
O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) anunciou nesta terça-feira (12) a suspensão provisória do médico Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante na madrugada desta segunda (11) pelo estupro de uma paciente que passava por uma cesárea no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, município na Baixada Fluminense.
Com essa decisão, conforme a Folha de S. Paulo, o anestesista fica impedido de exercer a medicina em todo o país. Segundo a entidade, a medida “é um recurso para proteger a população e garantir a boa prática médica”.
Ainda está sendo instaurado no Cremerj um processo ético-profissional, cuja sanção máxima é a cassação definitiva do registro.
“Firmamos um compromisso com a sociedade de celeridade no que fosse possível e essa suspensão provisória é uma resposta. A situação é estarrecedora. Em mais de 40 anos de profissão, não vi nada parecido. E o nosso comprometimento não acaba aqui. Temos outras etapas pela frente e também vamos agir com a celeridade que o caso exige”, afirma o presidente do Cremerj, Clovis Munhoz.
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Nesta terça, a Polícia Civil investiga se mais cinco pacientes também foram estupradas pelo anestesista. Ao menos três já prestaram depoimento.
A Justiça do Rio de Janeiro também decidiu converter a prisão em preventiva, com prazo de 90 dias prorrogáveis, e ficou decidido que ele seria levado para a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8. A unidade da zona oeste recebe os detentos com nível superior.
O médico foi preso depois que funcionários do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, o filmaram colocando o pênis na boca de uma paciente durante uma cesárea no domingo (10).
No mesmo dia, Bezerra já havia participado de ao menos mais duas cirurgias com pacientes mulheres no mesmo hospital.
Se a polícia comprovar que houve reiteradamente sedações desnecessárias ou que em doses excessivas possam ter causado prejuízo às vítimas, o suspeito pode ser responsabilizado por outros crimes. “Aí vamos avaliar qual seria o tipo penal”, diz Lomba.
Na segunda (11), outra mulher, de 23 anos, já havia se apresentado na delegacia, dizendo ter sido vítima do médico.
Com informações da FSP
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