
A Associação de Moradores do Bairro do Santarezinho (AMBS) protocolou na Câmara Municipal de Santarém, oeste do Pará, pedido de cassação do vereador Yanglyer Glay Santos Mattos, o Mano Dadai (PRTB), “por faltar com o decoro na sua conduta pública”.
O pedido foi dado entrada no último dia 30 de janeiro. E tem como base jurídica o decreto 201, de 1967, que dispõe sobre a responsabilidade de prefeitos e vereadores.
Foi esse mesmo decreto que respaldou a abertura de uma comissão processante na Casa contra o ex-vereador Reginaldo Campos, em setembro de 2017, por envolvimento dele na operação Perfuga. Para fugir da pena de inelegibilidade, em dezembro daquele ano Reginaldo optou pela renúncia do mandato.
A renúncia acabou favorecendo Mano Dadai, primeiro suplente na coligação que elegeu Reginaldo Campos – PSC / PRTB / PSB / PP / PROS.
— ARTIGOS RELACIONADOS
QUEBRA DE DECORO
De acordo com o pedido de cassação, assinado pelo presidente da AMBS, José Monteiro Filho, Mano Dadai, “além de ser preso e réu na Perfuga”, teria se comportado de maneira “incompatível” do que se espera de um integrante da Câmara na reunião de assembleia geral da AMBS realizada no início de janeiro deste ano.
“Além de atrapalhar o nosso trabalho, [Mano Dadai] fez acusações levianas [contra mim]”, destacou Monteiro Filho.
“O referido vereador demonstrou um comportamento incompatível adotado por um vereador desta casa, para piorar, usaram seus amigos, Ediney Ferreira e Rogério batista, ambos blogueiros, com intuito de denegrir a nossa imagem, cometendo crimes de calúnia e difamação”.
O pedido ainda não foi analisado pela Mesa Diretora da Câmara, presidida pelo vereador Emir Aguiar (Podemos).
CONTRAPONTO
Ao blog, o vereador Mano Dadai desmentiu as acusações de que teria atrapalhado a assembleia geral da AMBS.
“Não é verdade. Só me manifestei quando o presidente da associação deu por encerrada a assembleia geral, sem que nenhum dos presentes esperasse”, lembrou o parlamentar.
“Protestei contra o ato arbitrário praticado por ele [Monteiro Filho], ao falar só ao final da reunião para os moradores do bairro. Mais de 200 pessoas estavam ali presentes. Não houve ofensa, não tumultuei a assembleia”.
Como prova, Mano Dadai disponibilizou ao blog o vídeo abaixo, que atesta a veracidade de seu posicionamento no episódio.
Deixe um comentário