Reitor reduz carga horária na Ufopa para 30h

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Eleições UFOPA - seloReitor pro tempore da Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará), Seixas Lourenço baixou portaria, reduzindo a carga horária dos servidores da instituição para 30 horas semanais.

Com a iniciativa, ele atende uma reivindicação antiga da categoria, surpreendida com a repentina decisão do reitor.

A Ufopa vive atualmente em clima de eleição para reitor e vice, com votação prevista para a próxima segunda-feira (18).

A portaria com a nova carga horária foi assinada há pouco mais de 48 horas, com seus efeitos passando a vigorar imediatamente.

Ontem (12), os dois candidatos a reitor – Aldo Queiroz e Raimunda Monteiro – receberam da produção do TV Blog do Jeso as regras do debate que o programa vai exibir na sexta-feira (15), a partir das 22 horas, na TV Encontro (Canal 26).

Os dois voltaram a confirmar presença no debate.

Debate na TV: candidatos a reitor (reitora) da Ufopa

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Debate da Ufopa na TV.


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15 Comentários em Reitor reduz carga horária na Ufopa para 30h

  • Entre os argumentos dos apoiadores da chapa de continuação da UFOPa, encabeçada por Aldo Queiroz, figura um mito que é voltado para ludibriar mal informados e neobobos: o de que o Aldo Queiroz é o mais preparado para administrar a universidade, que ele sabe como captar os recursos de que ela precisa para crescer e de que ele possui liderança política para administrar. Primeiramente, este discurso é um mito porque reduz o debate sobre o desenvolvimento institucional da universidade ao campo meramente administrativo. Segundo, porque não se sabe desde quando o Aldo Queiroz se tornou referência em administração pública e liderança política. Terceiro, porque é preciso, volto a chamar a atenção para o fato, olhar para a história para entender quais os interesses que estão, de fato, por trás do Aldo: não são interesses educacionais, são interesses políticos hegemônicos, de um grupo que produziu como resultado de décadas de controle sobre a educação no Pará uma das piores realidades educacionais do país.
    Quanto ao primeiro argumento, não vou me deter para não tornar meu comentário demasiado longo, mas sabemos que a universidade é um sistema aberto, que a sua vida está umbilicalmente ligada à vida da sociedade que a circunda. Isso tanto pelo conhecimento que ela produz, que parte das investigações que são feitas, mormente, no ambiente externo, quanto porque está inserida no contexto macro da vida econômica, política e cultural da sociedade. Assim, são múltiplos os fatores, internos e externos, que condicionam o desenvolvimento de uma universidade, os quais extrapolam os limites meramente administrativos.
    Quanto ao segundo argumento, é notória a história dos 16 anos que o Aldo Queiroz administrou o pequeno campus da UFPa de Santarém. Durante estes 16 anos, o grande feito administrativo do candidato foi transformar o pequeno campus da UFPa de Santarém num pequeno campus universitário.
    Em termos de liderança, o Aldo era tudo menos uma liderança no sentido próprio que a Ciência Política e a Administração modernas atribuem ao termo.
    Lideranças são, primeiramente, pessoas que se destacam pelas elevadas qualidades pessoais, altíssima capacidade de resolver problemas, entender o novo, aproveitar as oportunidades, que tem flexibilidade, carisma e visão ampla da realidade. São pessoas que formam grandes equipes com base no estímulo do que há de melhor nos membros da equipe, na mobilização de recursos diversos voltados para o melhoramento da instituição em que atua, no fortalecimento cultural, psicológico e moral da equipe.
    Estas características destoam totalmente da pessoa do Aldo, que, enquanto pessoa pública, é um político profissional, mas não uma liderança. Talvez tenha grande capacidade e qualidades na área profissional em que é formado, mas isso já é outra coisa.
    Oportunidades houve, pois o grupo do Aldo está à frente da UFPa e, agora, da UFOPa há décadas, mas ele nunca soube aproveitar, mostrou-se subserviente à política comandada na instituição a partir de Belém, política esta que objetiva apenas e exclusivamente manter o controle sobre a máquina pública para satisfazer interesses políticos hegemônicos. A visão ampla da realidade, necessária para entender o novo, e a flexibilidade necessária para absorver, aproveitar e estimular o potencial de todos os membros da coletividade que formam a Universidade se perderam no pensamento e nas atitudes paroquiais, coronelistas e patrimonialista, cuja filosofia é: para meus aliados os benefícios do poder, para meus inimigos, os malefícios.
