por Sidney Canto (*)
Domingo, após o Círio, fui envolvido em uma conversa em torno da mudança do nome da travessa Floriano Peixoto (por onde passou o 1º Círio) que passaria a denominar-se travessa Wilson Fonseca.
Tal proposta foi aprovada pela Câmara Municipal e enviada para a sanção de nossa gestora municipal, Maria do Carmo Martins Lima. Fato este acontecido dias depois do falecimento do poeta Emir Bemerguy, que durante muitos anos residiu naquela via do centro da cidade.
Quando me pediram a opinião, disse eu que achava justo que tanto o maestro como o poeta fossem homenageados, e ainda mais: ambos, em vida, eram vizinhos (as casas deles ficam a uns 50 metros uma da outra), compadres, amigos e principalmente (em se tratando da história) parceiros de muitas composições que hoje enchem nossas almas de brios e amores por esta terra santarena.
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Por isso, que mal existe em dar ao cruzamento da Floriano Peixoto com a Francisco Corrêa, o canto do encontro do maestro com o poeta?
Eles, que em vida, tantas vezes frequentaram a casa um do outro, com certeza não se importariam de se encontrar permanentemente em um cruzamento da cidade que tanto amaram (e moraram), se possível (e a lei pode indicar isso) em caráter perpétuo.
Fica aqui a sugestão para nossa prefeita: homenagear, com uma assinatura só, o nome de duas personalidades marcantes da vida de Santarém. E aos que perguntarem se existe pouco tempo ainda da partida do poeta, eu lembro que isto já foi feito antes (com a Praça Barão de Santarém ou a Praça Rodrigues dos Santos, que receberam seus novos nomes após dias de falecimento de seus homenageados).
Quero ainda alimentar um pedido que não é meu, mas de meu compadre Dororó (que também é merecedor de uma justa homenagem), lembrando aos nobres vereadores desta cidade, que muitos e muitos nomes de logradouros públicos deveriam homenagear personalidades da nossa terra e não a pessoas de fora ou eventos que nada dizem à nossa história local.
Além das sugestões que foram dadas pelo historiador Wilde Fonseca, eu acrescentaria o nome de dom Lino, dom Tiago, dom Floriano, além do próprio Wilde Fonseca, Sebastião Sirotheau, além de outras personalidades ainda esquecidas pelo poder público (mas que podem e devem ser lembradas pelos que hoje estão no poder)…
Como se diz, em linguagem de internet: fica a dica.
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* É presbítero da diocese de Santarém, membro da Academia de Letras e Artes de Santarém – ALAS e presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós – IHGTap.
Tomara que a prefeita mude logo os nomes, antes que venha a turma do cipual e coloque nomes ligados a patota do psdb…
Sou casado com uma sobrinha do Otacílio Sobral “Cartola”, uma grande mestre na arte de fazer o circo pegar fogo, um grande palhaço, alem do mais Cartola foi um grande poeta e romancista, apaixonado por tudo que escrevia fundamentalmente pra sua amada esposa, sua filha Thyane, as coisas de Santarém e suas aventuras circenses. Durante muitos anos após o falecimento de Otacílio eu andava pra cima e pra baixo com uma mala velha de pau que o mesmo guadava e poucos tinham acesso nos escritos pois eram coisas raras, lembro-me que na época o secretário de cultura se não me falha a memória era o Carlos Meschedes, e não obtive exito em divulgar aquele tesouro que hoje já não existe mais porque uma de suas Irmãs dona Lidia levou consigo para Novo progresso, após o falecimento de Dona Lídia, não obtive mais contato com seus famíliares. Bem estou contando este fato porque Otacílio merecia e merece algo que o Homenageie, talves se fosse possivel tirar aquela canoa da praça do parque até porque aquela canoa não nos diz nada, não significa nada, é apenas uma canoa porque quem a colocou alí não tem criatividade ou tem a memória curta, fica meu apelo para os que conheceram o Cartola, por favor apoiem a memoria daquele que ainda está na memória de muitos Santarenos. Por outro lado o nome do poeta ou do maestro ficaria muito melhor no lugar da avenida Tapajó. Sabe porque? porque ninguem em Santarém falou tão bem dos nossos rios, daaaas nossas praias, quanto esses dois o Maestro e o Poeta. E só pra temperar, uma estatua do poeta ou uma outro do Maestro sentado em seu amabiíssimo Piano.
