Dividido, PA será ainda do tamanho de SP

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por Moacyr Mondardo (*)

Diante da imensidão que é hoje o Pará, como ficará o novo Pará?

Então é interessante citar alguns dados. Tem um trabalho publicado na revista Amazônia: Ciência e Desenvolvimento, editada pelo Banco da Amazonia, dos pesquisadores e professores (doutores e uma doutoranda sediados em Belém) Carlos Augusto da Silva Souza, Maria Lucia Bahia Lopes e Elizabeth dos Santos Bentes, que apresenta alguns dados e analisa a redivisão territorial. Foi publicado no final de 2009.
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O novo Pará ficara com uma área de 245.000 km2, ou 20% do atual estado. Ele manterá 65% da população (4,6 milhões de habitantes) e 60% do PIB do Pará.

Então ele será pequeno? De forma alguma.

Vejamos: São Paulo tem 248.000 km², ou seja, o novo Pará terá quase o tamanho de São Paulo e será maior que os seguintes estados brasileiros: Rondônia, Roraima, Paraná, Acre, Ceará, Amapá, Pernambuco, Santa Catarina, Paraíba, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Alagoas e Sergipe.

Ele será pouco populoso? A população remanescente será maior que da Paraíba, Espírito Santo, Amazonas, Rio Grande do Norte, Alagoas, Piauí, Mato Grosso, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Rondônia, Tocantins, Acre, Amapá e Roraima. AQUI, uma planilha onde compilei dados do Tapajós e outros que peguei da Wikipédia sobre os estados brasileiros para fazer estas comparações.

As dimensões do Pará são colossais. Eu entendo que apenas assim comparando é que nos damos conta do que estamos tratando. Simplesmente de olhar num mapa, com as suas escalas colossais, não nos apercebemos, por exemplo, que Jacareacangá está a 1.154 km de Belém. E o que é isso?

Para termos idéia, na via rodoviária, a viagem São Paulo a Porto Alegre demanda percorrer 1.119 km, passando por dois estados (Paraná e Santa Catarina). E os 1.154 km são a distância na rota aérea. Quantos quilométricos são necessários na via rodoviária? Pesquisei no google maps, ele me informa não ser possível calcular.

Que dá para calcular, dá. Mas que o google maps deu essa resposta, deu. E está AQUI.

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* É auditor fiscal da Receita Federal do Brasil. Já foi comandou o órgão em Santarém.


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15 Comentários em Dividido, PA será ainda do tamanho de SP

  • EU QUERO A EMANCIPAÇÃO !!!!

    Não é hora de filosofar e sim de arregaçar as mangas e agir , temos até o dia 12 de dezembro , 5 meses que passam voando, não há tempo para lastimar , o momento é de ação, ação da sociedade, ação do comerciante da esquina, ação nas rodas de bares, ação dentro da família, ação dentro da igreja, ação nos comitês políticos e acima de tudo UNIÃO . o FUTURO É AGORA , NADA ESTÁ PERDIDO, PELO CONTRÁRIO , O CONTROLE ESTÁ NAS MÃOS DAS PESSOAS. Senhores bloqueiros, formadores de opinião, como se diz em espanhol, “movam el culo”, reuniões, debates, comitês, donas de casas, comadres que ficam na janela, jovens, coroinhas, todos estão aí para ser motivados, mas se ficar a questão no “ser ou não ser”, me desculpa a palavra “é foda” , o fracasso será das pessoas que não foram estimuladas para votar pelo SIM. Essa guerra só será perdida nas urnas se você , eu e todos fizerem corpo mole. Nada é impossível, basta “mover el culo”. Vamos chorar ou ser guerreiros, Tapajós não precisa de fracos e sim de corações fortes pelo SIM , pela emancipação. Ame o Tapajós que a força sairá de dentro de si, tenha o orgulho de dizer eu quero um futuro melhor, crescimento, grandeza, dignidade, força, garra, motivação, ACORDA O GIGANTE TAPAJÓS QUE ELE REINARÁ NA BANDEIRA DESTE PAÍS.

  • Se o Pará fosse dividido em
    4 estados,Pará, Tapajós, Carajás e Calha Norte a região Amazônica teria muito mais representatividade na Câmara Federal e no Senado. A bancada Amazônica teria mais poder e poderia desenvolver a região como um todo. A Amazônia teria mais representatividade no cenário nacional acabando na a hegemonia do eixo São Paulo e Rio de Janeiro.