    Ouso afirmar que o Aldo nunca teve, de fato, preocupação com o desenvolvimento da Universidade, mas com seus projetos políticos pessoais e do grupo político ao qual pertence dentro da UFPa e do estado.
    Aí é que entra a parte histórica que menciono como necessária para entender os processos políticos. O Aldo, já disse em comentário anterior, é do mesmo time do Nilson Pinto-Loureiro-Ximenes-Fiúza, todos no poder na atualidade: Nilson Pinto é deputado Federal, Loureiro e Ximenes estão na cúpula da UFOPa, Fiúza é Secretário (nome muito apropriado, por sinal, para o que anda fazendo na atualidade o ex-reitor da UFPa) do Jatene.
    O Grupo do Aldo hoje é quem manda, de fato, em toda a rede estadual de educação do Pará. O Nilson Pinto é quem manda na Secretaria de Educação e nela mantém como subordinados a sua esposa, conhecida nos bastidores como uma Secretária sem pasta, e o ex-reitor da UFPa Alex Fiúza de Melo.
    Como já disse, o Fiúza se beneficiou de um momento ímpar da história das UFs brasileiras, que foi o do governo Lula, quando muito recurso federal foi destinado para a pesquisa e para a reconstrução física destas instituições. Por isso, posou de grande administrador. No entanto, à frente de pasta bem mais modesta e tendo de satisfazer compromissos políticos nada comprometidos com a educação, sua máscara de grande administrador caiu.
    O episódio que protagonizou de mediador do governador na greve dos profissionais da educação do estado foi, no mínimo, ridículo. O discurso dele conclamando os professores a voltar à sala de aula “pelo Pará” já entrou para a história das coisas mais patéticas produzidas pelos políticos paraenses. Enfim, mostrou o que realmente é: um intelectual de grande pompa, mas um político medíocre como a maioria dos políticos que governam este estado.
    Em outras palavras, não é de hoje que a educação no Pará está nas mãos do grupo político ao qual pertence o Aldo Queiroz, e não consta nas estatísticas e na vivência empírica dos profissionais da educação que os resultados sejam animadores: na educação básica estamos entre os piores do Brasil e nas universidades a política autoritária freia o desenvolvimento da democracia e emperra outros ganhos administrativos que decorreriam da maior democratização das universidades.
    É um grupo que se arroga o título de grandes administradores, mas tudo o que produzem em termos empíricos é um desastre educacional. E isso se deve a um fato básico do qual todos decorrem: eles não tem compromisso com a educação, têm compromissos apenas com seus interesses políticos individuais e de grupo do qual fazem parte. É, assim, um projeto político, e não educacional, hegemônico que estes políticos profissionais infiltrados no meio acadêmico possuem e buscam viabilizar quando na posse da coisa pública.
    Portanto, eleger o Aldo Queiroz para reitor da UFOPa é alimentar o poder deste grupo que não tem sido positivo para a educação paraense. É alimentar projetos pessoais e particulares de poder; é dizer um NÃO a iniciativas que representam uma inovação e uma possibilidade concreta de tirar a educação no Estado do atoleiro no qual se encontra. Volto a dizer, se eu fosse professor da UFOPA, pelo bem de Santarém e da EDUCAÇÃO pública no Pará eu votaria na chapa da professora Raimunda Monteiro.

    1. Parabéns pela análise. Muito importante lembrar da trajetória e histórico do grupo do Aldo e de seus tentáculos nefastos sobre a educação paraense.

  • A CF/88 estabelece nos artigos 37 a 41 o regime constitucional dos servidores. A jornada de trabalho guarda especial atenção ao disposto no art. 39, § 3º.
    Assim, os servidores públicos seguem a regra de jornada de trabalho estabelecida no art. 7º., XIII/CF da iniciativa privada, sujeita ao regime da CLT, ou seja, duração da jornada de trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e oito semanais….. O Art. 19, da Lei nº. 8.112/90 (RJU) estabelece jornada de 48h semanal ou 6h em turno único.
    Dessa feita, entendo que não há fundamento jurídico legal para a UFOPA reduzir sua jornada de trabalho para 30h semanais.

