Elogio ao prefeito e suas andanças com o secretário. Por Evaldo Viana

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Elogio ao prefeito. Por Evaldo Viana
Nélio Aguiar, médico, e Daniel Simões, engenheiro: a dupla do asfalto. Fotos: Ag.STM

O relógio do engenheiro Daniel Simões marcava 3h17 da madrugada de uma sexta-feira do 3º mês do 1º semestre do ano da 21ª Copa do Mundo quando, já sentindo os primeiros sinais de cansaço e sono, debruçado sobre um enorme mapa viário da zona urbana de Santarém, depois de ter analisado a minuta de diversos contratos da Secretaria Municipal de Infraestrutura, observou, feliz e satisfeito, que, sob o Governo Nélio e o seu comando à frente da Seminfra, 87 km de vias públicas haviam sido pavimentadas, mas muitas outras, previstas e não previstas, precisavam de asfalto, drenagem e meio fio.

No dia anterior, ao lado do prefeito e outros membros do governo, participara da solenidade de entrega de quatro vias públicas pavimentadas no bairro Uruará, e alegrava-o saber que estava contribuindo decisivamente para a melhoria da infraestrutura viária da sua cidade e, sobretudo, por ser secretário de um prefeito que se empenhava tanto quanto possível para banir a poeira e lama das ruas da cidade.

Ver e sentir a alegria e satisfação dos moradores das ruas beneficiadas lhe davam ânimo, força e disposição para trabalhar até altas horas da madrugada. Mas já era tarde, tinha de dormir porque logo mais teria de estar cumprindo seu expediente na Seminfra.

Antes de deitar, porém, pensou por um instante em ligar para o prefeito para falar sobre as vias projetadas para receber asfalto e drenagem ao longo de ano, pois sabia que Nélio também é notívago, mas abandonou a ideia. Já era muito tarde, ou melhor, era muito cedo ainda.

Instantes depois, seu celular toca e vê no visor o nome do prefeito. Dois toques depois, prefeito e secretário começam um diálogo sobre pavimentação de vias públicas que não se costuma travar habitualmente em horas extra-expediente, menos ainda às 3h19 da madrugada.

– Oi, Nélio, tudo bem? Ainda acordado?

–  Acordado e de pé, te esperando para darmos uma volta na cidade, bora?!

Nesse momento, o secretário escuta algo parecido ao som de uma buzina de carro e não ouve bem as últimas palavras do prefeito.

– Nélio, repete o que falaste, acho que tem um maluco buzinando e azucrinando a paciência uma hora dessas. Sujeito deve tá perturbardo!

– Daniel, sou eu, tou aqui te aguardando para darmos uma volta. Quero ver umas ruas nuns bairros que vamos pavimentar e algumas já pavimentadas.

– Pô, Nélio, desculpa, sei que tu anda muito obcecado por asfalto, mas, dá pra acreditar não que queres dar uma volta a essa hora! Tou descendo, um minutinho!

Ao entrar no carro, o secretário pergunta ao prefeito por que não deixar para essas inspeções para as duas ou três da tarde.

– Tu aguenta o sol das três da tarde no lombo, Daniel? Ao menos nossas ruas fossem arborizadas!

Ao ouvir o comentário do prefeito, o secretário lembrou que a equipe técnica responsável pela arborização repetidas vezes lhe chamou atenção para a necessidade de deixar espaço no meio fio das vias públicas para plantar árvores, porém, ele raras vezes a ouviu.

Descendo a Curuá-Una em direção à Moaçara, o secretário pergunta:

– Onde vamos? Se for para olhar as ruas que pavimentamos, vamos precisar de uns três dias. Se queres ver as que planejamos pavimentar, vamos precisar de mais tempo!

– Quero ir nas que vamos pavimentar até o final do ano, diz o prefeito.

– Onde fica a Cristo Rei, já passamos por ela?

– Não, é a próxima, diz o secretário.

Nélio diminui a velocidade e manobra à esquerda, mas avança poucos metros. Cristo Rei, importante Rua do bairro diamantino, que liga a rodovia Curuá-Una à Sergio Hein, devido às chuvas do inverno, estava intransitável.

Prefeito e secretário saem do carro, observam por uns instantes e logo em seguida dão marcha a ré e viram a esquerda.

Nélio pergunta a Daniel:

– Quantos metros a Cristo Rei tem até a Sergio Hein?

–  Dá quase 2.000 metros.

– Bora pavimentá-la, diz o prefeito.

Chegando à Moaçara, Nélio manobra à esquerda e depois à direita na Sergio Henn.

Próximo da Casa de Eventos Champanhe, o secretário fala ao prefeito:

– Olha, Nélio, essa é a Tupaiulândia, seria bom pavimentá-la, pois desafogaria bastante a Moaçara!