  • TAPAJÓS SERÁ UM GRANDE ESTADO

    A região tem potencial para produzir riquezas. Olhe para frente!
    Não é demais lembrar que mesmo que no primeiro momento a Federação toda tenha que arcar com custos com o novo estado, tal situação não será privilégio do Tapajós. Quem é que banca as UPPs no Rio, a cosntrução de estádio e cidade olímpica? A alça viária em São Paulo, o aeroporto de Belém? E os projetos do Vale do Jequitinhonha em Minas?
    Caro estudioso do IPEA pelo País afora existem projetos sustentados pelo goveno federal. Sempre foi assim e sempre será. Entretanto, me parece que para o senhor, a federação gastar com São Paulo, Rio, Belém, pode. O que não pode é gastar com uma região abandonada há muito tempo?
    Afinal, não me parece que a almejada criação do Tapajós busque apenas fazer chegar recursos a essa região. É muito mais que isso. É cuidar de seu destino e explorar as potencialidades todas que a região tem, mas que desde sempre é desprezada pelos govenantes da capital que me parecem vivem no mundo do “NÃO VAI DAR CERTO”.

  • TAPAJÓS IRÁ SE DESENVOLVER COM INVESTIMENTOS

    Quem vai perder arrecadação é o Pará, lógico, Tapajós e carajás não, vão ganhar, isso é claro como nosso rio.
    Hoje qualquer apartamento em Belém é carrissimo, o m² mais caro que Fortaleza. Isso não existe, vão ter que rever isso. Mas, não vão morrer de fome heheheh . Vão procurar ser melhores gestores e sair do comodismo.
    Só não generalizem os economistas, muitos são a favor.
    Não culpem um erro médico a todos os médicos, seria injusto.
    Tenho conversado com gestores de grandes empresas de Belém e eles me dizem que se a imprensa perguntar eles dizem que são contrários a divisão, mas internamente são favoráveis,
    Não têm grandes terrenos por aqui, a toa.
    querem vender mais, só não querem ficar mal vistos com o governo estadual. Não são nada bobos. hehehe
    Sejam a favor sem medo de ser feliz!

  • SOMENTE COM A EMANCIPAÇÃO É QUE VAMOS CRESCER

    A divisão “administrativa” do Estado é uma necessidade política – administrativa.
    Os EUA tem 50 estados e um distrito (Columbia) para uma população aproximadamente 50% maior e um território um pouco maior (por causa do Alaska) que o brasileiro.

    O Canadá tem 10 províncias, 3 territórios, 30 milhões de habitantes e um território maior que o brasileiro. Obs. lembrar que a população canadense esta toda concentrada no sul do país.

    A divisão política – administrativa é baseada no tamanho do território, na distribuição populacional e na economia. A população e a economia brasileira estão crescendo, a divisão é uma necessidade.

    Separatismo é a tendência dos habitantes de um território ou região a separar-se do Estado de que fazem parte para constituir Estado independente.

    O Brasil é uma republica federativa e a divisão de um estado não muda essa realidade.

    Você tem o direito de ficar do lado que quiser, mas não tem o direito de reproduzir idéias falsas. Seja honesto com a sociedade. Seu comportamento esta sendo irresponsável, pois uma mentira repetida diversas vezes torna-se uma verdade para a sociedade alienada

  • NOSSO ORGULHO É SER TAPAJOARA.

    Vamos convencer o população paraense que dá forma que a região se encontra , não esta bom para ninguém. Se o Pará fosse um país seria o 25 ° maior do mundo, ou seja, reduzindo fica muito mais fácil para governar.
    Hoje a região do Carajás é a região mais violenta do país, ganhou o Nordeste. Desfazendo a idéia que o separatismo trará mais violência, é justamente o contrário.
    Existe a violência com a falta de presença do Estado.
    Queremos, merecemos e precisamos de um governador por perto para poder cobrar-lhe as ações necessárias. Do jeito que está estabelecido se torna inviável a cobrança a deputados estaduais, secretários e governador.

  • O QUE VAI OCORRER É UMA EMANCIPAÇÃO E NÃO UMA SEPARAÇÃO..

    O ser humano é muito egoísta, Pará, Tapajós e Carajás nunca vão se separar por questões geográficas. O que essa população que vive em situação miserável só deseja é se emancipar e construir um bem estar melhor, mais conforto, melhorias, infra estrutura, enfim um padrão de vida melhor. Todos irão crescer, o futuro Pará terá um PIB maior que os outros dois juntos. Não dá para ter uma região metropolitana de Belém desenvolvida e uma imensidão de território vivendo na miséria. Isso é egoísmo e ganância em detrimento do seu vizinho.
    Viva o futuro Estado do Pará, Tapajós e Carajás em prol de um Brasil melhor. Todos tem o direito de melhores condições de vida e a emancipação vai beneficiar a todos. Foi melhor para Goias e Mato Grosso e será melhor para desenvolver o Pará. Eu, friamente quero um país melhor e o melhor para essa região, é a emancipação dessa região. Por isso digo SIM. TAPAJÓS E CARAJÁS DEVEM SE EMANCIPAR, para acabar com o desmando e abandono dessa região. O povo já está cansado de sofrer, falta tudo nessa região, professores, médicos, falta a presença do poder público. Triste região, “Terra de Ninguém” e velho oeste brasileiro.