    1. Se ler direiro a CF/88 vai ficar sabendo que universidade pública fica acima de quase tudo que consta nessa. Além disso, o que reitor decretou é que internamente vai se cumprir 30 h e não que será informaado ao SIAPE que o funcionário só vai trabalhar isso, porque se fizer o sistema recalcula imediatamete o novo salário.

  • Como Aldo quer ser Reitor se não consegue responder as perguntas feitas a ele. Na entrevista da tv Tapajós ele só enrolou nas respostas e não respondeu a quase nada. Ele foi muito despreparado mesmo!!! Os jornalistas da tv ficaram até constrangidos. Uma vergonha para seu grupo de bajuladores.

  • O candidato Aldo deve estar desesperado, pois no debate de ontem, realizado na UFOPA, em sua fala final, ele fez a promessa eleitoreira de dar um gabinete (sala) de trabalho para cada professor da UFOPA. Nesses 4 anos como pró-reitor de planejamento, ele nunca procurou visitar os coordenadores de curso e conversar com professores de cada curso, para perguntas as necessidades e ouvir ideias para providenciar uma melhor infra-estrutura de trabalho para professores. Agora, às vésperas da eleição, está prometendo tudo a todos. É lamentável e a cara dele nem treme de constrangimento. Nada de surpreendente, pois os meios justificam os fins, para
    que ele mova seu projeto de poder.

    1. Se isso fosse verdade haja quarto de hotel para alugar pois não foi capaz de construir salas e laboratórios para aulas e pesquisas quanto mais gabinetes para professores. kkk

  • Pesquisa dá vantagem a Raimunda Monteiro para reitora da UFOPA, em Santarém

    https://analisedeconjuntura.blogspot.com.br/2013/11/pesquisa-da-vantagem-raimunda-monteiro.html

    No Blog do Dutra

    Se a eleição para reitor da Universidade Federal do Oeste do Pará, UFOPA, fosse hoje, as chances de vitória seriam da candidata Raimunda Monteiro. É o que mostra levantamento realizado pela Doxa Pesquisa, empresa sediada em Belém, nos dias 7 e 8 de novembro, somente nos nos três campi de Santarém.
    Na espontânea, Raimunda Monteiro aparece com 46% de intenção contra 19% de Aldo Queiroz. Ao se estimular, Raimunda pula para 56,8% e Aldo permanece com 19%.
    A pesquisa foi realizada sob encomenda da chapa de oposição, que tem à frente, como candidata, a Professora Raimunda Monteiro. Nas demais cidades onde existem campi da UFOPA não houve pesquisa. A seguir, um detalhamento da pesquisa apresentado pela Doxa:
    1. Fundamental observar a rejeição de cada candidato que disputa a Reitoria. Entre os professores, Raimunda Monteiro tem uma rejeição em torno de 17% e um potencial de voto de 50%. Há uma possibilidade de crescimento grande nessa categoria. O candidato Aldo Queiroz tem a mesma rejeição e o mesmo potencial de voto. A diferença pró-Aldo, no item “votarei com certeza” é de 33,3% e de Raimunda Monteiro é de 16,7%. O “poderia votar” é de 33,3% em Raimunda Monteiro e 16,7% em Aldo.
    2. Entre os técnicos, Raimunda Monteiro tem uma rejeição de 30%; e seu potencial de crescimento é de 60%. Já para Aldo Queiroz a rejeição é grande, 60%; seu potencial é de 40%. É um indicio positivo para Raimunda Monteiro, mas é uma categoria que trabalha muito pelo custo-benefício do voto; da troca, isto é, vai votar pelo que lhe vai lhe proporcionar mais resultado;
    3. Entre alunos, Raimunda Monteiro tem uma rejeição baixa em relação ao seu adversário. O potencial de voto é de 72,2%. Ela tem apenas 11,4% de rejeição; Aldo tem 48,6% de rejeição; e um potencial de 34,8%.
    4. Comparando a percepção de imagens dos dois candidatos, observa-se que Raimunda Monteiro leva vantagem, tendo em vista que ela tem um pouco mais de 55% de imagem positiva contra apenas 24% de Aldo. Em se tratando de imagem negativa, Raimunda Monteiro tem apenas 14,6%, enquanto Aldo Queiroz aprsenta 54,7%.
    5. O fator rejeição traz um ingrediente perceptível de não crescimento de Aldo Queiroz. Percebe-se na intenção de voto Espontânea que Aldo não cresce. Na espontânea ele aparece com 19% e quando se estimula permanece com seus 19%. A tendência normal seria o crescimento quando se estimula. Por outro lado, Raimunda Monteiro que aparece com 46,6% na Espontânea, quando se estimula ela pula para 56,8%, um crescimento de um pouco mais de 10 pontos percentuais;
    6. Corroborando com que estamos falando até então, a cristalização/consolidação de votos de Raimunda Monteiro é bem maior do que Aldo Queiroz. Dos que votam hoje em Raimunda 72% já são definitivos, e 24,3% ainda podem mudar de voto. Quanto aos votos de Aldo, 51,4% são definitivos e 45,9% podem mudar ainda de voto. Portanto, os votos de Raimunda Monteiro são mais consolidados; enquanto dos de Aldo são mais voláteis;
    7. Chama a atenção o fato da expectativa de vitória de Raimunda Monteiro, isto é, “quem você acha que vai ganhar essa eleição?” ter índice menor do que a intenção de voto. 42,4% acham que Raimunda ganha a eleição, enquanto que a sua intenção de voto é de 56,8%.
    O normal seria, no mínimo, Raimunda obter o mesmo índice de intenção de voto ao perguntar quem ganharia a eleição. Portanto, precisa consolidar mais esse voto; Já Aldo Queiroz tem a expectativa maior que a intenção de voto. No entanto, sua situação fica difícil de recuperação tendo em vista a grande diferença para Raimunda Monteiro.