Realmente este comentário faz lembrar o grande mestre cartola, não tem nada em Santarem que eternize um dos maiores palhaços e poetas que nossa cidade já teve. ele merece uma estatua bem porruda no lugar daquela canoa, até porque alí que acontece os eventos iunfantís,e tem outra o cartola foi um dos caras que mais plantou arvores naquele local. Tirem a canoa e coloque o palhaço, sugestão para o nome da praça “PRAÇA CARTILINHA”.
Edilson Pereira tem toda razão. Apolônio Fona é outro artista santareno de alta patente. Há um livro prontinho sobre ele e sua grande obra de pioneiro da fotografia em Santarém. Mas ninguém se interessa em patrocinar a edição. Deve ser porque a Cultura não rende votos e acaba tornando-se produto, bemvindo, de umas poucas famílias que, felizmente, têm poder aquisitivo suficiente para perpetuar a memória de seus ancestrais. Do Poder Público, nem parabéns!
porque o nome do aeroporto WILSON FONSECA , que ele era da aviação, e sim músico e no entanto o vice prefeito da Dona MARIA DO CARMO, piloto de avião, faleceu e não vejo nem uma homenagem em nome dele. cada qual no seu lugar. desculpe-me da minha ignorância .
Tom Jobim tbém emprestou seu nome ao Galeão no Rio de Janeiro.
Caríssimo Pe. Sidney, noutra oportunidade já fiz referência a “homenagear personalidades da nossa terra e não a pessoas de fora ou eventos que nada dizem à nossa história local”. Penso que o contrário é um provincianismo servil ou, perdoe-me a expressão, um lamentável puxassaquismo. Assim, o nosso estádio Elinaldo Barbosa se foi e o nosso Colosso do Tapajós oficialmente tem o nome de um político que nunca “botou” nenhum do seu bolso na obra e nem se tem notícia que foi um atleta brilhante. E o que dizer de bairro Elcione? Qual a razão? Também, com o devido respeito, qual a explicação para Palácio Jarbas Passarinho? Mudando de foco, por que Mercadão 2000? E Mercado Modelo? Modelo de que? Renomear esse e outros logradouros é questão de bom senso. TAPAJOARAMENTE AZUL,
E avenidas Altamira, Marabá, Tocantins…
Uma pergunta: o maestro já não recebeu a justa homenagem, por sinal de maior destaque, o nome do Aeroporto de Santarém? De todo modo a sugestão do padre deve ser considerada, caso contrário vamos repartir as homenagens. Como o maestro já o foi, agora é a vez do poeta, seu amigo. Eles vão gostar….:
Por que polemizar?!
Caro amigo,
O fato do Aeroporto de Santarém se chamar Wilson Fonseca não partiu de um gestor municipal, nem da parte de nossos edis, mas de um projeto de lei federal. Vejo que a memória partindo agora dos nossos líderes locais deva ser feita (já que ainda não o fizeram)…
Acho justo que a Câmara e a Prefeitura faça a SUA própria homenagem, tanto ao Maestro como ao poeta, e não somente a eles quanto a outros esquecidos…
De onde vem não interessa, padreeee. O fato é q já foiii, e com a melhor homenagem q vislumbro. Vaidade demais faz mal a alma!!! Deixem para o Poeta a lembrança…
O ilustre historiador Sidney não sabe que não se trata da Travessa e sim da Rua Floriano Peixoto?
O nobre Barão tem razão. Grato pela correção…