  • Um sonho de quase 200 anos
    Do leitor Sebastião Gil da Lalor Imbiriba, a propósito dos anseios de emancipação da região oeste do Pará e do plebiscito que vai decidir essa parada, provavelmente no final deste ano:

    “Meu filho atingiu a maioridade.
    Meu filho se formou.
    Adeus filho amado.
    Deus te acompanhe…
    … Vote SIM pelo Tapajós”.

    Do mesmo Sebastião, a um conhecido que contestou seu posicionamento em favor da divisão:

    Tenho 80 anos, 8 filhos, 15 netos e 1 bisneto. Exceto o bisneto, ainda pequeno, todos cresceram, estudaram, amadureceram e saíram de casa, cada um buscando a própria felicidade. Logo, meu bisneto seguirá seu próprio caminho. Assim é a vida, é natural.
    O mesmo acontece com municípios, províncias , Veja o caso do Grão Pará, agora são 9 estados: Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Amapá, Amazonas, Roraima, Rondônia e Acre.
    O sonho de liberdade dos filhos do Pará d’Oeste e formar o Estado do Tapajós tem 188 anos. Por favor, atenda ao pedido deste velho, não destrua esse sonho, deixe que outros votem “SIM” pelo Tapajós.

  • COM A EMANCIPAÇÃO , TERÁ MAIS INVESTIMENTOS FEDERAIS NA AMAZÔNIA.

    O que vai acontecer ao Pará? Esta é uma pergunta que deixou de ser retórica. O Estado se encontra em questionamento, a começar pela sua integridade física. O momento seria para reflexão profunda e ação conseqüente. Mas falta liderança para essa missão.

    O Pará está em transição, em trânsito e em transe.

    A começar por sua própria base territorial. Na sua configuração atual, se fosse um país, o Pará seria o 25º mais extenso do mundo. No continente latino-americano, só estaria abaixo do próprio Brasil e da Argentina, superando o país seguinte na lista, a Colômbia.
    O paralelo não deixa de ter algum significado. A principal marca colombiana nos últimos 60 anos tem sido a violência. O Pará é um dos Estados mais violentos do Brasil, a violência no amplo espectro da sua expressão: desde a morte de pessoas, incluindo assassinatos por encomenda (e a preço vil, se é que se pode estabelecer valores para a eliminação da vida), até a destruição da natureza, às vezes por motivações torpes e primárias.

    Não por coincidência, no início da temporada de verão, o Pará volta à sua sombria liderança em destruição da floresta e em execuções de pessoas consideradas indesejáveis ou hostis aos interesses dominantes. Uma coisa tem muito a ver com a outra: o desmatamento é o ritual da extração da riqueza fácil e valorizada, a madeira, que encomenda os assassinatos dos que se opõem a essa prática, ou concorrem com ela.

    Por tamanho físico, o Pará, se fosse um país, estaria logo abaixo da África do Sul, no 25º lugar do ranking. Essa é outra comparação que lança luzes sobre a situação atual do Estado. Como a nação africana, o Pará tem um subsolo extremamente rico em minérios. Embora a pesquisa geológica sistemática abarque apenas uma pequena fração dos seus 1,2 milhão de quilômetros quadrados, o Pará já é a unidade federativa que mais exporta minério de ferro do mundo.

    É também o maior produtor mundial de alumina, o 3º maior produtor internacional de bauxita, significativo produtor de caulim (o de melhor qualidade do mercado para papéis especiais) e com crescente participação em cobre e níquel. É uma pauta de exportação mineral mais diversificada do que a da África do Sul, cuja atividade econômica é muito mais antiga do que a do Pará.

  • A criação do Estado do Tapajós e acredita que esta é a única possibilidade que Oeste do Pará tem para se desenvolver, para dar mais condições de vida digna a seus habitantes. Isso se faz necessário devido à total ausência do Governo do Estado nos 27 municípios que integram O FUTURO ESTADO DO TAPAJÓS. Você já reparou que só ouvimos falar em recursos e convênios para construção de algo na região quando se aproximam as campanhas eleitorais. E ainda há cidadãos que se recusam a aceitar a criação do Estado do Tapajós simplesmente porque não quer deixar de ser paraense. Que orgulho é esse de um Pará que nos exclui? De um Pará que só se preocupa com Região Metropolitana de Belém?

