
Comunidades ribeirinhas, aldeias indígenas, capitais, estados, países, tantas formas de dizer que estamos separados, que somos diferentes. A todo momento, somos Nós x Eles, mas será que é isso mesmo?
Os cabelos lisos das crianças indígenas lembram bastante os cabelos compridos da médica do Rio Grande do Sul. Os olhos castanhos delas também. São lugares diferentes para se ter nascido, mas ambas têm a lembrança do banho de rio à tardinha e das receitas que a vó fazia.
É importante o cuidado com o pertencimento, diz muito sobre você o lugar em que você nasceu, e a trajetória da sua vida te coloca em contextos mais específicos ainda, ninguém teve as mesmas experiências que você já viveu (não do mesmo jeito).
A questão é que rápido ou lentamente, falamos a mesma língua. Você usa expressões científicas, mas as palavras simples explicam também. De diferentes maneiras, aqui também tem a cura. Não é que exista um poder soberano: é apenas um saber importante, assim como o outro também o é.
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Cuide com suas ervas, faça seu chá. Tome também essa pílula, que com certeza também vai ajudar. Ninguém sabe menos, é que cada um sabe uma coisa. Muito da ciência que você trouxe aí, começou aqui, com uma árvore, que possuía a especiaria que faltava ao médico, para completar o tratamento.
Precisamos sentar iguais na mesma mesa porque assim merecemos, todos temos coisas a dizer. Temos uma casa em comum, nossa história é a mesma, e o lugar em que você nasceu poderia ser meu lugar na vida, assim como você também poderia estar aqui no meu.
Com algumas diferenças, estamos juntos no mesmo lugar, nascemos aqui, dividimos a mesma casa, falamos a mesma língua, podemos dizer, sem que qualquer dúvida exista: somos uma família.
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