  • Uma boa pergunta para Aldo no debate da TV seria pq só depois de 4 anos de UFOPA e duas greves de técnicos com pauta da redução para 30 horas semanais de trabalho, só agora uma semana antes da eleição a reitoria resolve baixar portaria em questão?
    Outra pergunta é pq só agora eles resolveram a apoiar a construção do RU e com prazo de 8 meses segundo a placa da obra?
    Importante lembrar que estas propostas do movimento dos técnicos e dos estudantes eram fortemente combatidas por Aldo até poucos dias, mas agora nas eleições não é mais.

    1. Caro Mundico,
      Respondo a primeira pergunta para você,
      E simples, imagina a Universidade há quatro anos…tínhamos o quadro técnico que temos hoje? Não! Pois bem, como fazer flexibilização neste período, não é tão obvio??? Você gostaria de chegar aos setores administrativos da UFOPA e DEPAREA-SE COM PORTAS FECHADAS? Você ficaria satisfeito em solicitar ou simplesmente tentar entregar um documento em determinado setor e encontrar uma indicação para voltar em outro horário DETERMINADO?
      Meu caro, certamente uma decisão como esta naquela época seria uma irresponsabilidade, seria no mínimo falta de planejamento. Então, tente pensar um pouco! Essa decisão é resultado de planejamento, de estudo e principalmente de capacidade de recursos humanos, afinal caminhamos para o Quarto Concurso publico da UFOPA.

      1. Márcia Lima,
        Poderia sim ter sido feito antes, era só planejar com eficiência, tarefa difícil para Aldo e cia. O número de técnicos não mudará até o concurso aberto recentemente e a portaria das 30 horas é de vigência imediata. O que aconteceu antes foi punição aos técnicos que não apoiam as ações da reitoria da UFOPA como os casos de assédio moral. E agora é puro oportunismo eleitoral assim como a proposta do RU. Duas bandeiras do movimento da UFOPA negadas por Aldo e cia até o período eleitoral.

      2. Então o concurso seria para funcionário da UFOPA seria então de má fé é não por falta de gente ?

  • Parabéns aos técnicos pela conquista. E no que diz respeito aos docentes alguém poderia esclarecer se a portaria número 384 de 26 de março de 2013 que elevou a carga horária do docente para 12 h semanais foi revogada? Portaria aliás que desrespeitava a Lei número 9.394/1996 em seu artigo 57 que estabelece para o professor da educação superior das instituições públicas, 8 (oito) horas aula semanal.

  • Governaram por 4 anos desprezando alunos, docentes e técnicos-administrativos e agora vêm com pacotes de bondades com fins eleitoreiros, com a finalidade de favorecer o candidato Aldo Queiroz. A comunidade ufopiana não é boba. Todo mundo já percebeu o oportunismo destes senhores!

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