    Não posso ter orgulho de um pai que me deixa sem água de qualidade, sem escola, sem a possibilidade de entrar num curso de nível técnico ou superior; de um pai que não cuida da minha saúde e que só se lembra de mim raras vezes, de quatro em quatro anos, quando sabe que eu vou poder fazer a diferença nas urnas.

    Em Oriximiná, por exemplo, a COSANPA, não consegue abastecer todas as residências. Para que o povo não fique sem água, a Prefeitura mantém inúmeros micro sistemas de abastecimento pelos bairros da cidade. E acreditem, do pouco que resta para a responsabilidade da Estatal, ainda há morador que sofre com a falta um abastecimento regular.

    Quanto às escolas de Ensino Médio, podemos começar pela falta de equipamentos, de professores, de reparos nas instalações. Depois de muitos anos de luta, finalmente a Escola Nicolino conseguiu ser reformada. Devido à distância entre o município e a Capital, os gestores das instituições de ensino acabam recorrendo à Gestão Municipal para conseguir sanar seus problemas mais imediatos.

    Agora o mais triste é ver os filhos daqui viajando para Manaus, Belém e até mesmo Santarém para buscar qualificação profissional. Quem não quer ser professor, e ainda de áreas limitadas, deve sair de sua terra natal. E aqueles que não têm condições de sair? Que possibilidades lhes restam para prosseguir seus estudos? Depois de incansáveis e intermináveis súplicas e promessas, parece que finalmente vamos ter uma Escola Técnica, a obra foi iniciada em abril e parece que não anda, mas com esperanças um dia chegaremos lá…

    Eu poderia passar horas escrevendo sobre a situação de nosso povo que, diga-se de passagem, Oriximiná ainda é privilegiada em relação a outros municípios, isso em função da presença da mineradora de bauxita, mas até quando poderemos contar com essa condição? Se a coisa por aqui não é das melhores, imagina em cidades como Terra Santa e Faro. Em sua cidade, por exemplo, como anda a participação do Governo do Estado? Observe as intuições Estaduais, veja como elas funcionam, qual a qualidade do serviço que oferecem e, certamente, você vai ver que precisamos de um governo mais perto da gente, mais perto de nossa realidade.

    Você já deve ter lido ou assistido a alguma matéria mostrando somente fatores negativos em relação á criação do Estado do Tapajós. Mas não se engane! Essa é uma tentativa de ludibriar nosso povo para que sejamos contra o avanço, o fim do abandono de nossa região. E sabe por quê? Porque desmembrar o Pará, significa perda de receita para o Estado e posteriormente, perda de investimentos para região metropolitana, pois é lá que são investidos os nossos impostos, os nossos royalties. Agora eu pergunto: Quem gosta de perder dinheiro? Eu não gosto, você gosta? Então, no dia 11 de dezembro vote A FAVOR DA CRIAÇÃO DO ESTADO DO TAPAJÓS E VAMOS CRIAR A NOSSA NAÇÃO TAPAJOARA!!! Professores, esclareçam seus alunos! Padres e Pastores, debatam o assunto com seus fiéis! Associações e Sindicatos, chamem seus sócios para a discussão. O Nosso Estado do Precisa da mobilização de todos para podermos conquistar a nossa Carta de Alforria!

  • partindo-se do princípio que a legislação ambiental só deixa usar 20% das terras, ficaríamos, em verdade, 1/5 do tamanho do estado de São Paulo.

  • Mas um dado importante mesmo é que nem sabemos dizer ao certo o quanto somos abandonados, só promessas.
    As práticas são as mesmas, o novo espaço com as quinze maquinas de hemodiálise foi inaugurado, mas ainda não estava funcionando será que já está, se tiver ótimo.
    Não entendo por que que se inaugura uma coisa que ainda não está funcionando.
    Estamos cansados disso será que não entendem.

  • Quantos dados curiosos! Fiquei estupefado! Só faltou dizer que seremos (Tapajós) o Estado mais pobre do Brasil, por muitos e muitos anos ainda. Basta ver Tocantins e Mato Grosso do Sul. Ah, faltou citar também que a Europa é menor do que o Brasil e nem por isso é mais pobre. Faltou dizer também que a França é menor do que o Pará e muito, mas muito mais mesmo, rica do que o Brasil inteiro. Prezado, já foi o tempo em que tamanho era documento, e que PIB era fundamental. Ainda tem gente que acredita que aumento do PIB significa qualidade de vida, fosse assim estaríamos bem.

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