– Não, nessa avenida mora um cara que adora esculhambar prefeito. Sujeito é capaz de falar bem de mim só pra ter oportunidade de esculachar!

– Soube que ele mudou, Nélio, não mora mais na Tupaiulândia.

– Bem, acho que você tem razão, bota então ela no planejamento para 2023, diz o prefeito.

– Vamos à grande área do Maracanã?, pergunta o secretário.

– Quantas ruas já pavimentamos lá?

– Pelas minhas contas, 24.

– Então precisamos de pelo menos um dia só para visitá-las. Hoje dá não, vamos ao Jardim Santarém.

– Quais vamos pavimentar nesse bairro, Daniel?

– Nélio, de cabeça, lembro da Travessa Margarida, da Rua girassol e da 11 horas, mas tem pelo menos três ou quatro a mais planejadas para pavimentar esse ano.

Próximo da Muiraquitã, Nélio pergunta ao secretário onde fica a Avenida Diamantino. Vira à  direita, diz o secretário.

Ao chegarem em frente à Supermix, param e descem do carro.

– Quero a avenida Diamantino pavimentada, Daniel, desde a Frei Vicente até a Avenida Cristo Rei.

– Você que manda, prefeito, tem dinheiro?!

– Ainda temos uma parte do dinheiro da Caixa, o Helder vai nos liberar uma boa grana para pavimentação e vou espremer o tesouro municipal para conseguir verba para a sua secretaria, diz Nélio.

E nesse dia, prefeito e secretário visitaram pelo menos seis bairros, dezenas de ruas, pavimentadas, as que iriam pavimentar ao longo do ano e outras que planejam pavimentar.

Essa narrativa é contada para Pedro, que fala para João, que narra para Maria, que diz para Francisco, que aumenta para José, que conta para Mário. Certamente que tem uma ou outra imprecisão.

Presumivelmente, a hora que prefeito e secretário andaram pelas ruas de Santarém seja diferente das 3h19 da madrugada, e talvez as ruas e bairros visitados não foram os aqui relatados, mas fato é que Nélio Aguiar e seu secretário tem feito um excelente trabalho na área de infraestrutura urbana, não apenas aplicando asfalto nas ruas, mas fazendo drenagem profunda, meio fio e calçamento. Isso é fato! Isso não se questiona!

Daniel Simões, titular da Seminfra desde o primeiro mandato do governo Nélio Aguiar

Contudo, apesar de tudo que o atual governo tem feito, por que nos parece que Nélio Aguiar não tem tido o merecido reconhecimento do povo? Por que  há uma percepção de que o seu governo tem feito menos do que efetivamente tem realizado? Que explica isso?

Não se pode dizer que é falta de dinheiro para a propaganda ou publicidade institucional, pois a Comunicação Social tem sido aquinhoada até com um expressivo valor.

Seria uma deliberada omissão na divulgação de forma eficiente das ações, obras e realizações do governo?

Bom, em todo caso, que o governo continue assim, fazendo obras, pavimentando ruas, livrando o povo da poeira e da lama e realizando o sonho do povo santareno de morar numa cidade com boa infraestrutura.

Estamos, pois, no dever de parabenizar o prefeito Nélio Aguiar, ao secretário Daniel Simões, a todos os servidores da Secretaria de infraestrutura que tem dado a sua contribuição para vivermos numa cidade melhor!

Evaldo Viana
Evaldo Viana

É servidor público federal. Natural de Alenquer, reside e trabalha em Santarém (PA). Escreve regularmente no JC.

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2 Responses to Elogio ao prefeito e suas andanças com o secretário. Por Evaldo Viana

  • PENSA NUMA PUXACAO DE SACO, CADÊ OS 700 KMS QUE ÍAM SEREM FEITOS NA PERIFERIA, ACHO QUE ESSE RAPAZ MORA EM SANTARÉM DE PORTUGAL

  • Para ganhar “dez”, só faltou o nobre colunista destacar que sem a ajuda do governador Hélder, o Nélio e o Daniel seriam meros prefeito e secretário. Agora senhor Evaldo, eu moro há quase cinquenta anos aqui no bairro do laguinho, e já se passaram DUAS campanhas para prefeito, e o Nélio com seus orelhas já prometeram por duas vezes em véspera de eleição que iria revitalizar o bosque e orla da Vera paz, e depois que passa a eleição ele coloca no arquivo do esquecimento, vai fazer aniversário o tempo que o bosque está às escuras, sendo iluminado apenas por vagalumes. Será que devido ter sido construído em outra gestão ele faz questão de não revitalizar??

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