que apregoam sobre o feminismo é se autodeclararem representantes de todas as outras mulheres pressupondo que nós exercemos um papel que não desejamos.
A realidade é que a grande maioria de nós não se vê representada pelo movimento. Eu mesma cansei dessa “guerra de sexos”, desses estereótipos ditados pela agenda feminista e desse insano combate para descaracterizar a nossa essência e demonizar a figura masculina.

É exatamente isso que me motivou a escrever para esse blog. A primeira distopia do movimento é achar que todas as mulheres formam um bloco único e homogêneo, desconsiderando as diferenças que existem entre os membros desse próprio grupo.
Mas, para o movimento nós “podemos ser o que quisermos” desde que concordemos com a pauta imposta pela agenda ideológica. Sim, o movimento feminista hoje é coletivista, despreza direitos e opiniões individuais e tornou-se um braço da ideologia marxista, cooptado para servir aos seus interesses. A tão sonhada liberdade feminina tornou-se uma prisão.
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Nossa sociedade está mergulhada numa luta sem trégua visando equiparar o homem à mulher, e vice versa. Se a igualdade pretendida fosse ao menos em relação aos direitos civis, que eu declaro aqui, são inegáveis, isso de fato não seria um problema.
Mas há situações onde sequer consideram as diferenças biológicas entre o nós e vocês. E isso não se refere apenas aos órgãos reprodutores, não! Falo de toda a estrutura dos nossos corpos, os tipos de hormônios que produzimos e como eles afetam diferentemente a cada um de nós, nas diversas fases da vida.
Quer ver? Vocês lidam melhor com exercícios físicos do que nós porque possuem volume sanguíneo maior. Nós, no entanto, temos um sistema imunológico mais forte e talvez isso explique porque vocês são mais propensos a terem doenças infecciosas (e também ao fato de morrerem mais cedo!).
Nós temos mais dificuldades para perder peso simplesmente porque vocês têm um nível de testosterona sete vezes maior que o nosso, portanto as suas taxas metabólicas seguem na mesma proporção.
E eu poderia continuar elencando uma série de diferenças biológicas, mas ressalto a que considero a mais importante, geneticamente falando nós somos mais complexas que vocês.
Veja: nós possuímos dois cromossomos X, enquanto vocês possuem um cromossomo X e um Y. O cromossomo X possui entre 900 a 1200 genes, enquanto o Y possui apenas 78. Portanto, biologicamente falando vocês são mais simples.
Todas essas diferenças existem e não indicam a superioridade de um gênero em detrimento a inferioridade do outro, mas que cada um enfrenta desafios diferentes. E são esses desafios que o movimento feminista insiste em desconsiderar. E olha que nem citei nossas diversidades psicológicas e afetivas.
Da biologia para a economia o salto é grande, mas necessário dizer que o movimento caiu nas garras ideológicas do marxismo cultural porque a grande maioria das narrativas versa não apenas sobre desigualdade de riqueza ou patrimônio, mas na desigualdade de gênero (sic), notadamente (segundo, elas!) pelas diferenças de salários e no peso (e na opressão!) que as tarefas domésticas exercem sobre as mulheres.
Culpa do capitalismo, dizem. Mas, isso também não é difícil de refutar. O capitalismo, mesmo com abusos, foi simplesmente um grande aliado e nenhum período histórico “empoderou” tanto as mulheres quando no seu advento no século dezenove.
A partir dele as mulheres passaram a conquistar, em meio a sangue e suor, o direito à escola e às universidades, montaram seus próprios negócios, escreveram livros, conquistaram espaços importantes e suas pautas ganharam o mundo.
Tem uma frase atribuída ao Papa João Paulo II que eu simplesmente acredito que corrobore pra explanar o que muitas de nós percebemos deste movimento, aliás, um pouco de bom senso e uma apurada observação conclui-se sabiamente que “a máquina de lavar fez mais pelas mulheres que o feminismo.”
— * Célia Ilma Carneiro, santarena, é historiadora, conservadora, cristã e não feminista. Mora em Florianópolis (SC).
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Com absoluta certeza, quem conhece a fundo o movimento feminista, quem sabe o que é marxismo, sabe que a máquina de lavar faz até hoje mais pelas mulheres que o movimento feminista. Texto irretocável.
Sim, Michele! quem conhece o movimento a fundo, prefere os privilégios que a máquina de lavar nos trouxe!
Muito boa essa escrita Célia, e com certeza a reflexão do Papa Francisco no final fala uma verdade que muitas ( feministas ) por aí nunca fizeram na vida. Parabéns e que Deus te abençoe e guie você com a luz da sabedoria.
Eliandro, obrigada pelo apoio e pelo carinho. Não me esqueça em suas oraçôes.
Perfeito!
A minha admiração…
Obrigada pelo apoio. Um abração!
Achismos, senso comum, negacionismo… Sobrou até para o pobre do Papa