O Pará lidera o ranking de mortes de ativistas em defesa da terra, do meio ambiente e dos direitos humanos. No sábado, segundo Bernardo Mello Franco, de O Globo, a Comissão Arns começará uma visita de uma semana ao estado.
O objetivo é levantar informações e cobrar autoridades sobre crimes que permanecem impunes.
“O sul e o sudeste do Pará sempre foram terras sem lei. Nos últimos quatro anos, a situação piorou com o incentivo do governo federal ao desmatamento e ao garimpo”, diz o ex-ministro Paulo Vannuchi, que participará da visita com a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha e o advogado Belisário dos Santos Junior.
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O trio se reunirá com ativistas e defensores públicos sob ameaça de morte. Entre outros casos, estão na pauta os ataques aos índios parakanã e aos trabalhadores do assentamento Terra Nossa.
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O projeto do Incra, que buscava unir agricultura familiar e preservação da floresta, já foi palco de quatro assassinatos desde 2018. “Ali existe de tudo: grilagem de terra, desmatamento, mineração e caça ilegal. É um clima de faroeste”, resume Maria Laura Canineu, diretora da ONG Human Rights Watch.
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns foi criada em fevereiro de 2019. Seu objetivo é dar visibilidade aos casos de violações de direitos humanos que envolvem morte ou tortura, realizar denúncias públicas e encaminhá-las ao Judiciário e organismos internacionais.
O grupo, que possui 20 membros que atuam de maneira voluntária, reúne ativistas, advogados, cientistas políticos, filósofos e jornalistas.
Leia a matéria completa de O Globo, neste link.
Com informações de O Globo e da redação do JC
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