Professor refaz trajetória de líder católico que virou assessor parlamentar na Câmara

Publicado em por em Memória, Política

Professor refaz trajetória de líder católico que virou assessor parlamentar na Câmara
Gilberto Dinelly (em pé), liderança católica que atua desde os anos 1980 em Santarém, segundo o professor Ormando Souza. Foto: Reprodução/Redes sociais

Do professor Ormando Souza, sobre o post Líder católico ‘proscrito’ da coordenação do Círio ganha assessoria na Câmara:

Gilberto [Sousa] Dinelly vinha atuando na igreja desde os anos 1980. Apoiado pelo Pe. Valdir Serra, então pároco da Catedral, criou o Mojoc – Movimento Jovem Cristão. Ganhou espaço no prédio da Catedral com sala para reuniões e a espécie de secretaria.

Não se caracterizava como grupo de jovem, mas como movimento religioso. E, como tal, poderia expandir a experiência. Foi o que aconteceu. O Mojoc criou um núcleo infantil, o Mojoquinho, e avançou para o bairro do Aeroporto Velho.

Em um ano, estimulado pelo tema da Campanha da Fraternidade que incentivava o envolvimento do leigo na política, para dar norteamento cristão na política brasileira, Dinelly ensaiou uma candidatura, juntamente com Francis Moura (já falecido e irmão do saudoso radialista Edinelson Moura), líder jovem de um outro grupo à época, também da Catedral, o Gen, inspirado em um movimento leigo italiano criado por Chiara Lubic.

 

Não lembro o partido. Mas cada um estava em uma agremiação diferente, sendo um dos partidos o PDT. Dinelly não encampou tanto a campanha como Francis. Nenhum foi eleito.

Essa experiência de grupo católico inserir-se na política ganhou musculatura a partir dos anos de 1920, no Rio de Janeiro, então capital federal, com a criação de um grupo de intelectuais católicos, o Centro Dom Vital, de iniciativa de Dom Leme. Nesse grupo estava o reconhecido Tristão de Ataíde, pseudônimo de Alceu Amoroso Lima.

O Mojoc continuou suas atividades restritas na Catedral e Dinelly ganhou, de forma crescente, mais status. Sempre esteve na liderança do grupo (figura dos coordenadores do grupo era quase figurativo). Ele era quem definia. E, com o passar dos anos, foi integrado à referência maior da coordenação da Festa da Conceição, com uma estrutura gigantesca para a realização da festa da padroeira, tendo diversas equipes sob seu comando, pois era coordenador geral.

Assim, com sua saída, em meio a denúncias que geraram, de sua iniciativa, boletim de ocorrência, o grupo ali criado ficou órfão. Por isso, agora, a denominação de “líder católico” na política. Ganhou cacife, mas não possui muita envergadura para um político de carteirinha.


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